segunda-feira, 14 de novembro de 2011

(XIII) Alors Que faire?

 Prática de ACTUAÇÃO Décima Terceira:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

                        “Supposons que la chose soit faite, que la tempête
                        révolutionnaire, l’épave sur laquelle nous flottons
                        ait enfim touché le rivage”. LOUISE MICHEL, L’Ére
                        nouvelle, souvenirs de Calédonne, Paris, Librairie socialiste
                        inter.nationalle,1887.


                        E, já agora
                                    E (antes de mais), em jeito de
                                                ALERTA OPORTUNA: Um lúcido
AVISO À NAVEGAÇÃO, em tempo útil e oportuno!...

                        Posto isto, em jeito de breve EXÓRDIO, eis:

(1)           Com efeito, quando, no início do século XVI, THOMAS MORE (1478-1535), escreve a sua famigerada UTOPIA, aparece pela primeira vez, a promessa de uma Cidade maravilhosa. Utopia, cidade justa e harmoniosa, em parte alguma, existe. Todavia, descrevendo-a, nos seus ínfimos pormenores como o contrário perfeito de onde vive, THOMAS MORE cria um instrumento de sátira social jamais igualado.
(2)           De anotar, que a despeito da riqueza crítica e criativa deste “idealismo” (ele), contém os seus perigos (concretamente) e sobretudo, quando serve para justificar “as doutrinas e as políticas extremistas”.
(I)
            Na verdade, como o falsário/falsificador em matéria de moeda falsa, o “utopista” produz falsa sociedade, conquanto (aparentemente), muito bem imitada. Contrafação (leia-se, outrossim: imitação fraudulenta), necessária para experimentar a fiabilidade de princípios societários (não usitados), para justificar resultados de uma experiência jamais ainda perpetrada. De facto, pela magia da ficção se anima grupos de indivíduos cujos desejos de paz e de felicidade (amiúde mal afirmados), vêem-se submersos por vagas de beleza, abundância e harmonia.

domingo, 13 de novembro de 2011

VEJAM SÓ...

Pertencemos a um mesmo ramo filogenético
― não há a menor dúvida nisso, ―
mas a mulher é um outro ser!

Bar Rafaeli

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

(XII) Alors Que faire?

                         Prática de ACTUAÇÂO Décima Segunda:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Um grande vento sopra nas árvores, de todas as partes
tombam frutos – verdades. É a louca generosidade de
um Outono demasiado opulento: tropeça-se à cada passo
sobre verdades, se esmaga algumas Il y en a trop”.
(NIETZSCHE, ECCE HOMO)

Uma abordagem da Questão que se prende com a apologia do mercado, tendo em conta que: “Os vícios privados engendram o bem público”:

            NP:

                        Não há dúvida nenhuma, que a cupidez/ganância e o medo permanecem os principais motores do mercado. Com efeito, mesmo quando as nossas preocupações ultrapassam a nossa minúscula pessoa, o mercado nos torna ávidos e cobardes, apresentando os nossos concorrentes como eventuais fontes de proveito ou como ameaças ao triunfo.
                        Todavia (antes de mais), convém referir, que não é ao capitalismo que se deve a invenção da cupidez e do medo, pois que (efetivamente), estes sentimentos estão (profundamente) ancorados na nossa natureza humana. De sublinhar (com ênfase), que a diferença da civilização feudal (que o precedeu), e que tinha a delicadeza (cristã ou outra), de condenar a cupidez, o capitalismo fez dela uma apologia evidente.

(1)     Para principiar (avisadamente), este nosso Estudo, se nos afigura pertinente e oportuno, asseverar que (na verdade), toda tentativa de realização do Ideal socialista embate (concomitantemente) contra o império do capitalismo e o egoísmo dos homens. Eis porque, se (se) pretende levar (a sério) a política, deve-se contar com estes obstáculos (obviamente). Todavia, esta evidência não deve constituir razão para trair este nobre ideal (antes pelo contrário). De feito, renunciar à isso, sob pretexto que se tropeça neste duplo obstáculo, é sinónimo de ir em debandada, mesmo quando é possível  defendê-lo (quiçá, um tanto ou quanto menos resolutamente), que se o deveria, visto que terá perdido de vista a sua própria definição primordial.
(2)     E, numa tentativa (de índole eminentemente pedagógica), no desígnio de assentar (assertivamente), as ideias, que enformam (em substância), o húmus desta temática (que estamos a estudar), visando a assunção de uma práxis eficaz e afirmativa, susceptível de levar á bom porto este nobre Ideal, se impõe (antes de mais), anunciar (assertivamente), que o “Socialismo tem por ambição aplicar a comunidade e a justiça ao conjunto da nossa vida económica”. De anotar, todavia, que, conquanto se afigure assaz difícil (à primeira vista), levar a cabo, com êxito esta árdua e ingente tarefa não constitui motivo para renunciar à este nobre Ideal. Bien sûr, au contraire! É a Hora de todas as Verdades!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Não os tomo! Desde logo porque estou inserido numa economia de mercado ― e para bom entendedor...

Mas há mais duas razões dentre muitas.
Primeira. Se o chef de cozinha, Luís Suspiro, confeccionar um Lombo de bacalhau com molho de queijo da serra e frutos secos, batatinha a murro e miga crocante de broa de milho com grelos e servi-lo a Domingos Duarte Lima, este, depois de o degustar (ao bacalhau, ao bacalhau!), exclamará certamente ― «Divinal, meu caro Suspiro, divinal!». Mas se, por acaso, você se lembrar de levar à cozinheira de uma casa de pasto ― ali da Baixa de Lisboa, por exemplo, ― os mesmos ingredientes utilizados pelo chef Suspiro, nas mesmas proporções, acompanhados de uma receita minuciosa sobre o modo de confecção do prato, quando você regressar umas horas depois para consumir o seu bacalhau, não resistirá por certo a exclamar ― «Uma bosta! Peço desculpas D. Emília, mas isto está uma bosta».

