sábado, 30 de setembro de 2006

GOSTARIA DE TER ESCRITO ISTO

O lixo

Ele desceu para esvaziar o lixo e, como era um sujeito literal, já não subiu.



(Pedro Mexia – Estado Civil)

O BIG-BANG PARA TODOS

Em princípio a física deveria ter por finalidade a busca da simplicidade derradeira. E, de facto, é isso mesmo que os físicos têm tentado ao estudar a natureza da matéria até ao mais ínfimo pormenor; até à mais ínfima partícula ou subpartícula; até às “cordas” e supercordas – fitas vibratórias de energia que oscilam em 11 dimensões, as quais incluem as três dimensões que já conhecemos, mais o tempo, e mais outras sete dimensões que, para nós, são simplesmente desconhecidas. (Alguns físicos dão o nome de membranas ou branas a essas fitas vibratórias).

Mas onde a porca torce o rabo é quando os físicos nos tentam explicar essa busca da simplicidade derradeira, do aparecimento da matéria a partir do nada, com descrições como esta, por exemplo:

«O processo ecpirótico começa muito longe, no passado indefinido, com um par de branas planas vazias colocadas paralelamente uma à outra num espaço curvo com cinco dimensões... As duas branas, que formam as paredes da quinta dimensão, podem ter surgido do nada, de repente, como uma flutuação quântica num passado ainda mais distante, e terem-se separado em seguida.»

Não desanime, caro leitor, pois vai sair daqui com pelo menos um conhecimento que lhe dou: ecpirótico vem da palavra grega que significa “conflagração”.

Bom dia e bom fim-de-semana.

domingo, 24 de setembro de 2006

OPORTUNISMO

Quando estou na cozinha e entra alguém perguntando se preciso de ajuda, respondo logo que sim.

– E o que é que queres que eu faça?

– Descasca aí quatro cabeças de alho, se fazes o favor.

– Mas precisas assim de tanto alho?

– Não. Mas eu guardo o resto no frigorífico.

A única coisa que detesto fazer na cozinha é descascar alho.

Os incautos que se precatam.

BOM DIA E BOM DOMINGO

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

OH SORTE MADRASTA!...

Lê-se e não se acredita:

«Governo aperta controlo das faltas por doença»

«O Governo aprovou hoje, na generalidade, um decreto que passa a exigir aos trabalhadores da administração pública uma declaração emitida pelas entidades competentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para justificarem as suas faltas por doença.»


O afã de trucidar o funcionário público é tal que não vêm que esta é uma medida que vai totalmente ao arrepio do bom senso pois contraria frontalmente outras já tomadas no sentido de aliviar as urgências hospitalares.

A partir de agora o funcionário doente irá engrossar a bicha dos Centros de Saúde e entupir as já saturadas urgências hospitalares à procura de uma “baixa” para justificar a falta ao trabalho.

Esta é uma açorda de todo o tamanho que estes senhores educadores do povo acabam de cozinhar.

Veremos brevemente as consequências deste disparate.

Como fazia outrora a Igreja católica, pela Páscoa, em que o pecador comprava o perdão para poder comer carne de porco naquela quadra, seria bem melhor o Governo vender umas bulas para justificação de faltas. Assim sempre fazia uns dinheirinhos que cobririam o subsídio de doença.

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

UMA AUTÊNTICA CIGANADA

O Sr. Ministro da Saúde admite a hipótese de em breve o Governo instituir uma «taxa moderadora» para os doentes internados nos hospitais e para os doentes submetidos a cirurgias.

«Taxa moderadora» – disse ele.

Para moderar o quê? – Pergunto eu.

Se se entende a existência de tal taxa para moderar a procura das urgências hospitalares desentupindo-as com isso dos doentes que não apresentam casos de urgência médica ou cirúrgica e apenas procuram nas urgências uma consulta de rotina;

Já não se entende que se pense que os internamentos hospitalares e as cirurgias ocorrem por vontade dos doentes.

É chico-espertice a mais tentar “vender” um imposto ilegal com o nome de «taxa moderadora».

O povo burro vai levar tantas e tantas dessas que um dia há-de acordar. Pelo menos para pedir a extrema-unção.

domingo, 17 de setembro de 2006

QUEM É QUE FALOU EM MÁFIA?

