domingo, 30 de janeiro de 2011

SEM SE RIR E COM TODA A LATA





AULAS SÓ AOS DOMINGOS
E TODOS OS EXAMES POR FAX.


SPOOOOOOOOOOOOORTING!

Nem mais. Isto mesmo: aqui se apresenta A Solução para o meu querido Sporting Clube de Portugal, clube em definhamento rápido a caminho do que muitos apelidaram já de "belenensização" (a transformação num novo Belenenses).

Trata-se do empresário José Braz da Silva que pelo preço de apenas um Cristiano Ronaldo (100 milhões de Euros) se compromete a salvar o Sporting.

As suas credenciais são afloradas hoje no DN e da notícia consta o seguinte (selecção da minha autoria):

"José Braz da Silva, o homem que com um projecto para vir a liderar o Sporting, tem muitos e bons contactos em Portugal e, sobretudo, em Angola.

Diz quem o conhece, em Luanda, que nos anos 90 foi implicado num caso de falsificação de dólares, mas que entretanto saldou os seus atritos com a justiça."

Está encontrado o homem certo para pôr o Sporting a ombrear com nomes como o F.C.Porto e o Benfica: um presidente capaz de ombrear com Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira.

Onde é que está a dúvida?!... Ó major, você não concorda comigo?...
BOM DIA!

Nota: Do que eu gostei mais na notícia foi aquela dos "atritos" com a justiça.

sábado, 29 de janeiro de 2011

DA "ANATOMIA" DE FELÍCIA CABRITA


Esta jornalista (sem aspas) tem-nos algures no cérebro bem perto das palavras e da acção. Para além de coragem, exibe um profissionalismo raro nos dias de hoje ― tanto pela coerência na conservação e partilha da memória dos acontecimentos sobre que trabalha, como ainda pela qualidade que põe na investigação, abordagem e divulgação dos temas e assuntos que escolhe profissionalmente.

Os meus parabéns!
Editado às 11:31PM.

NO COMENTS

La esencia de la libertad es poder escoger a qué quieres dedicarle tu atención. La tecnología está determinando esas elecciones y por lo tanto está erosionando la capacidad de controlar nuestros pensamientos y de pensar de forma autónoma. Google es una base de datos inmensa en la que voluntariamente introducimos información sobre nosotros y a cambio recibimos información cada vez más personalizada y adaptada a nuestros gustos y necesidades. Eso tiene ventajas para el consumidor. Pero todos los pasos que damos online se convierten en información para empresas y Gobiernos. 


Cuando observas cómo el mundo del software ha afectado a la creación de empleo y a la distribución de la riqueza, sin duda las clases medias están sufriendo y la concentración de la riqueza en pocas manos se está acentuando. Es un tema que toqué en mi libro El gran interruptor. El crecimiento que experimentó la clase media tras la II Guerra Mundial se está revirtiendo claramente.


En mi opinión, nos estamos dirigiendo hacia un ideal muy utilitario, donde lo importante es lo eficiente que uno es procesando información y donde deja de apreciarse el pensamiento contemplativo, abierto, que no necesariamente tiene un fin práctico y que, sin embargo, estimula la creatividad. La ciencia habla claro en ese sentido: la habilidad de concentrarse en una sola cosa es clave en la memoria a largo plazo, en el pensamiento crítico y conceptual, y en muchas formas de creatividad. Incluso las emociones y la empatía precisan de tiempo para ser procesadas. Si no invertimos ese tiempo, nos deshumanizamos cada vez más. Yo simplemente me limito a alertar sobre la dirección que estamos tomando y sobre lo que estamos sacrificando al sumergirnos en el mundo digital. Un primer paso para escapar es ser conscientes de ello. Como individuos, quizás aún estemos a tiempo, pero como sociedad creo que no hay marcha atrás.

[Nicholas Carrem Entrevista ao El Pays]

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

GLASNOST É PRECISA

"I DON'T TRUST A
BASTARD WHO
DOESN'T DRINK.
THEY'RE AFRAID OF
REVEALING THEIR
TRUE SELVES."

-HUMPHREY BOGART-


Tira "drink" e coloca o que devia lá estar... Pois! É isso!

PARA MEDITAR

Jornal “i” de hoje:

Portugal Diário (online) de 06_01_2009:

Comentários para quê?!...

FAÇO QUESTÃO

Sr. Carlos Cruz e Sr. Dr. Sá Fernandes.

Aconselho-vos a leitura desta opinião de Nuno Rogeiro no DN de hoje, e faço questão de citar a parte que eu considero vos interessará conhecer.

