sábado, 31 de dezembro de 2005

BOA NOITE DE S. SILVESTRE E BOM ANO NOVO

Passe o ano com a inesquecível música “Boas Festas” do meu querido e saudoso amigo Luís Morais.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

A TODOS BOAS FESTAS

São os desejos de "África Minha", nesta quadra festiva, endereçados a todos os amigos e leitores deste blogue.


BOM NATAL

sábado, 17 de dezembro de 2005

ALEGRE DESESPERO



O desespero começou a tomar conta de Manuel Alegre.

Ele desconfia que as sondagens feitas pela empresa Eurosondagem são propositadamente falsificadas pelo socialista Rui Oliveira e Costa, que dirige essa empresa, com o propósito de prejudicarem a sua candidatura em benefício da de Mário Soares.

Nisto Manuel Alegre está a fazer exactamente o mesmo que fazia Santana Lopes sempre que via fugir-lhe o chão debaixo dos pés: dizia que era uma tramóia que lhe estavam a fazer - até que o chão se abriu e ele foi literalmente engolido por um enorme buraco, como se viu.

Mas o problema de Manuel Alegre é mais sério: não se trata apenas de poder vir a estatelar-se politicamente ao comprido; pode é vir a ter menos votos dos que precisa para que possa pagar as despesas da sua campanha eleitoral com o dinheirinho dos contribuintes.

P.S. De tão desesperado Alegre nem reparou que a empresa de Rui Oliveira e Costa está mas é feita com o PSD – então não é que as sondagens hoje reveladas dão uma subida de Cavaco Silva, podendo o homem de pau ganhar as eleições à primeira volta!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

TRANSPARÊNCIA PRECISA-SE

As despesas das campanhas eleitorais de Mário Soares, Cavaco Silva e Francisco Louçã, sabemos nós quem angaria dinheiro para elas: são o PS, o PSD e o BE.

Mas quem é que angaria dinheiro para as despesas da campanha de Manuel Alegre?

Quem o apoia financeiramente?

Ou será que o vate anda a vender biliões de livros na vasta China e ninguém sabe!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

UMA AUTÊNTICA BOMBA



O Prémio Nobel da Literatura deste ano, o escritor Inglês, Harold Pinter, acaba de desferir, contra a América de Bush e o Reino Unido de Balir, o mais mortífero soco no estômago que alguma vez alguém concebeu à face da Terra.

No seu discurso de aceitação do Prémio, apresentado à Academia Sueca, Harold Pinter foi terrivelmente demolidor contra a política externa americana - a de ontem e a de hoje, esta protagonizada por George Bush .

E condenou severamente o seguidismo canino dos seus irmãos britânicos em que o expoente máximo é hoje o primeiro-ministro Tony Blair.

O discurso de Pinter é uma peça analítica de uma qualidade e de uma consistência ideológica e moral únicas. É um libelo acusatório gravíssimo e seríssimo que não deixa à América, a Bush e a Blair, a mais pequena oportunidade de defesa ou escapatória – tal a clareza dos argumentos expendidos, dos exemplos práticos históricos apresentados - tal a clareza com que retrata os crimes que imputa à América.

No fim do seu discurso, Pinter é sublimemente cáustico e de uma ironia que raia o insulto e constitui uma punição dos que chama criminosos.

Com efeito, propôs-se escrever uma comunicação à nação para George Bush ler na televisão aos americanos.

«I know that President Bush has many extremely competent speech writers but I would like to volunteer for the job myself. I propose the following short address which he can make on television to the nation. I see him grave, hair carefully combed, serious, winning, sincere, often beguiling, sometimes employing a wry smile, curiously attractive, a man's man.»

«'God is good. God is great. God is good. My God is good. Bin Laden's God is bad. His is a bad God. Saddam's God was bad, except he didn't have one. He was a barbarian. We are not barbarians. We don't chop people's heads off. We believe in freedom. So does God. I am not a barbarian. I am the democratically elected leader of a freedom-loving democracy. We are a compassionate society. We give compassionate electrocution and compassionate lethal injection. We are a great nation. I am not a dictator. He is. I am not a barbarian. He is. And he is. They all are. I possess moral authority. You see this fist? This is my moral authority. And don't you forget it.'»

O que dirão os pachecos e delgados do discurso de Harold Pinter?

Clique aqui e leia o texto completo do discurso de Pinter.

sábado, 3 de dezembro de 2005

LIVRE, REBELDE E ANTI-VEDETA

UM GÉNIO (ATÉ NA NORMALIDADE QUE ASSUMIA)



Consta que certa vez Pelé terá considerado Best «dos melhores jogadores de sempre».

Numa outra ocasião, na imprensa e sobre o mesmo assunto, Best foi de novo secundarizado numa comparação com Pelé.

Confrontado com o assunto, Best, dizendo-se honrado com a comparação, terá acrescentado:

«Se Pelé jogasse pela Irlanda do Norte e eu pelo Brasil, gostaria de saber se diriam a mesma coisa».

JÁ AGORA... POIS ENTÃO...



MÃO NA MÃO

COISA NA COISA

quinta-feira, 1 de dezembro de 2005

PORQUE A ETERNIDADE NÃO EXISTE



Segundo o jornal A Bola, de hoje, «Estima-se que mais de 500 mil pessoas marcarão presença no funeral de George Best, no sábado, em Belfast (Irlanda do Norte).»

É preciso dizer, mais uma vez, que se tratará de meio milhão de pessoas no funeral de um futebolista.

Aos olhos das gerações mais recentes (nascidas de setenta para cá) pode parecer um fenómeno inexplicável; mas não é.

George Best, para além de ter sido um génio a jogar futebol - talvez o primeiro futebolista verdadeiramente tecnicista e malabarista das Ilhas Britânicas (nascido na Irlanda do Norte) -, foi talvez o primeiro futebolista mundial a impor a sua liberdade individual a um clube de futebol profissional (e logo ao Manchester United).

Naquele tempo os futebolistas eram autênticas propriedades dos clubes; autênticos escravos nas mãos dos dirigentes do futebol (o Eusébio que conte a sua verdadeira história – apesar de ter sido o melhor de sempre em Portugal, conta-se que uma vez Salazar “decretou” que passasse a ser património do Estado, imagine-se).

Mas estávamos a falar de George Best.

Best não acatava as “normas de escravidão” impostas aos futebolistas de então e por isso era visto nos pubs a beber cerveja com os amigos; frequentava bares e discotecas; namorava em plena rua, à frente de todo o mundo (é preciso dizer que nessa altura isso dava pelo menos uma ida à esquadra mais próxima); e maravilhava o mundo do futebol com os seus dribles e toques geniais na bola; uma corrida serpenteante e imparável rumo às balizas adversárias; golos monumentais de recorte artístico inimitável; tudo feito sem alarde de sobranceria ou vedetismo por um atleta de cabelos compridos à Beatle e cerrada barba castrista ou comunista. Tudo nele era novo e revolucionário para o seu tempo - sobretudo para a ultra-conservadora sociedade inglesa de então.

É por tudo isso, e por Best ter sido apenas um homem como qualquer outro homem livre – é por isso - que todos os que o conhecemos lhe prestamos homenagem nesta hora que vai a enterrar este verdadeiro símbolo da Liberdade Individual e um grande, grande e inigualável artista.

Best sabia que ninguém viveria ou viverá por ele.

Por isso fez muito bem em ser ele a viver a sua própria vida.

Até sempre George Best.