segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TREINADOR DE BANCADA

Inteiramente de acordo com Johan Cruyff . As cavalgadas intermináveis dos jogadores do Real Madrid em cada jogo são isso mesmo – cavalgadas desgastantes – mais para cavalos que para homens; daí a superioridade do Barcelona e o fiasco relativo que está sendo o Real de Mourinho.

«Donde el Barça domina y marca los tiempos gracias a su posesión de balón, el Madrid se desgasta infinitamente más porque siempre, siempre, recupera el balón muy lejos del área rival. Y esto es sinónimo de correr muchos más kilómetros, y hacerlo a mucha más velocidad, tanto hacia adelante como hacia atrás. Para atacar y si no acabas la jugada, luego para defender", afirma el holandés.»

SEM COMENTÁRIOS


Era para ser sem comentários; mas não resisto:

13 ANOS PARA RECONSTITUIR 1 DIA!...

É OBRA!!!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Epístola Vigésima Segunda:

Estudando a
África, no âmbito das relações com a
Sociedade Internacional:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).


(I)
            As obras consagradas as Relações Internacionais distinguem (correntemente) dois modelos de Ordens:
            --- As Ordens internas, em que se exprimem poderes do Estado (que dispõem) do monopólio da violência legal sobre um território e
            --- Uma Ordem Internacional em que ostentam potências assimétricas (que dispõem) de relações de força dissemelhantes.
            A África escapa (amplamente) à esta representação dualista por vários motivos. De feito (sem dúvida nenhuma) a Ordem interna é (amplamente) assegurada por potências estrangeiras e (inversamente), a desordem interna retroage numa medida menor, sobre as Relações Internacionais.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

TAL COMO CÁ

A Espanha «liberta» (esta aprendi-a há pouco com o João Marcelino), por estes dias de crise, vapores legislativos preocupantes no que à inteligência e “bagagem” intelectual dos seus governantes diz respeito; mas sobretudo vai-se descobrindo a careca de uma economia que se julgava menos fraca do que agora parece claramente ser:


Quando leio estas coisas fico quase sempre com a sensação de que Vasco Gonçalves voltou ao poder. E de que um Frank Carlucci qualquer o anda a tramar nas chancelarias dos Estados Unidos e da Alemanha.

AI É!?...

Olha que grande novidade nos traz João Marcelino neste fim-de-semana:


Para além da novidade, temos poesia: «Se vão libertando».

Clap, clap, clap. Eu quero aplaudir...

BOM DIA E BOM FIM-DE-SEMANA!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Epístola Vigésima Primeira:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)


            Sim, efectivamente, explosões não controladas ou fogos do mato podem se propalar à partir de algumas faíscas, na ausência de acções pro-activas ou pré-activas consoante estratégias. Uma deficiência pode relevar do desafio e do trunfo, como mostra (aliás), o exemplo das pressões demográficas nos planaltos Bamiléké ou Quenianos. Identicamente, um trunfo pode se tornar uma deficiência. Estamos a pensar, na “maldição petrolífera”, na Nigéria, no Chade, na Guiné Equatorial, em Angola, na República Democrática do Congo (RDC), que constituem um exemplo (assaz) convincente.
            De facto (sem dúvida nenhuma), o desenvolvimento consiste (como o afirma, avisadamente), o influente economista alemão, A. HIRSCHMAN (n-1915), em 1958 em “navegar por zig-zag para atingir o cabo escolhido, utilizando ventos favoráveis e contrários”. Donde, efectivamente, a questão de fundo se prende com o gerir passos de tempo dissemelhantes: Deste modo, a Política indispensável de domínio da fecundidade só terá efeitos significativos para além de três (3) lustros (aproximadamente).

(II)
            Todavia, o que é facto é que os actores que pesam (fortemente), no devir da África são (em parte) do exterior da África (Instituições Internacionais, antigas potências coloniais, firmas transnacionais, redes das diásporas…) e que actuam (fundamentalmente), dentro dos próprios países, onde exercem o seu peso hegemónico. Donde, se afigura pertinente colocar as interrogações seguintes:
            --- Haverá conversão do capital mercantil em capital produtivo?
            --- Os micros produtores tornar-se-ão pequenos empreendedores, com o desenvolvimento de uma rede de PME-PMI?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A RECEITA


O remate final do mesmo é talvez mais um lamento do que uma receita para a diminuição da (demasiada) entropia em que vivem as sociedades actuais vítimas da globalização:

«Como faz falta voltar aos clássicos! Para acabar com a mentira e ir além da sofística.» ― escreve Anselmo Borges.