«Os acusados foram longamente ouvidos por magistrados de instrução, juristas de formação, antes do julgamento. Não em segredo, numa cela húmida e escura, sob a ameaça de tortura de verdugos boçais, mas com garantias (há quem chegue a dizê-las excessivas), e na presença de múltiplos advogados. Houve acareações, todo o tipo de requerimentos, e possibilidades inúmeras de contraditório, impugnação, contestação, contra-interrogatório, desmontagem de falsidades, argumentos falaciosos ou armadilhas.

Qualquer causídico que ouvisse um depoente - testemunha, arrependido ou réu - vir dizer, depois deste enredo processual paquidérmico, tão custoso para o erário público (e para a paciência de todos), que afinal inventou, mentiu ou foi forçado a mentir, devia sentir-se ofendido e insultado, ou agir com frieza e distância. Não se compreende o entusiasmo e o elogio, incompreensível mesmo numa sociedade que fosse tribal e primária.

E há lugares, num Estado de direito, para julgar a mentira da verdade, ou a verdade da mentira, que tenham relevância criminal. São os tribunais.

Não as televisões, não os sofás das discotecas, nem no velho largo do pelourinho, dos velhos julgamentos populares.»

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DESVENDANDO O SEGREDO


Uma notícia de ontem diz-nos que, usando uma câmara nova e poderosa, o Telescópio Espacial da NASA, Hubble, permitiu aos astrónomos descobrir o que parece ser o objecto mais distante já observado, uma proto galáxia localizada a alguns 13,2 biliões de anos-luz de distância, formada a apenas 480 milhões de anos após o Big Bang que deu origem ao universo.

Epístola Décima Quarta:

Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).

Uma oportuna Visão acerca do subdesenvolvimento do
Continente Africano:

                                    NP:
                                    --- Para se desenvolver, ou seja, se expandir, de modo polimorfo e polifónico, transformar as suas próprias disposições naturais e potencialidades em realidades efectivas, adentro de planos: espiritual, intelectual, moral, físico, um Homem ou um Povo tem necessidade, para além das condições materiais, técnicas e políticas, simultaneamente, de uma determinada confiança (em si próprio e consideração de outrem), que lhe acorda um mínimo de crédito de humanidade. De facto (sem sombra de dúvida), sem estas dimensões (subjectivas e sociais) a Humanidade não pode (na verdade) se desenvolver.
                                    --- De feito, muito mais, que os problemas económicos, os problemas (que se prendem) com a identidade tecem a trama da questão recorrente do desenvolvimento das pessoas e das comunidades. Eis porque, a desorganização completa da identificação que marca os ex-colonizados e castiga de impotência a sua existência, determina (completamente) a questão do seu desenvolvimento.
                                    --- Com efeito, o subdesenvolvimento do Continente Africano constitui um problema (assaz) complexo, cujas causas são, concomitantemente, externas e internas ao Continente e são de ordem, simultaneamente sócio-política, económica, técnica. Até agora (aliás) as grandes tendências, no âmbito da inteligência desta situação preocupante menosprezaram ou minimizaram o moral das vítimas do subdesenvolvimento e a própria visão que (elas) possuem de si mesmas. Confiança em si e, consideração ou respeito que o outro vos demonstra, são capitais, no âmbito do processo pelo qual cada ser, cada povo, passa de uma condição de menoridade para o seu estado de (pleno) desabrochamento.

CONTINUA A PORNOGRAFIA

Carlos Cruz, citado aqui pelo jornal “i”, dirige-se, no meu entender, àquilo que ele acha ser o povo estúpido de Portugal. E qual chico-esperto e faz-tudo, arma-se em polícia, médico e psiquiatra.

Escreve o jornal “i”:

É óbvio que Carlos Cruz está a “espernear” e não quer entrar na prisão. É natural. Qualquer um de nós “espernearia”, cada um à sua maneira, para não ter aquele destino; não é isso que está em causa.

O que está em causa é que Carlos Cruz “esperneia” tentando desacreditar a Justiça contando com a estupidez da opinião pública portuguesa (coisa que ele parece considerar como um dado adquirido).

Mas pior ainda que isso tudo é o espaço mediático que lhe é concedido por tudo quanto é imprensa e televisão. Até a televisão paga por todos os contribuintes se mostra ao serviço de Carlos Cruz...

... Televisão paga inclusive pelos familiares das vítimas e por algumas das próprias vítimas.

E é isso que eu não aceito! E é por isso que não tenho deixado passar em claro as acções de Cruz e do seu advogado, quando essas acções pretendem, no meu entender, manipular a opinião pública tomando-a por tola.

