“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
“Supposons que la chose soit faite, que la tempête
révolutionnaire, l’épave sur laquelle nous flottons
ait enfim touché le rivage”. LOUISE MICHEL, L’Ére
nouvelle, souvenirs de Calédonne, Paris, Librairie socialiste
inter.nationalle,1887.
E, já agora
E (antes de mais), em jeito de
ALERTA OPORTUNA: Um lúcido
AVISO À NAVEGAÇÃO, em tempo útil e oportuno!...
Posto isto, em jeito de breve EXÓRDIO, eis:
(1) Com efeito, quando, no início do século XVI, THOMAS MORE (1478-1535), escreve a sua famigerada UTOPIA, aparece pela primeira vez, a promessa de uma Cidade maravilhosa. Utopia, cidade justa e harmoniosa, em parte alguma, existe. Todavia, descrevendo-a, nos seus ínfimos pormenores como o contrário perfeito de onde vive, THOMAS MORE cria um instrumento de sátira social jamais igualado.
(2) De anotar, que a despeito da riqueza crítica e criativa deste “idealismo” (ele), contém os seus perigos (concretamente) e sobretudo, quando serve para justificar “as doutrinas e as políticas extremistas”.
(I)
Na verdade, como o falsário/falsificador em matéria de moeda falsa, o “utopista” produz falsa sociedade, conquanto (aparentemente), muito bem imitada. Contrafação (leia-se, outrossim: imitação fraudulenta), necessária para experimentar a fiabilidade de princípios societários (não usitados), para justificar resultados de uma experiência jamais ainda perpetrada. De facto, pela magia da ficção se anima grupos de indivíduos cujos desejos de paz e de felicidade (amiúde mal afirmados), vêem-se submersos por vagas de beleza, abundância e harmonia.