Segunda. Aí há pouco mais de um ano, a minha médica detectou-me dislipidémia (trocado por miúdos, constatou que eu tinha os triglicéridos, a gordura no sangue, elevados); deu-me então um medicamento de marca para eu tomar. Passados dois meses repeti análises e o problema estava controlado ― «vais ter que manter esta terapêutica, meu caro! Nós também adoecemos, não é?» ― disse-me ela. Mantive a terapêutica bem como os mesmos hábitos alimentares. Um segundo controlo voltou a revelar a eficácia da terapêutica instituída. Foi aí que resolvi então substituir o medicamento de marca por um genérico “equivalente”, com a mesma dosagem e posologia, mantendo os mesmos hábitos alimentares. Passados três meses fiz análises ― Jesus! Os triglicéridos tinham trepado que nem um tigre atrás de um macaco por uma árvore acima. Preocupado, voltei de novo ao medicamento de marca ― dois meses depois tinha de novo o problema controlado (análises feitas há uma semana).

Admiro, por isso e por outras razões, quem acha que «divinal» e «bosta» são sinónimos.

Nota importante: As patentes dos medicamentos não são «receitas minuciosas» como a do bacalhau.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

HOJE ESTOU MUITO CONTENTE

Estou contente porque a economia italiana se afunda; contente porque a França começou a tomar medidas de austeridade: a idade da reforma vai subir dos 60 para os 62 anos e o IVA vai subir dos 5% para os 7% ― imaginem! ― Mas vai ser ainda pior, vão ver! isto é, vai ser melhor, na minha perspectiva: os franceses vão provar da receita que, quais cãezinhos domados pela senhora Merdel, deram aos países periféricos da União; e vão sentir como é bom e como é fácil viver com dificuldades e na injustiça social e política.

Mas mais contente ainda fico quando penso que a China e os países emergentes (Índia e Brasil) mandaram a União Europeia à fava, há três dias, na Cimeira do G20. A presidente do Brasil, Dilma Russef, essa então, não teve papas na língua ― se vocês europeus não confiam uns nos outros para emprestarem dinheiro entre vós, porque haveremos nós de vos financiar e confiar em vós???!!!...

São tudo boas notícias! Significam que o actual sistema económico-político europeu vai ter de mudar. Para desgosto dos cantigas esteves, medinas carreiras, joões duques & Cia.

Eu sei que vou ficar de tanga; que vou ter de trabalhar até morrer para manter um nível de vida decente. Mas terei todo o prazer nisso! Tanto quanto tive quando pelo 25 de Abril assisti ao derrube do fascismo e do colonialismo em Espanha e em Portugal. E mais tarde na Grécia.

E olé!...

ATENÇÃO ANGOLANOS

ATENÇÃO INVESTIDORES ANGOLANOS
ATENÇÃO BENFIQUISTAS ANGOLANOS


No que me cabe, a mim, como cidadão do mundo, digo a Javi Garcia que se ele de facto fez isso, ele, para mim, não passa de uma cavalgadura; e não merece jogar no clube de Mário Wilson, Mário Coluna, Eusébio e Mantorras.

Se isso for verdade, vocês angolanos o que é que fazem? Apoiam Garcia e pintam-se de outra cor? Ou apoiam Alan e pedem o esclarecimento cabal do caso e uma mão forte do Benfica contra o racismo dentro da sua equipa?!...

domingo, 6 de novembro de 2011

O PLÁGIO “NATURALIZA-SE”

Alberto Gonçalves, aqui no DN, desanca (e bem) um artigo de Jorge Messias, no jornal Avante. Mas peca logo por utilizar para isso, sem fazer a devida citação, palavras e informações colhidas no livro O Cemitério de Praga do escritor italiano, Umberto Eco ― o que é plágio, ― pretendendo então “explicar-nos” (a nós, pobres iliterados), o que se entende por «Protocolo de Sião».

Já antes tomáramos conhecimento de uma pseudo polémica em que, através do Secretariado Nacional Pastoral da Cultura, a Igreja católica critica e ataca o último livro do apresentador televisivo, José Rodrigues dos Santos, livro em que este defenderia que Jesus Cristo não era hebreu.

Ora, longe de polemizar com um entrevistador televisivo, penso que talvez fosse melhor a Igreja católica tentar desmascarar Rodrigues dos Santos perguntando-lhe onde terá ele ido buscar a ideia de questionar a identidade tribal ou rácica de Jesus; se não terá sido a páginas 441 de O Cemitério de Praga (traduzido), obra do medievalista, historiador, filósofo, linguista, ensaísta, professor e muito mais que isso, Umberto Eco! Perguntar a Rodrigues dos Santos se não acha que fez, no caso, um plágio descarado!

O Cemitério de Praga é um livro cuja recensão não tenho, como é mais que óbvio, a veleidade de fazer. Mas sempre digo que, entre outros assuntos históricos importantíssimos para o conhecimento da História das Civilizações, sobretudo para o conhecimento da cultura ocidental, esse livro aborda a questão de «documentos forjados» que terão servido de base a movimentações históricas espantosamente importantes e de proporções gigantescas, que mudaram várias vezes o curso da História Universal (mas sobretudo a do Ocidente) e moldaram a civilização ocidental tal como a conhecemos.