De resto, tudo bem!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

SER SPORTINGUISTA

Este post de Filipe Moura no Delito de Opinião já me fez rir um bom bocado (e até esquecer que Cavaco continua presidente), sobretudo quando escreve:

«Qual é a razão que leva alguém a ser sportinguista? Não há uma resposta simples, mas basta um pouco de sociologia de almanaque (corroborada por inquéritos e estatísticas) para caracterizar os sportinguistas. No meu caso, basta dizer que, tendo estudado em Lisboa, no ensino primário e básico os benfiquistas estavam em larga maioria na turma, no secundário eram ela por ela com os sportinguistas e no ensino superior os sportinguistas eram uma larga maioria: no meu curso os benfiquistas contavam-se pelos dedos de um pé.»

«Por muito que o Sporting não ganhe tantos títulos como os outros, a postura de vencedores na vida que até ganham de vez em quando é o que mais irrita os nossos adversários... O que mais irrita os benfiquistas é que no fundo eles admiram os sportinguistas e adorariam ser como eles.»

VENUS WILLIAMS COM ROUPA "CARNAL"

Venus Williams teve de abandonar, no passado dia 21, por lesão, o Open da Austrália. Mesmo assim sua fama corre por lá pelo facto de ter estreado um novo "modelo carnal" de roupa desportiva.

UMA DESCOBERTA FANTÁSTICA

PICADO DO 31 DA ARMADA

Apetece dizer: Todo o tempo é futuro.

AVISO À NAVEGAÇÃO

À atenção dos advogados chorões; dos condenados por pedofilia no processo Casa Pia; e da ”imprensa amiga” que lhes vai dando espaço para fogo de artifício mediático.

OS ANIMAIS E AS CRIANÇAS

[Luís Marinho - do Movimento SOS Educação]

Há ainda por aí pessoas que sequer aos próprios filhos reconhecem direitos. Julgam que os filhos são propriedade sua e que podem dispor deles a seu bel-prazer.

Deviam saber que não são donos e senhores absolutos sequer de um animal doméstico que tenham em casa, quanto mais dos filhos.

E deviam pensar ao menos: se os animais têm direitos que valem em tribunal; por maioria de razão as crianças ― mas é claro! ― também têm direitos.

E um pai que ferisse os direitos da criança, deveria ser chamado à razão e admoestado pelas instituições competentes.

ÓPERA BUFA


Já não enrolam ninguém!

Como acreditar que um grande mentiroso diz agora a verdade???

E reparem no timing da representação ― passadas as turbulências do Orçamento de Estado e a azáfama das eleições presidenciais, isto é, logo que surgiu um momento de acalmia no espaço mediático e na sociedade.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CONTINUA A FILHA-DA-PUTICE

Quem a "ilustra" é mais uma vez Manuel António Pina na sua crónica semanal no Jornal de Notícias.

Escrevi-o na noite das eleições:
O mundo continua a rolar;
a crise está aqui;
os protagonistas não mudaram
e o futuro é negro.


E agora acrescento: e os filhos-da-puta mantêm o seu comportamento sacanal exactamente como dantes.

QUEM VÊ CARAS...

EU NÃO A TROCARIA POR NADA DESTE MUNDO!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

«ÊLI MI TOCÔ»


Ai é?!!! Êli ti tocô apenas?!

Então, da próxima vez Jesus pode usar um saca-rolhas que depois virás dizer que ficaste sem os colhões a jogar ao berlinde.

MAS ONDE É QUE ESTÁ A DÚVIDA?

CLARO QUE AGREDIU

PONTAPÉ NA GRAMÁTICA

A falta de preparação dos “jornalistas” em Língua Portuguesa está a tornar-se já tão banal que qualquer dia nasce-se jornalista e só depois se escolhe uma profissão.

Eis um título de hoje no Diário de Notícias:


A frase não tem sentido algum da forma como está escrita. O que o coitado “jornalista” queria mesmo dizer é isto:

"Não é mau-perder, é ser coerente"

Mas como poderia o pobre escriba saber usar aquele tardicionalmente denominado "tracinho" que se chama hífen se as escolas de há muito não ensinam estas coisas? Nem as escolas primárias, nem as secundárias, nem mesmo a escola superior de jornalismo, pelos vistos.

E tenho esta dúvida: saberá lá o coitado a diferença que há entre "mau perder" e "mau-perder"?