(Para ser receita era preciso que os protagonistas actuais tivessem algum dia visitado os clássicos; não tendo isso sucedido, como é evidente, estamos condenados a aturar e a sofrer o exercício do poder pelos oportunistas e charlatães, gente indiferenciada que assaltou a política e destrói a polis, até que a História gere uma saída).

Diz-se que os intelectuais não governam porque pensam demais e com isso perdem o timing das decisões. Mas isso só é verdade num mundo em que os timings são definidos precisamente por essa corja que se apossou do poder em vários países e regiões do globo.

E se a solução não pode ser encontrada por essa via pacífica, confie-se então que o aumento imparável da desordem económica e social seja a receita que impelirá as novas gerações a empreender a revolução ― mais uma ― cumprindo de novo as leis da dialéctica marxista.

BOM DIA!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ALFREDO BARROSO ESMIFROU JOSÉ LELLO



Mas estou convencido que José Lello não tem pedalada "caximonial" suficiente para perceber o que Alfredo Barroso escreveu neste texto de opinião.

Hoje com 67 anos, Lello tem um curriculum com muitos zeros à esquerda: retratando fielmente um verdadeiro apparatchik (também não deve saber o que isto quer dizer).

E assim se vai percebendo porque o PS chegou ao estado em que está!...

DE RIR ATÉ ÀS LÁGRIMAS



BOM FIM-DE-SEMANA!

Semana de Cabo Verde:

Convite Oportuno:

Prezados Amigos e Conterrâneos:

            No próximo dia 23 Fevereiro 2011 terá lugar, na Biblioteca, Dom Diniz, em Odivelas, a Cerimónia de Abertura da Semana de Cabo Verde. Vimos por este meio (em nome da Organização e, em nosso nome pessoal), vos convidar a todos para estarem (presentes) para que, deste modo, este relevante Evento Cultural dedicado ao nosso País Arquipélago, possa constituir um momento de alegria, de elevação e de dignidade.

            Saudações Culturais!
            Viva Cabo Verde!

                        Um robusto abraço a todos,
Lisboa, 17 Fevereiro 2011
Francisco FRAGOSO

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SEM PONTA DE VERGONHA

SEM SERIEDADE ALGUMA

O Governo confunde, de propósito, o número das pessoas à procura de emprego com o número total de desempregados em Portugal, muitos dos quais, descrentes do Estado e do Governo, nem aparecem à porta dos centros de emprego.

E manda um secretário de estado vir enganar o pagode com truques aciganados usando uns bugalhos do Instituto do Emprego para contrariar os alhos (estes sim, importantes) do Instituto Nacional de Estatística.

Epístola Vigésima:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).


(1)     No âmbito dos reptos internos (assaz numerosos), a crise, a ruptura e a mutação acentuaram a ambiguidade de uma África contrastada. Donde, se afigura (bastante) difícil discernir os eventos construtores do futuro “que avançam com passos de rolas”, parafraseando o filósofo alemão, Friedrich NIETZSCHE (1844-1900) e (outrossim), os factos significativos que farão que, nos múltiplos encaminhamentos, um se tornará história. Demais, a retro prospectiva mostra que o Asio pessimismo dominava (há alguns decénios), em nome das particularidades sociais e culturais. O desenvolvimento se coloca (todavia), em termos de gerações.
(2)     As Sociedades africanas têm (efectivamente) a gerir uma duplicação da sua população e uma triplicação da sua população urbana daqui 2040. Elas devem reconstituir ecossistemas, realizar os investimentos colectivos e produtivos necessários para o crescimento e se reposicionar (positivamente), no âmbito da divisão internacional do Trabalho.
(3)     De sublinhar (antes de mais), que estes dissemelhantes desafios implicam progressos de produtividade e uma acumulação (a longo prazo). Donde, se afigura necessário multiplicar (por mais de dois os rendimentos) e por mais de três a produtividade do Trabalho daqui 25 anos. É (outrossim), necessário responder ao desafio da pressão demográfica, do crescimento urbano, da concorrência das agriculturas protegidas, da liberalização e da importância dos riscos ambientais.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A OBJECTIVIDADE A TROCO DE PROTAGONISMO

A notícia é sobre o «ataque sexual brutal» que a jornalista australiana ao serviço da cadeia americana CBS terá sofrido na praça Tahir, no Cairo, aquando da resignação de Mubarak.