Após ter lido esse livro, há bem poucas semanas, constatei vários plágios descarados e muitas “inspirações” não declaradas, por parte de alguns “escritores” e de escribas de jornais e revistas, dessa obra de Umberto Eco ― até a capa do livro de Rodrigues dos Santos é, no meu entender, uma descarada, oportunista e pornográfica cópia quase fiel da capa de O Cemitério de Praga de Umberto Eco.

É assim que estamos em Portugal ― Aqui não há só políticos péssimos, ladrões que não são julgados e assassinos à solta. Há também plagiadores descarados armados em grandes intelectuais.

O plágio é, quanto a mim, um dos crimes mais hediondos que se pode cometer. Roubar as ideias de outro é roubar-lhe também a alma. É mais grave que tirar a vida a alguém!

sábado, 5 de novembro de 2011

HUMOR MATINAL

Cada país tem o artista que merece
O Brasil tem o Lima Duarte
E Portugal tem o Duarte Lima...

[Pedro Rolo Duarte - Hotel Babilónia, Antena 1, hoje]

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

KARL POPPER E OS “ESPECIALISTAS”

Neste tempo de verdades únicas, saídas únicas, caminhos únicos, soluções únicas ― em que mal ligamos a rádio ou o televisor ouvimos uma caterva de “especialistas” escolhidos a dedo pregando ao povo “inevitabilidades” e certezas, de que sobressai o autoritário «Não há outra alternativa!» ― lembrei-me de trazer-vos aqui Karl Popper.

Admito que os actuais protagonistas do poder já tenham ouvido falar deste filósofo, mas duvido que o tenham lido e muito menos ainda que o tenham estudado; mas isso é outra história. Vamos então a Karl Popper. E cito.

Hoje, o apelo à autoridade dos peritos é de algum modo desculpado pela imensidão do nosso conhecimento especializado. E é por vezes defendido por teorias filosóficas que falam de ciência e racionalidade em termos de especializações, peritos e autoridade. Mas, do meu ponto de vista, o apelo à autoridade dos peritos não deveria ser nem desculpado nem defendido. Deveria sim, pelo contrário, ser reconhecido pelo que é — uma moda intelectual — e deveria ser atacado pelo reconhecimento franco de quão pouco sabemos e de quanto esse pouco se deve a pessoas que trabalharam ao mesmo tempo em muitos campos. E dever-se-ia também combater pelo conhecimento de que a ortodoxia produzida por modas intelectuais, pela especialização e pelo apelo às autoridades, constitui a morte do conhecimento, e que o desenvolvimento do conhecimento depende inteiramente do desacordo.

Não deverá ter sido antes de 1933 ― ano em que Hitler subiu ao poder na Alemanha ― que um jovem da Caríntia, membro do Partido Nacional-socialista, que não era nem soldado nem polícia, mas que usava um uniforme do partido e andava armado, me disse: «O quê, quer discutir? Eu não discuto, disparo!». Mais de sessenta anos decorreram desde esta experiência.

O ataque do irracionalismo à argumentação tem continuado, durante estes sessenta anos, de mais de sessenta maneiras diferentes.

O futuro está em aberto. Não é predeterminado e, deste modo, não pode ser previsto - a não ser por acaso. As possibilidades contidas no futuro são infinitas. Quando digo «é nosso dever permanecermos optimistas», isto inclui não só a abertura ao futuro, mas também o facto de que todos contribuímos para ele mediante todos os nossos actos: somos todos responsáveis por aquilo que o futuro nos reserva.
É, assim, nosso dever, não profetizar o mal, mas lutar por um mundo melhor.
Fim de citação.

E a luta por um mundo melhor, no meu entender, passa actualmente e antes de mais por apoiar a juventude sacrificando-nos em seu benefício, no que nos compete inalienavelmente desmascarar todos e cada um desses soldados disfarçados de “especialistas”, que recusam argumentos alheios e... «Não discutem, disparam!» ― disparam, entre outras, esta bala irracional: «Não há alternativa!».

Nota. Os negritos e itálicos no texto são da minha responsabilidade.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

BRINCANDO COM O FOGO

O mundo está a ser conduzido para uma verdadeira catástrofe, por uma dúzia de pessoas de pouca cultura e qualificações, incapazes e aventureiras, dentre quem se destacam políticos ingleses, franceses, alemães e alguns americanos na oposição no seu país.

Esta Europa neoliberal, sem ideias e obviamente sem rumo, não descansará enquanto não desencadear uma verdadeira terceira guerra mundial tendo por base mais uma cruzada (de há muito em curso, diga-se) contra os países islâmicos e o seu direito à defesa, tendo por motor dessa cruzada a cobiça de petróleo gratuito. E forjará todos os 'documentos' que forem necessários para inculpar os islamitas da inevitabilidade da guerra.

Não está é a reparar que a China se coloca de fora e 'faz contas' à parte!...

DESENGANOS


Julgava!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

MANIFESTO À JUVENTUDE

«Não há alternativa». Ouve-se dizer isto amiúde. E quer-se com isso dizer que: ou se faz aquilo que querem a troika e os paladinos dos “sacrifícios”, da “austeridade”, dos “cortes” injustos e discriminatórios, e das “medidas” de empobrecimento dos pobres e de enriquecimento dos ricos, ou será a miséria completa, o beco sem saída, o caos social.

Ora isso de não haver alternativa não é verdade! Há alternativas, sim senhor!

Por isso tenho uma enorme esperança de que a crise grega evolua no sentido da desagregação do actual projecto europeu, do desaparecimento do euro e da actual ordem económica mundial em que os egoísmos das “lojas” atiraram borda fora os direitos dos povos, e os sequestradores das fortunas das nações se entretêm em jogos de poder perigosíssimos e sádicos, com total indiferença perante o sofrimento de praticamente mais de 90% da população do globo, retirando, aparentemente em definitivo, o futuro às novas gerações às quais sequer algum sonho é hoje permitido.