O jogo de ontem entre o Sporting e o Paços de Ferreira parece demonstrar que a máfia não se queda a dormir: o Sporting perdeu pelo menos um ponto devido a um golo irregular, escandalosamente marcado com a mão, e obscenamente validado pelo "árbitro" João Ferreira, configurando matéria de polícia e de Justiça.

ÉDIPO REI

Depois de lida a edição em papel, conclui-se que o SOL não pretende ser o 24 Horas. Pretende é ser – melhor: já é – um Expresso 2. Mas é um Expresso 2 com laivos de 24 Horas na sua revista TABU onde o artigo de capa se intitula “Bebés trocados”, uma história com 34 anos (trinta e quatro) de troca de dois recém-nascidos numa maternidade.

Vendo bem não se poderia esperar coisa diferente. Afinal o SOL é feito pelo ex-director do Expresso, José António Saraiva, e por um grande e significativo grupo de ex-jornalistas do Expresso. Um grupo de ex-jornalistas que trabalharam quase toda uma vida no Expresso cujo carácter e feição moldaram ao longo de décadas (três para alguns, duas para outros) antes de o abandonarem.

O SOL é assim a modos que um projecto revanchista que releva de Freud o que ao complexo de Édipo diz respeito: o que aqueles filhos do Expresso (em última análise, de Francisco Pinto Balsemão) pretendem agora é consumar a morte do pai.

Se o SOL vingar terão dado o grito do Ipiranga libertando-se do complexo; mas se Balsemão (macaco velho de calo no rabo) reagir a preceito... ou muito nos enganamos ou o grupo dissidente irá parar ao divã do psiquiatra, isto é, afundar-se-á com o ocaso do SOL e viverá o resto dos seus dias ensombrado pela figura paterna.

Vai ser interessante seguir a trajectória que a partir de agora os dois semanários vão traçar no panorama jornalístico português.

E eu que deixara de comprar o Expresso que os “ex” faziam – porque o que este semanário trazia aos fim-de-semanas não era mais que histórias serôdias e notícias requentadas – vou ter que passar a comprar os dois Expressos (o Expresso pai e o Expresso filho) apenas para ir constatando as estratégias assassinas do progenitor e do seu rebento complexado.

sábado, 16 de setembro de 2006

ECLIPSE SOLAR

O novel semanário SOL começa mal.

A notícia de capa de hoje daquele jornal é a apreensão de uma casa de Isaltino Morais, no Algarve.

É com esta notícia foleira que aquele semanário, que tem a pretensão de destronar o Expresso, se estreia nas bancas querendo ganhar muitos leitores.

Tenham mas é juízo! Nestes temas de escandaleira o 24 Horas bate-vos a longa distância.

E se o público que querem cativar é o do universo do 24 Horas... estamos conversados: o novel semanário SOL corre mas é o risco de ser mais um jornal para servir de papel de embrulho e de limpeza de janelas.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

SHOW DE BOLA













Estes dois excelentes jogadores do Sporting , Didier Drogba e Rivaldo, acompanhados ontem à noite por mais nove magníficos, puseram o Inter de Milão em sentido e disseram à máfia futeboleira local: este ano só com um rigoroso controlo das arbitragens, baseado na mais descarada corrupção, será possível ao F. C. do Porto ombrear connosco na luta pelo título.

Sim, que o Benfica ainda tem que comer muita papinha e recrutar muito apito corrupto para entrar nesse despique.

Editado, hoje, 17/09/2006, às 10:55 AM.
Como se viu no jogo de ontem, parece que a máfia não se queda a dormir: o Sporting perdeu pelo menos um ponto devido a um golo irregular, escandalosamente marcado com a mão, e obscenamente validado pelo "árbitro" João Ferreira, configurando matéria de polícia e de Justiça.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

NA MOUCHE

Na Grande Loja o advogado José António Barreiros (JAB) arrasa, de uma ponta à outra, com esta posta, o «pacto sobre a Justiça» celebrado pelo PS e o PSD.

Não há cabeça nenhuma com um mínimo de equilíbrio que não concorde com aquilo que JAB diz.

Vá até à Grande Loja e teste a sua sanidade mental. Se não concordar com o que ler... olhe: marque uma consulta no psiquiatra. Já.

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

BODO AOS POBRES

Eis como ler o Público online sem pagar.

[Advertência fundamental: procure ler o jornal de há dois dias ou mais para trás ainda. Procure artigos e notícias relevantes porque as pequenas coisas não serão encontradas; mas também não interessam, não é?]

Comecemos então a lição.