Mas o que me chamou a atenção é o final da notícia em que quem a escreveu dá-se ares terminando dramaticamente assim: «Pelo menos 140 jornalistas foram feridos ou mortos enquanto cobriam os acontecimentos no Egipto, desde 30 de Janeiro, segundo o Comité de Protecção de Jornalistas.»

Ai é?! “140 feridos ou mortos”?...

Isso quererá dizer 1 morto e 139 feridos, ou antes 1 ferido e 139 mortos? Fica-se por saber que é o que terá pretendido o bravo que escreveu a coisa.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A FÓRMULA CERTA

O Diário de Notícias descobriu a fórmula certa para fornecer aos seus leitores um produto jornalístico escorreito, simples, eficaz e mesmo nada time-consuming.

Como agora, para além da edição online, têm também uma edição epaper (para leitores digitais portáteis), a somar à preexistente e tradicional edição em papel, resolveram reformular a edição online apresentando nela apenas os tópicos principais e resumos das notícias, mantendo (ainda?) os artigos de opinião completos (embora “tranchados” e “fatiados” em pequenas páginas).

Lê-se assim, aqui pela Net, o jornal em dois tempos ficando-se dispensado do habitual “parlapié” em português de pé quebrado da maioria dos seus “redactores” e “jornalistas” de cordel.

Os meus parabéns ao Diário de Notícias.

Nota. O Jornal de Notícias, que pertence ao mesmo grupo socrático que detém o DN, também já segue o critério minimalista online por já ter também edição epaper. ― Enquanto publicarem os textos completos das crónicas de Manuel António Pina, tudo estará bem pois o Jornal de Notícias é isso e pouco mais. Quer dizer, o resto é dispensável.

Epístola Décima Nona:

Uma Leitura das perspectivas e prospectivas geopolíticas da África:


Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).


                        NP:

            A África tornou-se um actor geopolítico emergente, no âmbito das relações internacionais. Concretamente, à escala do Continente Africano se nos depara como matéria de análise e estudo, uma diversidade de actores (que, neste ponto se relacionam), os seus campos económicos, sociopolíticos e culturas.
            Tudo isto nos conduz (ipso facto) aos actuais relevantes desafios, designadamente:
            Paz e Segurança;
            Reptos/desafios alimentares;
            Desenvolvimento sustentável.

(I)
            A expressão Geopolítica (está na moda), após ter sido desvalorizado, corolário dos seus vínculos com o Imperialismo germânico. A Geopolítica (stricto sensu) é o estudo da influência dos factores geográficos sobre a Política. Pode, no entanto, de modo (mais lato) ser definida, como o estudo das forças (que operam), no campo político. Faz parte das relações internacionais. E, de um modo, mais explícito. Ou seja.
            Relações entre nações, entidades colectivas distintas, que se reconhecem (reciprocamente), o direito à existência.
            Relações, que dizem respeito a, uma pluralidade de actores não estatais, designadamente:
            Colectividades territoriais, firmas multinacionais, Organismos de solidariedade internacional (OSI), Igrejas, Migrantes, Diásporas (em interacção), num Espaço transnacional.

            E, finalmente, no atinente às relações assimétricas entre a África e as grandes potências, o hard power (que se exprime, historicamente), pela coerção e pela força (designadamente), militar tende à se combinar com um soft power, que persuade pela negociação, a propaganda, as ideias, as instituições e a sedução pelos valores e pela cultura.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

AUM€NTA O M€U M€DO D€ST€ €STADO ACTUAL


«Finalmente, as finanças penhoraram uma casa e venderam-na sem que o respectivo proprietário fosse citado. Como é que é possível num país civilizado penhorar e vender a habitação de uma pessoa, aliás, por uma dívida insignificante, sem que essa pessoa seja citada para contestar? Sem que ninguém se certifique de que o visado tomou conhecimento desse processo? Como é possível comprar uma casa sem a avaliar, sem sequer a ver por dentro? Quem avaliou a casa? Quem fixou o seu preço?

Claro que agora aparecem todos a dizer que cumpriram a lei e, portanto, ninguém poderá ser responsabilizado porque a culpa, na nossa justiça, é sempre das leis. É esta generalizada irresponsabilidade (ninguém responde por nada) que está a tornar este país cada vez mais insuportável.»

ESQUERDA CAVIAR OU ESQUERDA CARNAVAL?