Pessoalmente estou mais que disposto a sofrer perda significativa (total se tiver que o ser), por exemplo, da minha pensão, para que se mude de paradigma, pois, a História já nos mostrou à saciedade que há sempre alternativas (ao que está) e que muitas vezes a melhor alternativa é a revolução dos costumes, das práticas, das políticas e dos pressupostos dos poderes instituídos; que há casos em que só a destruição de um modelo permitirá a construção de outro modelo diferente e justo para a maioria; que do caos emerge sempre a ordem. Que, por isso, esta juventude terá mais a ganhar com a desagregação do actual projecto europeu do que com a sua continuação.

Assim como ao longo dos últimos trinta anos houve grupos organizados que sequestraram o dinheiro; que retiraram poder e direitos aos povos; que privatizaram Estados, Serviços Públicos e a Economia global, meios essenciais ao bem-estar dos povos ― porque é disso que se trata! Privatização de bens públicos ― assim também é possível haver uma verdadeira revolução que conduza a um novo paradigma ― Socializando Estados, Serviços Públicos e a Economia, libertando-os, através de nacionalizações (não tenhamos medo das palavras!), das garras da minoria que agora detém  tudo isto que é essencial à vida de todos e foi sendo privatizado ao longo destes últimos trinta anos.

É precisa uma revolução em larga escala para que se encontrem alternativas ao estado actual em que vivem povos inteiros subjugados aos sacrossantos “mercados”.

QUE A GRÉCIA NÃO VOLTE ATRÁS! QUE SAIA DO EURO!
QUE O PROJECTO EUROPEU SE DESMORONE!
QUE SOBRE A NOSSA DESGRAÇA A JUVENTUDE POSSA CONSTRUIR UM MUNDO NOVO!

GRANDE JOGADA POLÍTICA DE PAPANDREU

E A ALEMANHA VAI PERDER A SUA TERCEIRA ‘GUERRA MUNDIAL’

Dependendo dramaticamente a credibilidade do Projecto Europeu do que vier a acontecer na Grécia, o primeiro-ministro grego, Sr. Georges Papandreu, resolveu que era chegada a hora de cobrar à Sra. Merkel e ao Sr. Sarkozy as humilhações por que têm feito passar a Grécia, e declarou ontem ao mundo que vai pôr a democracia a funcionar em pleno, pois, «vai chamar o povo grego a pronunciar em referendo sobre o novo acordo» que a troika lhes quer impor. Perante esta ‘ameaça’, Sarkozy está em pânico e a senhora Merkel diz-se «muito preocupada».

A Grécia tem sido humilhada até ao tutano pelos senhores Merkel & Sarkozy. Este senhor até veio publicamente, há poucos dias, chamar os gregos de aldrabões pois terão fornecido «des chiffres faux» (números falsos) para poderem entrar para a União Europeia; e rematou com desprezo ― «a Grécia nunca deveria ter entrado para a União».

E agora que o Senhor Papandreu quer fazer funcionar a democracia ― e nunca nos esqueçamos que foi na Grécia Antiga que nasceu o conceito de Democracia, sendo a Grécia o berço da civilização europeia actual ― agora que o povo soberano grego poderá ter a oportunidade de ser ele a decidir directamente do seu destino (se fica dentro ou sai da União), os dois democratas, a alemã e o francês, não querem que isso aconteça.

Dá para entender?... Dá, dá!  Pois, não há democracia na Europa.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

CONTEM COMIGO, CONTEM!

Sendo a educação o que é, o coitado do cidadão é sempre enganado! Por isso, quando o (des)governo diz que os contribuintes podem deduzir, na declaração de IRS do próximo ano, 5% do IVA que pagarem (se pedirem factura), o pagode pensa que valerá a pena ‘perseguir’ os comerciantes pois assim só pagará 18% de IVA. O pagode pensa que os 5% serão subtraídos aos 23% do IVA a pagar.

Claro que as contas são outras ― o contribuinte só recuperará 5% de 23%, ou seja, 1,15% do valor do IVA pago.


É óbvio que para alguns valerá a pena dar-se ao trabalho de pedir factura ― se comprarem p’raí um automóvel Ferrari por ano...!


Porque se, por exemplo, cada família gastar três mil euros por ano em compras (que é o que se indica como a média de gastos sujeitos a IVA das famílias portuguesas), cada FAMÍLIA abaterá 34,5 euros POR ANO nos seus impostos, ou seja DEZ CÊNTIMOS POR DIA POR FAMÍLIA. Se, por exemplo, for uma família de quatro elementos isto representará dois cêntimos e meio por dia por cabeça.

E para receber esta fortuna e assim poder levar a família de férias com esse dinheiro, cada família média terá que arquivar e compilar uma tonelada de facturas de pequenas importâncias e declará-las no IRS.


TUDO MUITO FÁCIL! E VALE A PENA!!!

(XI) Alors Que faire?

Prática de ACTUAÇÃO DÉCIMA PRIMEIRA:


“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).