1 - Vá à página do público online.
2 – Na coluna da direita, onde diz “EDIÇÃO IMPRESSA”, escolha mais abaixo um número dos “Últimos 7 dias”.
4 - Procure a notícia ou artigo que queira ler e do texto da sua introdução copie uma frase.
5 - Vá ao Google Search e pesquise por essa frase (hão-de lhe aparecer alguns sítios com esse conteúdo).
4 - No sítio que se refere ao jornal PUBLICO clique onde diz “Em cache”.

E pronto! Já está!

Exemplo:
Eu quis ler o que escreveu Eduardo Prado Coelho, no jornal “Público”, no dia 5 de Setembro, sobre o presidente do Gil Vicente, o Sr. Fiúza.

Fui ao Google e pesquisei por prado coelho fiúza (convém usar sempre minúsculas para facilitar a busca).

Entre vários sítios com referências a Prado Coelho e a Fiúza encontrei este do jornal “Público”:

PUBLICO.PT
Eduardo Prado Coelho o fio do horizonte ... O senhor António Fiúza, responsável pelo Gil Vicente, tomou o gosto pelas rádios e televisões e fala como se ...
jornal.publico.clix.pt/noticias.asp?a=2006&m=09&d=01&uid=&id=95748&sid=10531 - 35k -
Em cache - Páginas semelhantes

Fiz então como lhe disse: cliquei na palavra “Em cache” e cheguei ao artigo de EPC.

Tão simples como isso.

Eis três exemplos de conteúdos “pagos” que poderá ler gratuitamente através do Google:

A crónica de Vasco Pulido Valente, no Público

O ultimato da FIFA à Federação, no Expresso

Ligação Lisboa Porto de comboio em 1864, no Público

Passe bem.

P.S. Mas não se esqueça que isto não funciona bem com o jornal do dia; nem com o do dia anterior. Tem que ser de há dois dias ou mais.
P.P.S. Este método também funciona para o "Expresso" e todos os outros jornais "trancados".

NÃO POSSO CONCORDAR

No Esplanar, CL (Carlos Leone) verbera nesta posta as seguintes palavras escritas no jornal Público por EPC (Eduardo Prado Coelho):

«O senhor António Fiúza, responsável pelo Gil Vicente, tomou o gosto pelas rádios e televisões e fala como se estivesse à frente das cruzadas. É pena que fale tanto porque os erros de português são muitos e vão avultando. Mas o referido senhor sente uma espécie de missão histórica e o clube de Barcelos está disposto a ir "até ao fim do mundo"»


E por causa desta prosa CL diz que EPC fez um «insulto gratuito» a Fiúza.

Mas onde é que está o insulto? No dizer o que é verdade: que Fiúza comete erros de Português? No compará-lo aos cruzados de antanho?

Eu não vejo aqui insulto nenhum. Então já não se tem a liberdade de criticar com palavras mordazes, e frases comparativas que ridicularizam, uma figura que nos parece ridícula e que fala mal a língua de Camões?

Por isso acho que EPC não insultou ninguém.

Que CL lhe queira chegar a roupa ao pelo porque EPC insultou – e concordo que insultou mesmo, e gratuitamente – o seu amigo João Pedro George, acho muito bem que o faça. Os amigos são para as ocasiões e quem ofende o meu amigo também me ofende a mim. Só fica bem a CL esta atitude. Mas, por favor, não diabolize EPC a ponto de lhe recusar uma prosa mordaz e certeira como essa sobre o presidente do Gil Vicente.

É que não há insulto.

Aprecio imenso o que escreve CL no Esplanar; mas acho que desta vez excedeu-se na sua crítica a EPC. Traído talvez pela amizade que o une a JP George.

Acontece.

domingo, 3 de setembro de 2006

SÓ PODE MESMO

Eu sei que os médicos não têm amigos; e que se se pudesse extingui-los era o que a maioria das pessoas faria.

Ser médico causa azia até ao mais empedernido estômago.

Mas se vejo certos senhores levando a cabo, afincada e reiteradamente, com toda a sanha que imaginar se possa, uma campanha pessoal contra os médicos, digo:

Cá está mais um que foi pisado por um senhor doutor. Por certo também terá tido na vida a sua "experiência amarga" com algum médico de permeio.

Só pode ser isso.

Editado às 15:42 de 7/Set/2006 para introdução de linguagem menos agressiva; mas sem desvirtuar o sentido do texto.