José Manuel Pureza considera que se a direita aprovar a moção de censura do Bloco de Esquerda, vai cair no ridículo.

Triste figura de um intelectual que ainda merecia algum respeito. Se continua por este caminho... é mais um que se vai. Seguindo o caminho de Francisco Louçã rumo ao baú do descrédito e da insignificância política.

BOM DIA!

Nota: É por isso que por maiores que sejam as minhas zangas com o PC às vezes voto nele. É que, como o algodão, o PC não engana: sabemos sempre o que quer e o que esperar dele.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Epístola Décima Oitava:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Epístola Especial
Et pour cause,
Uma abordagem oportuna sobre a
CONDIÇÃO NEGRA:

            NP:

                        Graças a proezas de desportistas (de alto nível), motins e tumultos nos subúrbios, luta contra o racismo e as discriminações, movimento associativo, desde uma dezena de anos (aproximadamente), os Negros (que vivem) em França aparecem tão (visivelmente) na cena pública nacional (francesa), a ponto, que se pode falar (presentemente) de uma “questão negra” francesa.
                        De facto (de sublinhar), que a “condição negra” designa uma situação social que não é (a) de uma classe, de uma casta ou de uma comunidade. Sim, efectivamente, (a) de uma minoria, ou seja, de um grupo de pessoas (que possuem, como atributo comum) a experiência social de ser consideradas como Negras.
(I)
            Eis que, desde (algum tempo), observadores parecem descobrir a existência de populações negras em França…Esta observação pode parecer incongruente, tanto é verdadeiro como (ter a pele negra), na França hexagonal, não constitui, a priori, a melhor forma de passar despercebida.
            Todavia, o que é relevante é explicar este singular paradoxo: Os Negros de França são individualmente visíveis, porém, são invisíveis enquanto grupo social e como objecto de estudo para os universitários. Donde e daí:
            --- Em primeiro lugar, enquanto grupo social, são considerados (não existentes), visto que a República francesa não reconhece, oficialmente as minorias e não as conta (tão pouco). Poder-se-á regozijar da invisibilidade das populações negras, ou (em todo caso) considerar que isto não coloca problemas (em si), se algumas dificuldades sociais específicas que as afectam fossem avaliadas, conhecidas, reconhecidas. Ora, não é o caso.
            --- Outrossim (e, por outro), a invisibilidade (em vez de ser) a consequência pacífica de uma ausência de problemas particulares, pode ser considerada como um erro.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PRIMEIRO A SAÚDE, AGORA A JUSTIÇA


E enquanto isso, o vendedor de ilusões (Sócrates, pois está claro) está nas suas sete quintas a prometer fazer tudo ao contrário do que fez nestes últimos seis anos. A despeito de ter prometido antes que tudo seria ao contrário do que veio a fazer.

Percebeu? Não percebeu?

Está a mentir outra vez! É o que eu concluo.

GEOGRAFIA PARA TOTÓS


Posições relativas das Canárias e de Cabo Verde
em relação ao continente africano
85 Km vs 640 Km

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CABO VERDE (Eleições legislativas)

Uma democracia adulta
a 640Km da costa ocidental do continente africano.

AINDA NÃO FOI DESTA

Confesso-vos que é a pura expressão da verdade! Quando li há pouco que Pedro Pires tinha dito «Se as pessoas gostassem de fato e gravata, usavam-nos ao fim-de-semana», pensei ― finalmente depois de mais de sete anos de presidência oiço-o dizer algo com interesse.

Fui então ler a notícia... e que desgosto ― afinal o Pedro Pires em questão é gestor e não é o Presidente de Cabo Verde.

IMBRÓGLIO E MAGIA NO DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Este é um imbróglio que merece esclarecimento. O Diário de notícias publicou há uma semana um texto de opinião cuja autoria atribuiu ao seu colaborador habitual Dr. João César das Neves.


No entanto, quem se der ao trabalho de procurar pelo texto no site do DN, não o encontra. Foi retirado da Net sem mais esplicações. O DN acha que os leitores não lhe merecem explicações e pensa que basta recolher e esconder a pedra arremessada para que a mão que a atirou deixe magicamente de existir.


Vai ficar tudo em águas de bacalhau ou o Diário de Notícias assume a postura ética que se lhe exige nestas circunstâncias e informa os seus leitores quem é o verdadeiro autor do texto “apócrifo”?