No cerne da ecologia das conexões entre Humanos e não-humanos:
NP:
É (efetivamente), na segunda metade do século XIX que as abordagens e os domínios (respectivos) das Ciências da Natureza e das Ciências da Cultura deixaram de ser delimitados. Esta delimitação fora conseguida (em teoria), pelo desenvolvimento dos trabalhos epistemológicos (fazendo ressaltar) as diferenças de método entre os dois campos de estudo e (na prática), pela afinação da organização compartimentada das Universidades e das Instituições de Investigação (tal como), a conhecemos (presentemente). 
De anotar (no entanto), que como em todo processo de especialização, esta divisão das competências teve efeitos positivos por ter concentrado, no seio de comunidades eruditas “savoir-faire” e automatismos de pensamento, sistemas de qualificação, meios de trabalho e dispositivos de avaliação comuns (que desmultiplicam), deste modo, as condições ideais de elaboração dos saberes. Todavia, esta divisão institucional (reforçada entre as Ciências e as Humanidades), teve (outrossim), como consequência tornar-se (muito mais difícil), a compreensão das situações de interface entre fenómenos materiais e fenómenos morais. 
Eis porque, das ciências que se fixaram como objecto as conexões entre as dimensões físicas e as dimensões culturais das atividades humanas (a Geografia, a Psicologia ou Etologia, por exemplo), se encontraram (finalmente), cindidas no interior (delas mesmas), facto que se anuncia nos defensores de uma ou de outra abordagem, cada uma (acabando), por se resolver, num divórcio (amigável), no melhor dos casos.


Posto isto, vamos abordar (então),  a questão que  se prende com o Universalismo e o Relativismo:

domingo, 30 de outubro de 2011

A ÁRVORE E A FLORESTA

Sempre se defendeu aqui a filosofia do nivelamento por cima e não por baixo; mas o português sempre praticou e pratica o contrário. Daí aparecerem agora na comunicação social tantas notícias sobre este assunto das pensões, ordenados e subvenções de algumas personagens.

Isto das notícias de ordenados e pensões altos, são faits divers para entreter o pagode e afastá-lo da discussão do que é essencial ― que é saber onde foram parar os milhares de milhões que faltam nas contas do Estado.

É que o que empobreceu e empobrece Portugal são os roubos e as negociatas de milhões, e de dezenas de milhões, praticados ao longo dos anos a coberto dos partidos do centrão (PS e PSD) e com a conivência do CDS. Praticados nos gabinetes ministeriais; nos escritórios dos advogados avençados; através das empresas públicas e das parcerias público privadas; e nas autarquias. É com isto que as pessoas devem preocupar-se. E os faits divers servem para que as pessoas não discutam isto e andem atrás de pensões, subvenções e ordenados chorudos deste e daquele, em que, tudo somado, se obtém um rato a que se dá a maior importância estando-se ao pé de uma montanha para a qual não se olha.

Nunca demos nem damos para este peditório.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PSD - GALERIA DE NOTÁVEIS

              Duarte Lima       Oliveira Costa   Dias Loureiro  Isaltino Morais

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PLENAMENTE DE ACORDO!!!

MUTATIS MUTANDIS



Este homem, Muammar al Kadhafi, foi um ditador e um criminoso com largas centenas de mortes no seu cadastro. Morreu como homem ― preservando a compostura e a dignidade pessoais até ao último suspiro. E morreu como mártir ― com a quase total similitude com que a Bíblia descreve a captura, a tortura, o sofrimento e a crucificação de Jesus Cristo.

Era Presidente de um país, a Líbia. Nessa qualidade, foi perseguido e assassinado pela NATO, por interpostos bombardeamentos aéreos e interpostos terroristas apelidados de “rebeldes”. É que em nada os terroristas que eliminaram Kadhafi se distinguem daqueles que Kadhafi terá utilizado para eliminar os seus inimigos.

Estes episódios recentes na Líbia, mostrados ao mundo na sua quasi completa nudez e crueza, constituem ― longe de uma solução de um ou vários problemas; longe de um ‘aviso’ dissuasor dirigido a regimes ditatoriais ― um aviso e um alerta perversos cujos “frutos” haveremos infelizmente de ver no futuro próximo.

E este alerta perverso consiste em dizer aos ditadores no poder e aos pretendentes a ditadores futuros que:
1) Não sendo eles nem presidente dos Estados Unidos, nem da China ou da Rússia ― os únicos que podem mandar matar impunemente ― o seu fim não será muito diferente do de Muammar al Kadhafi;
2) Que por isso a ditadura por eles praticada deverá ser cada vez mais sanguinária, cada vez mais terrorista e mais desrespeitadora dos direitos humanos, no que deverão preocupar-se em eliminar fisicamente todos os seus opositores, reais ou potenciais, ou mesmo imaginários, como único meio de se manterem no poder e não virem a ter o fim de Kadhafi.

Longe de estarem a trazer paz ao mundo, a NATO e o Ocidente cristão, em nome do petróleo e do dinheiro, não têm o menor pejo em se aliarem a terroristas islâmicos (quando isso lhes convém) para, juntos ― em acções concertadas e desenvolvidas mano-a-mano, ― praticarem os actos mais bárbaros e mais terroristas que se pode imaginar.

As mãos da NATO estão tão sujas como estão as da Al Qaeda e tão sujas como estiveram as de Bin Laden. Qualquer diferença é mero pormenor.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

(X) Alors Que faire?

Prática de ACTUAÇÃO DÉCIMA:

“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895)

ET POUR CAUSE
A Tendência para sublimar é (com efeito), irresistível!...