ERA MELHOR NÃO TER OUVIDO

Acabei por ouvir o discurso de Cavaco. Foi certamente o pior discurso que alguma vez ouvi a um candidato vencedor ― ressabiado, vingativo destilando fel por todos os poros ―.  Mas também o discurso de um homem com medo: com medo do escrutínio que já se começou a fazer sobre o seu passado e os seus negócios pois sabe que esse escrutínio vai continuar e vai chegar tão fundo e tão extensamente quanto foi e ainda é o escrutínio que se fez e se faz a José Sócrates.

Cavaco Silva era e é um homem animicamente seco e amargo, já se sabia. A partir de agora ele parece ser o próprio fel.

Isto não vai ser nada bom para a tão propalada estabilidade que ele tanto gosta de invocar quando lhe convém. Porque, de facto, no actual estado das coisas em Portugal, sobretudo da economia e da coesão social, era preciso em Belém um presidente com outro estilo e outra personalidade.

Apertem os cintos, baixem a cabeça e fechem os olhos que o avião parece que vai passar por zonas de altíssima turbulência.

domingo, 23 de janeiro de 2011

CAVACO SILVA

Vai uma chusma de "jornalistas" e de repórteres seguindo a caravana cavacal desde a residência do candidato eleito ao Centro Comercial de Belém onde Cavaco falará.

NÃO VOU OUVI-LO!

JOSÉ MANUEL COELHO

Fala agora da Madeira.

Contra Cavaco, contra Sócrates, contra os corruptos e contra o capital financeiro.

Diz que Cavaco deve defender a Justiça e não os ladrões que roubam os impostos.

Cortaram-lhe a ligação.
Não estava a ser cómico e humorista; e como do que os jornalistas gostam é de folclore, acharam que já era falar a sério de mais.

ALEGRE VAI FALAR AGORA

Oiço pela rádio.

Assume pessoalmente a derrota.
Fez bem (o derrotado é mesmo ele).

Sauda Sócrates.
Isto é hipocrisia.

Saúda o Bloco de Esquerda.
Aqui é genuíno.

Incentiva as pessoas a lutar pelo Serviço Nacional de Saúde.
Contra Sócrates ou com Sócrates? Isto é a quadratura do círculo.

Acabou.
Fez bem. Alegre já não existe (como disse aqui mais abaixo).

EQUÍVOCOS PÓS ELEITORAIS

Passos Coelho está neste preciso momento, nas rádios e televisões, a cavalgar a "Onda Cavaco".

Ainda é capaz de chegar à praia sem prancha e sem fato. É que ao que parece Rui Rio já se treina em piscinas há já muito tempo à espera da mesma "Onda".

Adenda (24/01/2011 - 11:19 AM)
É no que dá falar em cima do acontecimento. Se no início parecia que Passos Coelho iria cavalgar a "Onda Cavaco", manda a verdade reconhecer que isso não aconteceu. Passos Coelho até se demarcou subtilmente de Cavaco e manteve a coerência pois nunca "gostaram" um do outro.

PRESIDENCIAIS - OS PROTAGONISTAS

Manuel Alegre
Cá se fazem, cá se pagam. A candidatura de Alegre, há cinco anos, contra Mário Soares, foi uma sacanice inqualificável que merecia a resposta que agora teve por parte do ex-amigo traído (Soares), por interposta candidatura de Fernando Nobre, a qual resultou plenamente na vasta poda que Nobre acabou por fazer no eleitorado do Senhor poeta que um dia sonhou, qual Menino que Pregava Pregos num Caixão, que era dono absoluto, certo e vitalício das opções e do voto do milhão de portugueses que votara nele há cinco anos, e não mais se preocupou em manter a coerência política relativamente ao passado (mesmo ao passado recente em que se manifestava contra Sócrates e o governo). Agora tramou-se. Alegre já não existe.

Fernando Nobre
Um servidor. Fez um serviço pessoalmente desprestigiante, a Mário Soares, consubstanciado numa campanha manhosa e bizarra de que restará apenas a memória do servicinho prestado a Soares e a frase «Dêem-me um Tiro na Cabeça», frase esta que por certo será recordada para sempre como constituindo e representando uma ilustração acabada de que na falta de ideias até se chega a dar puns com o convencimento de que com isso se está a dizer, não só alguma coisa, como ainda, alguma coisa relevante e séria. Nobre passou já à história. Adiante.

MARCAÇÃO BLOGUÍSTICA

Pacheco, no Abrupto, já está a arranjar argumentos para nomear as causas de uma eventual taxa alta da abstenção que é sempre provável em qualquer eleição.

É pena a lei me proibir de dizer mais qualquer coisa (do que eu tenho para dizer) sobre isto, pelo menos até ao fecho das urnas.