Nota: Pior de tudo são os comentários desbragados e insultuosos que leitores indignados dirigiram a JCN ca caixa de comentários ao texto "apócrifo".

CAUSAS DA CRISE

São 10:45 da manhã e o site do Diário de Notícias está praticamente inacessível, o que quererá dizer duas coisas pelo menos:

― Os conteúdos alojados no sapo.pt viajam por um canudo muito estreito e pouco oleado pelo que não é de estranhar que a maior parte das vezes se libertem lentamente e a puxos mijecos próprios do país em crise que é Portugal;

― Muita gente que devia estar a trabalhar a esta hora, está sim, mas é na Net a desfrutar as últimas do Renato, do Benfica ou de outros actores do jet seis nacional (aqui inclui-se o primeiro-ministro).

Para os que ainda não saibam: Eu estou agora na Net porque desde há quase um ano que me pago justamente para não fazer nada, ou melhor para fazer o que bem me dá na real gana. Os responsáveis por esta minha situação são conhecidos de todos. São eles:

• Luís Filipe Pereira (ex-ministro da Saúde do PSD);
• António Correia de Campos (ex-ministro da Saúde do PS);
• José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa (o boneco sempre-em-pé para quem, em política, verdade e mentira são uma e a mesma coisa);
• Partido Socialista e a oposição de direita (que coligados andam a foder isto tudo).

BOM DIA!

QUASE TENHO VERGONHA

Da parvalheira que vai na cabeça do “meu povo” lá no Fogo. É que: votando tão desequilibradamente ― no contexto nacional cabo-verdiano em que a bipolarização é mais que evidente nas outras oito ilhas habitadas ― a favor de um partido político, neste caso o PAICV, a ilha do Fogo continuará o seu calvário de mais de trinta anos sem ser beneficiada em nada durante toda uma legislatura, qualquer que seja o partido a ganhar o poder e a formar Governo.

― E porquê?

A resposta é mais que óbvia. Para toda a gente menos para a gente do Fogo:

O PAICV acha que é gente conquistada e encabrestada, de voto certo no PAICV, não sendo por isso preciso andar a “apaparicá-la” para que volte a eleger o PAICV em próximas eleições;

O MPD, por sua vez, achará que é gente conquistada e encabrestada, de voto certo no PAICV, não sendo por isso preciso andar a “apaparicá-la” pois não deixará de eleger o PAICV em próximas eleições.

E com isso o meu povo, qual burro e carneiro ao mesmo tempo, agindo como o portador de um cérebro caliginoso e paralisado, continuará na cepa torta vendo o Orçamento de Estado distribuído largamente pelas restantes ilhas onde é preciso conquistar eleitorado para o futuro, enquanto o Fogo, o bastião amarelo do PAICV, merecerá ser tratado por quem vá para o poder como Salazar tratava os Pides noutros tempos ― chamava-lhes de sabujos apesar de, ou por causa disso mesmo: dos serviços prestimosos que a PIDE executava para o ditador de Santa Comba.

Ficam aqui os resultados das eleições legislativas, havidas hoje, na Ilha do Fogo:
PAICV (62,3%); MPD (35,5%).

OH POVO CASMURRO!... Mais cinco anos de desprezo e desdém...!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Epístola Décima Sétima:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895.


(I)
            Por razões e motivos óbvios, vamos evocar, nesta nossa Epístola, um dos filósofos, que criticou, de forma desabrida e aberta, o sistema esclavagista e o colonialismo. Estamos a falar do pensador francês, Emmanuel MOUNIER (1905-1950), o autor deste belo Opúsculo, que é, efectivamente: “L’Éveil de l’Afrique noire”. De anotar (antes de mais), que em 1936, no seu célebre Manifesto ao Serviço do Personalismo, propõe os fundamentos de uma Doutrina (nitidamente) Social (O Personalismo), a qual, vinha, na linha das ideias e ensinamentos do escritor francês, Charles PÉGUY (1873-1914) e do filósofo e arqueólogo francês, Jean-Gaspard Félix RAVAISON (1813-1900), em que sublinha a relevância da inserção “colectiva da pessoa”. Para E. MOUNIER a dignidade da pessoa humana constitui o fundamento de toda a ordem social. A influência do seu Pensamento se encontra (ainda), hoje (presentemente), na orientação e acção de numerosas organizações operárias.