(A) Com efeito (et pour cause), a tendência para sublimar é assaz irresistível (positiva ou negativamente) e isto porque (ela) constitui o desígnio primordial de toda individuação (precisamente), enquanto (ela) for sempre (simultaneamente), psíquica e colectiva, salvo em se tornar o Processo de individuação. 
(B) Temos, nestes nossos Estudos ensaísticos, tentado pensar o nós, em termos não (unicamente), de processo de individuação psíquica e colectiva, mas (outrossim e ainda), como processo de individuação técnica (as retenções terciárias e os hypomnémata em quê elas consistem), quando as sociedades se elevam ao estado de civilizações, estando (estas) submetidas a este regímen de individuação.
(C) De facto, o sistema de hiperpotência (que é outrossim, híper-vulnerável e híper-impotente), advém quando no âmbito do processo de individuação psíquica, colectiva e técnica, a técnica (estando transformada em Tecnologia), torna-se (outrossim), tecnologia de controlo, isto é, adopta novas formas de hypomnémata (hegemonicamente submetida), aos imperativos de uma sociedade híper-industrial de serviços. Ou seja: Que da captação da atenção e de controlo comportamental visa fazer desaparecer os “savoir-faire” e os “savoir-vivre”, em benefício dos modos de emprego e procedimentos definidos pelo marketing para a adopção (soit disant), apropriada de produtos da inovação tecnológica (sempre mais miniaturizadas), o que engendra um imenso processo de desindividulização psíquica e colectiva, processo, que se denomina (identicamente), de estádio da proletarização generalizada, cuja assunção conduz (ipso facto) à perda do sentimento de existir. E dito (de modo mais consequente), esta situação leva ao desespero óbvio! É (aliás), neste contexto, que se produz a miséria espiritual, que (por seu turno), engendra a tendência para sublimar (negativamente), um sistema tecnológico híper-vulnerável. Eis porque, uma tal situação é (manifestamente), explosiva! Óbvia e absolutamente!

domingo, 23 de outubro de 2011

(IX) Alors Que faire?

Prática de ACTUAÇÃO NONA:

“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).

Com efeito
O populismo industrial engendra uma 
Sociedade incontrolável assombrada 
Pelo espírito do mártir e combate-lo
Constitui a prioridade política absoluta.

(1) Se é verdade, que a hiperpotência do racional se revela ser (outrossim), uma híper-vulnerabilidade (em particular), quando os que acreditam (já nada têm a perder), adoptam comportamentos “irracionais” de destruição (mutatis mutandis), se é verdade, que uma tal sociedade (em que), o poder tecnológico é (apenas uma potencia em acto), na base de uma confiança e no seu funcionamento, pode inverter-se, numa hiperpotência (uma vez que), tal confiança desapareça, então o sistema mimético que intima o populismo industrial assume (supremamente) perigoso mesmo se a gente espera que os “responsáveis políticos” (sejam quais forem), extraem as devidas consequências., por motivos óbvios.
(2) Demais (e por outro), não há dúvida nenhuma, que a captação da atenção é o que destrói as razões de esperar enquanto  a expectativa é o que supõe a atenção. Ou seja: A captação da atenção é o que destrói as razões de atingir algo, no âmbito do desenvolvimento social. Ela é (por conseguinte), inevitavelmente o que engendra desespero, o qual (por seu turno), induz comportamentos incontroláveis. E (dito por outras palavras): Ela produz uma sociedade incontrolável!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

DIGNIDADE NA MORTE

Um homem quer-se homem até ao último momento da sua vida. Quer seja santo, quer seja um ditador e assassino como foi Muammar al-Kadhafi, ou como revelou ser George W. Bush. Não interessa nada: que há sete meses aqui tenha previsto que Kadhafi não morreria cobardemente enforcado ― como o foi Saddam Hussein que foi apanhado, como a um coelho, escondido numa toca ― ou humilhado, como um miserável, à frente dos juízes do Tribunal Penal Internacional que só julga ditadores derrotados e não persegue nem prende para julgamento os criminosos internacionais por interpostos exércitos, como George Bush, por exemplo.

Kadhafi morreu dignamente, de armas na mão e pisando o solo onde nascera, Sirte. Eu apreciei a coragem, a coerência e a dignidade pessoal deste homem nos seus últimos momentos de vida.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ESTA É UMA MISSÃO

É preciso começar a lembrar aos militares e aos polícias que eles são filhos do povo e não filhos da grande finança nem de grandes empresários e banqueiros.

Lembrar-lhes que a sua missão não é ir p’rá rua dar porrada nos seus pais e demais familiares, vizinhos  e amigos quando estes se manifestarem em defesa dos seus direitos actualmente discricionária, desigual e brutalmente atingidos pelas decisões dos que estão no poder.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VIAGENS JUSTIFICADAS

Acabo de ler a crónica de hoje, de Manuel António Pina, no JN, e não sei porquê deu-me logo para ir a esta página de Alberto Pimenta que, em forma de poema, a certa altura escreve:

o grande filho da puta
também em certos casos começa
por ser
um pequeno filho da puta,
e não há filho da puta,
por pequeno que seja,
que não possa
vir a ser
um grande filho da puta,
diz o grande filho da puta.

domingo, 16 de outubro de 2011

(VIII) Alors Que faire?

                         Prática de Actuação Oitava:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Algumas ideias (quão pertinentes) sobre o Processo de redefinição dos conceitos de culturas nacionais homogéneas e de...

            Não há dúvida nenhuma, que os Conceitos de:
                        ---Culturas nacionais homogéneas
                        ---De transmissão consensual ou contiguidade de tradições históricas
                        ---(Ou ainda), de Comunidades étnicas “orgânicas”(como o próprio esteio do comparativismo cultural)
                        Atravessam (atualmente), um profundo Processo de redefinição. E explicitando (adequadamente) as ideias, temos que:
a)     O hediondo (e levado ao extremo), nacionalismo sérvio demonstra que a própria ideia de uma identidade nacional pura (“etnicamente limpa”), só se pode atingir pela morte (na acepção literal ou figurada), do entrelaçamento complexo da História e das fronteiras (culturalmente), contingentes da nação moderna. De sublinhar (antes de mais), que este aspecto da psicose de fervor patriótico, leva a pensar (sobremaneira), visto que se trata de uma prova manifesta de um sentimento mais tradicional e de transição do hibridismo das comunidades imaginadas.
b)    O teatro SRI-LANKA contemporâneo representa o conflito (mortalmente) entre tâmules e cingaleses, por referencias alegóricas à brutalidade do Estado na África do Sul e na América Latina
c)     O cânone anglo-celta da literatura e do cinema australianos é (presentemente), reescrito (do ponto de vista), dos imperativos políticos e culturais aborígenes

sábado, 15 de outubro de 2011

CONVITE ESPECIAL

(VII) Alors Que faire?