Mas estejam atentos à blogosfera mais ou menos politicamente interessada pois o que se vai escrevendo pode revelar aqui e ali a temperatura nas sedes partidárias (não é gafe, não: estou mesmo a falar em partidos, e não em sedes de candidatura).

DIÁLOGO COM A MESA DE VOTO

Fui votar vestindo fato e sobretudo azul-escuro, camisa branquíssima, gravata vermelha flamejante e um longuíssimo e vermelhíssimo cachecol de lã descendo pelo sobretudo abaixo até mesmo a meio da canela.

Identificado que fui, recebi o meu boletim de voto. E então começou o diálogo com uma "elementa" da mesa.

Eu ― posso marcar o meu voto com caneta de tinta vermelha?
Mesa ― Não pode. Há uma caneta na cabine de voto.

Eu ― Mas a lei obriga a usar aquela caneta? Não posso usar a minha?
Mesa ― Pode; eu votei com a minha; mas com tinta vermelha não pode.

Eu ― Tem a certeza que isto está na lei?
Mesa ― Certeza não tenho, mas acho que não pode.

Eu ― Ah! Se é a senhora que acha, importa-se então de se informar junto de quem de direito e dizer-me se posso ou não usar tinta vermelha?

... Lá foram três dos quatro ou cinco elementos da mesa consultar uns regulamentos. Depois fizeram um telefonema não sei para quem ou que organismo eleitoral. E por fim disseram-me:

Mesa ― Pode sim, afinal a lei não proíbe o uso de tinta vermelha. Mas não fica bonito.

Eu ― Mas eu não venho fazer arte, minha senhora, eu venho votar. Muito obrigado! E podem ter a certeza que fico muito feliz por poder usar tinta vermelha. Obrigado mais uma vez!

sábado, 22 de janeiro de 2011

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

UM CERTO FEELING

Mudemos de assunto e passemos então a coisas mais sérias.

Não me perguntem porquê pois não saberia responder:

Hoje, quando li que a enfermeira, mãe do rapaz que se diz que assassinou Carlos Castro, pôs à venda uma casa, em Cantanhede, por €170.000 a €175.000euros;

Pensei logo: É enfermeira de Obstetrícia.


Acertei, portanto.

COMENTÁRIO "QUADRÁTICO"

Mais uma Quadratura do Círculo, ontem na SIC Notícias, analisando as incidências da campanha eleitoral em curso.

António Costa mostrou-se satisfeito pela facto de a aura divina de Cavaco não se ter aguentado e ter-se estilhaçado em mil bocados nesta campanha, mercê das revelações de documentos sobre os negócios deste candidato; mas também pelo estalar do verniz de Cavaco, o qual se tornou agora tão arrivista, desbocado e populista quanto os demais (excepção feita a Francisco Lopes ― um senhor político dos quatro costados).

Lobo Xavier, qual cortiça boiante no mar tempestuoso do desmoronar da santidade de Cavaco, lá se desfez e se escondeu em (des)conversas várias de sentido dúbio, coisa a que já nos habituou sempre que o tema lhe seja incómodo. Quando assim é, deita a mão à paleta ― e lá vai disto: mistura as cores todas na tela e já se sabe no que dá.

Pacheco Pereira, verdade se diga: mais uma vez não teve pejo em dizer o que pensa confirmando a mudança (para pior) operada estes últimos dias em Cavaco Silva. Criticou, por exemplo, o candidato por ir a Lousã fazer demagogia e populismo sobre a linha férrea daquela região e por andar como que enganado a comportar-se ultimamente como se fosse candidato a primeiro-ministro em vez de o ser à presidência da República.

De facto Cavaco acabou por cair na contradição evidente de estar agora a criticar diariamente um governo que sempre se vangloriou de apoiar. E se dantes queria a estabilidade a todo o preço, agora até parece que uma crise política (lhe) seria benéfica.

Nota à margem. Percebeu-se finalmente por que razão Cavaco Silva criticou os administradores da CGD “destacados” para gerir o buraco do BPN (buraco cavado por uma quadrilha de (ex-)amigos de Cavaco, não o esqueçamos). É que, ao que se diz, as informações ora usadas para “desmascarar” a santidade de Cavaco, terão sido compiladas e saídas ultimamente daquele banco esburacado entregue àqueles administradores.

BOM DIA!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ISTO NÃO É SÉRIO

É a minha opinião.
Cavaco alertou que uma segunda volta das eleições presidenciais «iria causar “uma contracção do crédito e uma subida das taxas de juros.»