(II)
            De feito, MOUNIER (que dignificou) o Personalismo como Filosofia centrada sobre a Pessoa, enquanto relação, abertura e solidariedade (outrossim) como movimento de acção efectiva a favor da Pessoa. MOUNIER representa (efectivamente) uma das consciências mais críticas do seu tempo. Donde, que o seu avisado magistério filosófico merece a maior atenção (actualmente), no que diz respeito às conexões Europa África. No seu périplo pela África ocidental francesa, em 1947, estigmatiza o desprezo e a negação do mundo negro, indicando vias possíveis para um reencontro real e frutuoso das culturas e das pessoas da África e da Europa.
            Enfim e, em suma: MOUNIER pode ser considerado, como um dissidente (assumido e consciente) da boa consciência colonial e colonialista europeia, que tomou a palavra, não ao abrigo de salões feltrudas. Sim, efectivamente, no cerne da realidade africana que fora reencontrar.

CABO VERDE VAI HOJE A VOTOS

Como os Estados Unidos foram há dois anos; Portugal há poucas semanas; a Alemanha daqui a uns meses; etc.

Isto é: com total normalidade própria de uma democracia adulta onde a oposição funciona com todas as garantias legais e em perfeita liberdade.

Apetece dizer como se diz no futebol:

QUE GANHE O MELHOR!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

EXPOSIÇÃO DE PINTURA


Pintor e arquitecto, além de boémio e homem de esquerda, o meu querido amigo Luiz Taquelim teve a amabilidade de me enviar o catálogo de uma exposição de obras suas, a decorrer no Centro Cultural de Lagos, no Algarve, de 29 de Janeiro a 26 de Março próximo. Gostei particularmente deste óleo sobre tela “Desespero”, pintado em 2000.
Mensagem ao autor e amigo: Caríssimo, vou ter imenso prazer em visitar proximamente a exposição contando com a tua sempre bem-disposta companhia para uma noitada bem regada aí nos Algarves.

GALHARDETE FLORIDO


Leitura aconselhavel a Vasco Lobo Xavier e a Francisco José Viegas. Que terão a oportunidade de rever aqui as duas bolas mais em pormenor.

Comentário: Masson é dos raríssimos benfiquistas com qualidades para ser Sportinguista.

INSTALA-SE O CAOS


Agora que o arrumador de prateleiras se foi embora é que vai ser o bom e o bonito para o Sporting se manter visível na tabela classificativa do campeonato.

MISÉRIA DE JORNALISMO

            

À excepção do embaixador José Cutileiro, não sei se os leria caso tivessem blogues pessoais. Se calhar até têm...

BOM DIA!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

WIRELESS MEDICINE

COMUNICADO DO DJIBLA

Daniel Mascarenhas ("Djibla" para os amigos) enviou-me um email com o seguinte “comunicado” que faço questão de publicar pois este blogue tem leitores em S. Vicente e... quem sabe se entre eles esse tal de “macacão”.

C  O  M  U  N  I  C  A  D  O
Por desconhecer o  paradeiro do sujeito, venho publicitar  o seguinte:
Há um macacão que, todas as vezes que o PAICV ganha eleições, fica tão contente que vem altas horas da noite  parar o seu jeepão debaixo da minha janela  onde  fica a businar por longos períodos incomodando assim a mim (que me deito cedo porque eu TRABALHO) e ainda aos vizinhos  e até guardas nocturnos  nos seus cochilos.
Quero avisar a esse macaco que já não pernoito nesta casa e, se o PAICV ganhar as eleições no próximo domingo, ele se escuse de aparecer por cá, correndo  o risco de apanhar “baziu” ou a dentada de um cão da sua estatura e especialista em atacar barbudos.
S.Vicente, aos 4 de Fevereiro de 2011
Djibla

A ZON EM APUROS POR CAUSA DA “IRIS Box”

Para além de se apresentar mais lenta que a antiga Box da mesma ZON, e muito mais lenta que a do MEO, quer no zapping, mas sobretudo no arranque (demora um minuto e meio a acordar) ― uma eternidade nos dias de hoje ― esta nova, e tão badalada publicitariamente, Box IRIS, ainda não permite aos clentes fazer a Gestão de Conta. Não permite-lhes fazer afinal aquilo que seria a maior novidade desta Box.

Um azar de todo o tamanho!...

Tendo reclamado disso há três dias junto da ZON, acabei de receber desta empresa o seguinte SMS:

«ZON: Informamos que a situacao que nos reportou ainda se encontra em analise e esta a ser acompanhada. Entraremos novamente em contacto até dia 14-02-2011 para dar ponto de situacao. Obrigado pela sua preferencia.» É esperar mais 10 dias pela solução, digo eu.