Prática de Actuação Sétima:

No cerne dos termos do
“engajamento” cultural:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

“Hello America
this is the voice of Gran Vato Cherollero
broadcasting from the deserts of Nogales, Arizona
zona de libre cogercio
2000 megahertz en todas direciones

you are celebrating Labor Da in Seattle
while the klan demonstrates
against Mexicans in Georgia
ironia, 100% ironia
                                    GUILLERMO GOMEZ-PENA
(Artista de performance que vive---designadamente entre outros tempos e lugares---na fronteira do México e dos Estados Unidos).

(A)       Não há dúvida nenhuma, que os termos do compromisso cultural (antagonistas ou filiados), são produzidos, num modo performativo. Eis porque, a representação da diferença não deve ser lida (precipitadamente), como o reflexo de caracteres culturais ou étnicos preexistentes, gravados no mármore da tradição estabelecida. De anotar (aliás), que (do ponto de vista da minoria), a articulação social da diferença constitui uma negociação complexa e incessante que envida em autorizar hibridações sociais (que emergem), nos momentos de transformação histórica.

(VI) Alors Que faire?

                        Prática de Actuação Sexta:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Quiçá a “arte do presente”!

(1)           É o tropo do nosso tempo: Situar a questão da cultura  no domínio do além. Na viragem do século, encontramo-nos menos preocupados com o exício (a morte do autor) ou com a epifania (o nascimento do sujeito). A nossa existência é marcada (presentemente), por um sentimento obscuro da sobrevivência, uma vida nas mãos do “presente” para a qual (se nos afigura), não ter outro nome que astúcia (tão clássica) como controvertida do prefixo “pós”: pós-moderno, pós-colonialismo, pós-feminismo...
(2)           Com efeito (et pour cause), o “além” não é (nem) um novo horizonte (nem) um modo de deixar atrás de si o passado... O princípio e o fim podem ser mitos núncios  para os anos medianos. Todavia, neste fim de século, encontramos (neste momento de trânsito): Em que o espaço e o tempo se intersectam para produzir figuras complexas de diferença e de identidade (de passado e de presente), de interior e de exterior (de inclusão e de exclusão). Existe (com efeito), no “além” um sentimento de desorientação, uma perturbação da direcção: um movimento incessante de exploração. Ou seja: (aqui e acolá, de todos os sentidos, aqui e ali, para frente e para trás).
(3)           Por seu turno, o abandono das singularidades de “classe” ou de “género”, enquanto categorias conceptuais e organizacionais primárias acarretou uma tomada de consciência das posições do sujeito(raça, género, geração, posicionamento institucional, lugar geopolítico, orientação sexual), que perseguem toda afirmação de identidade do mundo hodierno.

domingo, 9 de outubro de 2011

(V) Alors Que faire?

Prática Quinta de Actuação:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)


Um oportuno Apontamento sobre a Sobrevivência Cultural


            NP:

            Com efeito, apoiando-se na Literatura, Filosofia, Psicanálise e História logra-se (de modo dialecticamente consequente):
            --- Repensar as questões (muito actuais), no atinente à Identidade e de pertença nacionais
            --- Superar (graças ao) conceito (assaz fecundo) de hibridismo cultural, a visão de um Mundo dominado pela oposição entre o Si e o outro
            --- À discernir como (através) da imitação e da ambivalência, os colonizados introduzem entre os seus colonizadores, um sentimento de angustia que os debilita significativamente
            --- (ou ainda), à compreender mais (minuciosamente), os elos/vínculos (que existem) entre colonialismo e globalização.

(I)
            Convém (antes de mais), sublinhar que a crítica pós-colonial testemunha acerca das forças desproporcionadas implicadas na luta para a autoridade política e social, no seio da Ordem mundial hodierna. De facto, as perspectivas pós-colonial emergem do depoimento colonial dos países do Terceiro Mundo e dos discursos das minorias, no seio das divisões geopolíticas Este e Oeste, Norte e Sul.
            Por seu turno, estas forças intervêm nestes discursos ideológicos da modernidade (que se esforçam) em outorgar uma “normalidade” hegemónica ao desenvolvimento desigual e às histórias diferenciais (frequentemente) desfavorecidas das nações, das raças, das comunidades, dos povos. De feito (elas) formulam as suas revisões críticas (em torno), de questões de diferença cultural, de autoridade social e de discriminação política para revelar os momentos antagonistas e ambivalentes, no seio das “racionalizações” da modernidade.
            E (já agora), poderíamos (outrossim) defender que o projecto pós-colonial (ao nível teórico mais geral), procura explorar estas patologias sociais (“perda de significação, condições de anomia”), que já não se limitam em “se reagrupar em torno do antagonismo de classe, porém, são rompidas em contingências históricas, amplamente disseminadas”.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS

Esta semana já ouvi duas notícias sobre a vida de dois professores universitários na Grécia. E deu-se-lhes importância nas televisões. E dou-lhe eu importância agora porque esses professores são representantes da chamada classe média.

Ora bem, a primeira notícia foi veiculada no último domingo pelo Prof. Marcelo, na TVi. Contou ele que esteve numa reunião a conversar com uma colega universitária grega que lhe disse que actualmente, devido às reduções salariais, que no caso dela chegaram já a 60%, passaram a viver, no apartamento que ela dantes partilhava apenas com o marido, 12 pessoas (entre filhos, noras, genros e netos).