Vejam quão inteligente se mostra agora este homem a prever o futuro a curto prazo (da economia ligada à sua excelsa pessoa), quando não conseguiu, em cinco anos de mandato presidencial, "dar uma única para a caixa" no que respeita ao mesmo assunto.

Esta pregação de Cavaco aos papalvos, para lhes instilar o medo, é um tiro muito perigoso que talvez lhe saia pela culatra e o obrigue mesmo a ir a uma segunda volta.

Por mim, voto Francisco Lopes visto que quero que haja um PC forte em Portugal ― é que esta gente do centrão dos interesses e da direita dos arranjinhos não é de fiar. E um PC forte que mobilize grandes massas de trabalhadores em defesa de direitos sociais, etc., é um excelente travão à orgia e à embriaguez irresponsável das forças da direita e do centrão.

Se houver segunda volta, lá estarei para votar no outro candidato. Qualquer que ele seja.

Tudo menos este Cavaco!
[Confesso, entretanto, que o Cavaco anterior até me merecia crédito]

QUESTÕES DE HONESTIDADE

Por aquilo que se vai sabendo sobre os negócios e os dinheiros de Cavaco Silva, posso afirmar com toda a certeza e bom som:

PARA SER MAIS HONESTO DO QUE EU,
CAVACO SILVA
«TERIA DE NASCER DUAS VEZES

DIA AMARGO, ESTE

Os cortes brutais nos salários da Função Pública começaram hoje a ser conhecidos e vaticina-se grande descontentamento popular e tumultos sérios a nível nacional no dia em que forem generalizados ao sector privado.

Desde já diminui-se a produtividade e aumentam a corrupção e os desperdícios. A isso leva o descontentamento dos funcionários cuja resposta é sempre dada em primeira instância no local de trabalho através de comportamentos no sentido do aumento da desordem no funcionamento da “máquina” por eles constituída ― não haja ilusões quanto a isso! Falo pela minha experiência profissional de três décadas e meia ― pelo que vaticino o pior para o futuro imediato de Portugal e de outros países europeus espartilhados pelo colete do aumento das suas dívidas soberanas.

Em última instância degrada-se o funcionamento da máquina do Estado, desorganiza-se e empobrece o país em nome e por força da manutenção da actual ordem económica mundial em que as instituições financeiras são hoje o Deus único que vai morrer empanturrado de dinheiro se não for antes decapitado ― o que é mais certo ― por manifestações violentas de desespero das populações mais atingidas.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

UMA VALSA A DOIS TEMPOS

1º Tempo: Pacheco Pereira "arrasa" jornalistas e jornalismo portugueses ― Plenamente de acordo com Pacheco.

2º Tempo: Jornalistas portugueses "arrasam" campanha eleitoral para as presidenciais ― Plenamente de acordo com os jornalistas (mas aqui Pacheco põe em acção o outro lado do cérebro e não concorda).

Despacho: «Chame-se António Damásio!»*

(*) Esta do "despacho" é um plágio descarado a O Jumento (blogue que muito aprecio).

A CRISE E O EURO

Cheguei aqui via 31 da Armada; e permito-me realçar esta parte do artigo de Ian Traynor no jornal inlês The Guardian de ontem:

«Key fund managers, especially in the US, have signalled that they fear the euro's days are numbered, that they are unimpressed by Europe's response to the crisis, and that they are divesting*.»

«"The markets don't trust the package. Some Americans give the euro only a few years," said a senior EU official. After challenging the Germans to react more quickly and decisively – and being told to keep quiet – Barroso is to go to Berlin next week ahead of an EU summit in a fortnight.»

(*) A divestment is the opposite of an investment.

A PARTILHA DO GLOBO

Ora então vamo-nos sentar e comer um bom jantarinho que depois já nos trarão o globo para o repartimos com toda a minúcia.

Pergunta ingénua: ― E nisto onde é que cabe a Europa???

TANTO PALAVREADO FOLCLÓRICO E AFINAL...

Vender Bilhetes do Tesouro
Emitir Dívida
Colocar Dívida
Vender Dívida
Aumentar Dívida
Leilão da Dívida
Ir a Leilão nos Mercados

Tudo isto significa tão-somente:

PEDIR DINHEIRO EMPRESTADO.

Francamente...!

BOM DIA!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

GIZ NO QUADRO PRETO! MAIS NADA!


Na Primavera de 2008 (atenção: 2008. Há menos de dois anos, portanto) leccionava-se assim ― à moda antiga ― no MIT (Massachusetts Institute of Technology) nos Estados Unidos da América.