Contudo valha a verdade: Comparei exaustivamente ― podem crer! ― os serviços e pacotes da ZON aos do MEO e da Vodafone (Vodafone Casa), e concluí sem margens para quaisquer dúvidas que:

A ZON é, de longe, a melhor escolha; sobretudo do ponto de vista da diversidade e qualidade da oferta TV. Os preços praticados andam todos pela mesma bitola, o que faz da ZON também a melhor oferta preço/qualidade.

O seu a seu dono! E atenção: Pode fazer a gestão da sua conta por telefone ligando para os serviços de apoio ao cliente da ZON (como dantes) enquanto aguarda pela solução do problema.

[Cliente C167210901]

“MANOBRA DE DIVERSÃO”

Foi como Manuela Ferreira Leite classificou ontem na Quadratura do Círculo este pio isolado e “estranhável” de Jorge Lacão, o qual dando uma entrevista como ministro lá pelo meio fala como cidadão, em nome pessoal ― no mínimo anedótico e risível! Próprio para papalvos, pois, enquanto se discute isso, não se discute o que é essencial e vai-se esquecendo o mau governo e a má governação.

E o PSD contribui para a palhaçada disponibilizando-se para falar com Lacão pensando que com isso estará a alimentar uma dissensão mais que ensaiada pelo gabinete de diversão e propaganda do governo.

Coitado do Miguel Macedo!...Não há no PSD quem o chame à razão? (Sócrates deve estar a gozar o prato com delícia).

BOM DIA!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO SEXUAL NA BÉLGICA

«O ANO DO TUBARÃO»

«Entre outras, Coelho quer, pois, fechar empresas com "prejuízos crónicos" como a CP, a STCP, a Carris, os Metros de Lisboa e Porto, os Centros Hospitalares de Coimbra e Lisboa Norte, o Hospital de S. João, o Instituto de Oncologia... Os "lobbies" privados que estão por trás de medidas destas afiam já os dentes. O Ano do Coelho será, entre nós, o Ano do Tubarão.»

[Manuel António Pina – in DN de hoje]


BOM DIA!

Epístola Décima Sexta:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).


(1)      Com efeito, além da precariedade multiforme que vivem e combatem, como podem, amiúde (com os meios de bordo), os Africanos devem enfrentar um outro adversário de peso, quão perigoso como o próprio subdesenvolvimento. Tudo isso (aliás), subentende as representações veiculadas desde séculos (senão milénios), no mundo europeu, particularmente na literatura, acerca da identidade negra e as suas (in)capacidades, que a afectam.
(2)      De consignar, que esta tela de representações, que se denomina (por comodidade) de “ideologia negrófoba”, manifesta numa panóplia de escritos pluridisciplinares. A Filosofia (tida como uma disciplina nobre) e fora de toda a suspeição (porque se pretende ser exercício crítico e de autocrítica da razão), aparece, no âmbito, desta ideologia sob uma imagem desfocada, visto que os filósofos mergulharam as suas penas numa tinta negra da ignorância (para não dizer do desprezo pelos Africanos).
(3)      De anotar, neste sentido, que algumas figuras “relevantes”, se tornaram, tristemente célebres, por assumir posições desmesuradas, desprovidas de razão, que suscitam nos leitores africanos, ora a surpresa irritada, ora a condenação em bloco da filosofia (dita ocidental), então (suspeita) de convivência com a ideologia negrófoba que, por assim dizer, teoricamente contribuiu para preparar e/ou justificar a submissão histórica dos Negros (Escravatura, Colonização).

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NO 128º ANIVERSÁRIO DO NASCIMENTO DE JOYCE

«Toca-me. Olhos doces. Mão doce doce doce. Estou sozinha aqui. Oh, toca-me logo, agora. Qual é essa palavra sabida de todos os homens? Estou mesmo aqui sozinha. Triste também. Toca, toca-me.»
[James Joyce - in Ulysses]

Nota. Hoje é dia de aniversário. Existe entretanto um dia em que se comemora a vida de Joyce, o dia 16 de Junho, o Bloomsday.* É dia feriado na Irlanda, um feriado nacional dedicado a um livro: Ulysses. Só a Bíblia encontra no mundo uma celebração idêntica à do romance de Joyce.