A segunda notícia ouvi-a eu ontem da boca de Ana Lourenço, num telejornal da SIC Notícias. Disse a Ana Lourenço, que teve conhecimento de um caso em que um professor universitário grego já está a acrescentar água ao leite dos pacotes para poder suprir à alimentação dos filhos.

Eu não tenho a menor dúvida que é este o paradigma para que Portugal caminha. Primeiro porque acredito na lógica, e também porque, por profissão, sei que a mesma receita tende a produzir os mesmos resultados nos doentes a elas submetidos.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A TOMADA DE PALERMO

Em O Cemitério de Praga, de Umberto Eco, Abba, um intelectual e soldado sob o comando do general Garibaldi, descreve A Batalha da Ponte do Almirante:

«Ultrapassamos a ponte, juntamo-nos no cruzamento de Porta Termini, mas estamos debaixo de fogo dos tiros de canhão de um navio que nos bombardeia do porto, e do fogo de uma barricada à nossa frente. Não importa. Um sino toca a rebate. Embrenhamo-nos pelas ruelas e, a dado momento, Deus, que visão! Agarradas a uma grade com as mãos que pareciam lírios, três meninas vestidas de branco, belíssimas, olhavam-nos mudas. Pareciam os anjos que se vêem nos frescos das igrejas. «Mas quem sois vós», perguntam-nos, e nós dizemos que somos italianos, e perguntamos-lhes quem são elas, e elas respondem que são freirinhas. Oh, pobrezinhas, dizemos nós, pois não nos teria desagradado libertá-las daquela prisão e dar-lhes alegrias, e elas gritam: «Viva Santa Rosália!» Nós respondemos: «Viva a Itália!» E também elas gritam: «Viva a Itália!», com aquelas vozes suaves de salmo, e desejam-nos a vitória. Combatemos ainda durante cinco dias em Palermo, antes do armistício, mas de freirinhas nada, e tivemos de nos contentar com as putas!»

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O WINDOWS 8 APRESENTA-SE

Há dois dias que estou a testar a versão de desenvolvimento do novo sistema operativo da Microsoft, o WINDOWS 8. A primeira impressão que se tem é a de que se trata de um Windows 7 ligeiramente modificado. Mas a verdade é que o W8 é bastante mais do que isso.

Neste seu começo o W8 aparece com duas interfaces em vez de apenas uma como era costume. Por defeito a interface que se apresenta após terminado o arranque do sistema é uma nova interface a que foi dado o nome de Metro. É esta aqui em baixo:

Embora se use o rato para navegar nesta interface, a verdade é que ela se apresenta fazendo-nos sentir como se estivesse-mos frente a um smartphone gigante que nos oferece um touch screen para trabalharmos. É a partir desta interface que poderemos aceder às várias funcionalidades novas do W8  e ao antigo desktop que se pode ver aqui em baixo:

Este desktop é em quase tudo igual ao do Windows 7; mas tem uma coisa que o torna muito diferente e muito melhor: do lado direito da barra inferior pode-se aceder a todo o sistema operativo e aos dispositivos de hardware clicando na pequena seta branca orientada para cima ― aparece um menu em forma de lista, completíssimo e muito fácil de usar.

Mas a interface Metro (a da primeira foto), pela sua novidade e facilidade de uso, é aquilo que neste Windows 8 mais prende a atenção do utilizador. Descobre-se com facilidade que também através dela se pode aceder a todas as ferramentas que o desktop oferece. Por isso se pensa que aquela nova interface deverá vir a ser a interface única com que o Windows 8 se apresentará futuramente. Por agora os bugs a ela associados são muitos ― por exemplo, há programas que não se consegue fechar uma vez abertos ―.

Mas aquilo que mais desagrada (e espera-se que só exista agora nas versões de teste) é a obrigatoriedade da abertura de uma conta de email no Windows Live, conta à qual o Windows 8 fica associado e ligado, sempre e logo que se faça o arranque do sistema. Isto deverá desaparecer futuramente, pois, imagine-se que se tem que ter uma ligação activa à Internet para se poder usar um computador com Windows 8. Não faria sentido! Mas enquanto se testa e se envia resultados dos testes à Microsoft, claro que faz todo o sentido!

Primeira impressão: Parece que a Microsoft, com este Windows 8, pretende dar um passo diferente dos que deu com o Windows Vista (o pior de sempre) e com o Windows 7 (fragmentado em seis versões, sendo caríssimas as duas melhores) nenhum deles (Vista e W7) superando o célebre e ainda muitíssimo usado Windows XP; a não ser nos serviços de rede em que no XP se exige algum conhecimento técnico para estabelecer redes de comunicação.

sábado, 1 de outubro de 2011

DO USO DA INTELIGÊNCIA

Não sei se sabem, mas a palavra “plantel” significava, até há bem pouco menos de 20 anos, apenas e só: «Grupo de animais de raça, seleccionados para reprodução». Foi há menos de 20 anos que a palavra “plantel” passou a significar também «conjunto de jogadores e técnicos de uma equipa desportiva».

Pois, José Mourinho terá dirigido “plantéis” (à antiga) até chegar ao Real Madrid. No Real, ao que está à vista, os jogadores acabam de mostrar a Mourinho que este está a tratar com pessoas e não com animais ou gado.

Abone-se a favor de Mourinho este ter tido a inteligência suficiente para mudar de atitude e acolher a razão dos seus comandados: parece, assim, que agora se está a formar em Valdebebas uma equipa de homens e não uma manada de animais.

Os meus parabéns aos jogadores do Real e ao seu treinador, José Mourinho!