À MODA ANTIGA! Senhores (des)governantes; senhores putativos gurus da educação; senhores defensores acéfalos dos disparates contidos nas metodologias de ensino inventadas nos diferentes ministérios da (des)educação que tem havido em Portugal;

POVO enganado de Portugal!

Na melhor universidade (científica) dos Estados Unidos da América (e talvez a melhor do mundo)...
...não há computadores (não há "Magalhães") nas aulas; não há brincadeiras nem há aulas lúdicas para “interessar” e não cansar os pobres alunos. E muito menos há licenciaturas falcatruadas, ao domingo e por fax.

Talvez seja por se levar lá o ensino a sério que a América tem estado na vanguarda do conhecimento, da ciência, da técnica, e em muitos mais campos de actividade.

Ou estarei a dizer disparates?!

BOM DIA!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

REGISTO HUMORÍSTICO



[Clara Ferreira Alves in O Eixo do Mal 16_01_2011]

Clap, clap, clap (isto sou eu a aplaudir com um sorriso nos lábios).

(*) Sonso: adj. Que oculta a malícia com ar de tolo ou de ingénuo. DISSIMULADO, HIPÓCRITA, MANHOSO, VELHACO.

[Dicionário da Academia, II Vol. pg. 3454]

domingo, 16 de janeiro de 2011

PERPLEXO, OU NEM TANTO?!...

Cheguei a este vídeo através de O Jumento
E através do vídeo cheguei ao blogue Tabus de Cavaco
(Consulte-os e forme a sua opinião)

BEM, MUDEMOS DE "FOGO"

JUDY DURKIN

NÃO AGUENTO O MEU "FOGO"...

Demitiu-se como prova de incompetência; mas mais grave ainda (e é bem feita para os sócios totós aprenderem a escolher as pessoas que se propõem dirigir o clube) é ter provado que de sportinguista ele era e é NADA e de sportinguismo sabe tanto como uma eventual p.q.p. saberia.

Acabaram-se de há muito os clubes de futebol; hoje são autênticas empresas/albergues de oportunistas como certas empresas públicas o são para os boys dos partidos.

Merda para os chamados "dirigentes"! O falecido, Sr. José de Alvalade, fundador do S.C.P., deve estar quase a sair da tumba para reaver a fortuna que deixara ao seu Sporting.

Desculpa os palavrões. ***

[Extracto da resposta a um email matutino de uma filha minha, sportinguista como eu.]

BANDIDOS!

Tenho andado alheado do futebol doméstico pois a piolhice (o dirigismo sem verdadeira filiação e paixão clubísticas, e sem objectivos desportivos) que o invadiu há mais que uma boa meia dúzia de anos, expandiu-se qual praga fatal e aqui temos uma das consequências inevitáveis ― O Sporting Clube de Portugal abandonado (imagine-se ao que isto chegou...!) por um “presidente profissional” (sempre achei isto esquisitíssimo) na altura em que o clube acelera descendo o plano inclinado da desgraça rumo à extinção.

Mas hoje que o meu querido Sporting sofre as consequências de traições, incompetências, oportunismo e “rapacice” de alguns que por lá passaram, não consigo ficar indiferente a isso tudo; por isso trago aqui o meu desabafo (sem nenhuma dúvida inconsequente).

MERDALHÕES DE “dirigentes”!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Epístola Décima Terceira:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

(A)     Na verdade, se o presidente francês se permite ter perante todo um areópago de decisores políticos, intelectuais e estudantes o seu elóquio sobre o “homem africano”, é porque (ele) sabe que a situação se encontra sob controlo. Aliás, (ele) não se preocupou com a resistência dos Africanos quando (ela) se manifesta, como foi o caso, em Bamako e em Cotonou, aquando da sua estadia, enquanto ministro do Interior: “Lorsque je me suis rendu en mai dernier au Mali et au Benin, l’accueil que j’y ai reçu a été excellent. Il y a peut-être eu trente porteurs de pancartes à Cotonou et trente-cinq à Bamako », sublinhou, desta forma, em Novembro 2006.
(B)     Donde, pertinente, se nos afigura, trazer (à colação), a elucidação, neste âmbito, da lavra de James WOOLSEY, no atinente ao desígnio dissimulado das nações “ricas” e “civilizadas”, designadamente dos Estados Unidos, cujo presidente Nicolas Sarkozy se pretende e se mostra tão próximo: “À présent que les forces américaines se trouvent dans Bagdad, qu’il nous soit permis de placer les événements actuels dans une perspective historique […] plus que une guerre contre le terrorisme, l’enjeu est d’entendre la démocratie aux parties du monde arabe et musulman qui menacent la civilisation libérale, à la construction et à la défense de laquelle nous avons ouvré tout au long du XXª, lors de la première, puis de la deuxième guerre mondiale, suivies de la guerre froide—ou troisième guerre mondiale. […] Nous sommes conscients d’inquiéter les terroristes, les dictateurs et les autocrates. Nous voulons qu’ils soient inquiets » (In « L’Amérique va gagner la quatrième guerre mondiale », Le Monde, 9 avril 2003).