(*) James Joyce nasceu a 2 de Fevereiro de 1882. «Escolheu o dia 16 de Junho para ser imortalizado em sua obra porque foi nesse dia que fez sexo pela primeira vez com sua futura companheira Nora Barnacle, à época uma jovem virgem de vinte anos, apesar de a imprensa irlandesa publicar que nesse dia eles "caminharam juntos" pela primeira vez. Na verdade, Nora teve medo de completar o coito e masturbou-o "com os olhos de uma santa", como Joyce relatou numa carta em que relembrou o acontecido.»
BOM DIA!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

SLOGAN PUBLICITÁRIO

NÃO É A TUA VISÃO
É LENTIDÃO

RAPOSINHO DO QUILÉ


É o que se pode chamar de funcionamento mental à portuguesa ― tu tens mais do que eu, então precisas ter menos para ficares como eu ― em que nunca se pensa em “ter mais qualquer coisa para se ser como o outro”.

SERVIÇO (AO) PÚBLICO

Enquanto o DN não o disponibiliza online, você pode ler aqui o artigo que Mário Soares publicou hoje naquele jornal.

Nota: já li o artigo. Devo dizer que concluí o seguinte após a leitura: Para acontecer o que Mário Soares preconiza vai ser preciso que novos homens (novas personagens políticas) apareçam em cena.

Talvez construindo-os na fábrica de cerâmicas das Caldas, não?!...

IRIS BOX DA ZON

Não quero ser desmancha-prazeres nem venho falar mal da ZON; venho apenas divulgar uma constatação e falar do que não gosto e do que gosto na nova box da ZON, chamada IRIS Box.

Não gosto.
De apenas duas coisas. Do arranque que é exasperantemente lento quando se desliga e volta a ligar a box; e da velocidade do zapping. Esta nova box da ZON é significativamente mais lenta que a antiga no que à passagem dos canais diz respeito. Não entendi e não entendo como é que a ZON embarcou e aceitou comprar e comercializar uma box com estas duas facetas tão lentas. É só isso!

Gosto.
Dos widgets e das várias funcionalidades (umas melhoradas; outras adicionadas) que o utilizador encontra neste novo serviço. Merece realce a que, no meu entender, é a maior vantagem deste novo software da ZON: permitir que o cliente possa, a qualquer momento, subscrever um novo pacote de canais e possa trocar ou cancelar, de 30 3m 30 dias (isto parece-me lógico), pacotes de canais ao serviço básico que comprou ― tudo isto sem sair de casa.

Como acho que a concorrência vai “gozar” com este novo zapping lentinho, lentinho da IRIS Box; e acho que este é, sem dúvida alguma, um aspecto relevante que pode ser explorado pela publicidade dos concorrentes; quero crer que a ZON já esteja a fazer alguma coisa para resolver o problema. É que se não for já ― já era! ― vai perder clientes. De certeza. A mim não perde para já, pois, considero os serviços da ZON os melhores do mercado. Mas, como se sabe, a concorrência é terrível. Vamos ver...

Epístola Décima Quinta:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

(1)     Todavia, se o estado de precariedade no qual vivem a maioria dos países Africanos, se tornou uma fonte de preocupação para o outro (cuja fibra humanitária parece desenvolvida à altura das suas ambições hegemónicas) é, outrossim (e, sobretudo) para as filhas e os filhos de África (primeiras vítimas do que se denomina subdesenvolvimento) e que, no quotidiano, suportam uma precariedade social, económica e política, que coloca, em perigo, a vida das populações do Sul.
(2)     De sublinhar (antes de mais), que o subdesenvolvimento já foi explicado de mil e uma maneiras, designadamente:
a.     Uns situam a sua origem fora do Continente (denominar-se-á “exógena” este tipo de explicação), assentando-se, em programas imperialistas externas cujo fim é a pilhagem do Continente e o modo de acção: a violência, brutal ou dissimulada, por políticas neo-coloniais de cooperação fingida.
b.    Outros situam esta origem no Continente, nos actos ou/em políticos (corrompidos, incompetentes, megalómanos), ou ainda, por comunidades incapazes (elas próprias), de agir, de modo organizado, eficaz e eficiente sobre o mundo que as envolve para satisfazer as suas necessidades (as mais elementares).
c.     Entretanto, na realidade, o problema fundamental do Continente se define (por conseguinte), por um estado de impotência crónica para produzir (por e para si próprio), riquezas; para gerir as suas riquezas naturais ou as recebidas por perfusão e criar um conforto visível para todos (sem excepção).