PARABÉNS A VOCÊ!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Epístola Décima Segunda:

Oh! Lá! Lá! Lá!...
Sim, efectivamente, mas
A quem beneficia o
Crescimento em África?

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

La “démocratie” ne Peut être ni exploitée
(Par l’Europe) ni imposée (par les USA).
« Elle ne peut être le produit de la conquête
Des peuples du Sud à travers leurs luttes pour
Le progrès social, comme cela fut (et est) le cas en
Europe »
SAMIR AMIN


(1)    Com efeito, o Crescimento é um destes vocábulos de ordem (e, aliás, vocábulos chaves) em que os Africanos gargarejam, acreditando (piamente) que possuem a mesma significação e as mesmas bases para os investidores e para os próprios Africanos. Não, não é nada disso! As empresas estrangeiras se enriquecem e permitem aos seus interlocutores e aliados locais fazer o mesmo em detrimento da imensa maioria dos Africanos e do próprio Ambiente.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

DE BRADAR AOS CÉUS


Como é possível que se escreva num jornal ― ou seja lá onde for ― ainda por cima como subtítulo de uma notícia:

«A tortura terá ocorrido após a morte»

Mas que raio de escrevinhadores são estes e como conseguiram obter uma carteira profissional?! Já não há revisores competentes nos jornais; ou já não há revisores nos jornais?!

E ainda querem que Portugal tenha bons governantes e não se afunde na Europa...! Eu explico esta observação: é que a escola é a mesma. 

Epístola Décima Primeira:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

                        Política Cultural e Democracia: (1990-2000):

            ---A queda do Muro de Berlim, que consagra o fim da “guerra-fria”, a perestroïka na Rússia, o discurso de François MITERRAND em Baule sobre “democratie et bonne gouvernance”, a vaga das Conferências nacionais soberanas em África libertam as energias e encorajam as tentativas democráticas no Continente.
            ---No seio dos Estados Africanos, a Sociedade civil assume, cada vez mais e mais, corpo e se posiciona como contrapeso, como contra-poder. Identicamente, que as ocasiões de concertação intelectual se multiplicam à escala do Continente (Congresso dos intelectuais e dos homens de Ciência, em Brazaville, Congresso das artes e da cultura, em Dakar, Nairobi, Joanesburgo, Addis-Abeba...), do mesmo modo, as manifestações sub regionais e regionais renascem, designadamente:
                        -Festival pan-africano do Cinema e da Televisão em Ougadougou (Capital de Burkina Faso);
                        -Festival pan-africano de Música, em Brazaville;
                        -Écrans noirs à Yaoundé (Capital dos Camarões);
                        -Salão Internacional da Arte e do Artesanato à Ougadougou (Burkina Faso);
                        -Salão da fotografia à Bamako (Capital da República do Mali);
                        -Festival Internacional do actor em Kinshasa;
                        -DAK’ART sobre as Artes plásticas a Dakar (Senegal);
                        -Festival de Cinema de Cartago;
                        -Salão Internacional de moda à Niamey (Capital do Níger);
                        -Mercado das artes e dos espectáculos africanos à Abidjan, etc.

MINHA ÚLTIMA PAIXÃO CABO-VERDIANA



terça-feira, 11 de janeiro de 2011

E AGORA UM BÁLSAMO

MARIA SHARAPOVA

EPIFANIA DE UM ELEITOR

Acabei agora mesmo de ouvir uma entrevista do candidato presidencial Francisco Lopes à Antena 1. O entrevistado mostrou nesta entrevista ser o mais inteligente, o mais político, o mais sincero, o mais bem-intencionado e o mais bem preparado teoricamente, de todos os candidatos presentes a este pleito eleitoral.

Acaba de ser uma grande surpresa (pela positiva) para mim, e eu ― que iria anular o meu voto colando uma fotografia do meu gato no boletim de voto e pondo nele uma cruz votando no Picasso ― mudei de posição e vou votar Francisco Lopes. Não porque acredito que este candidato vai ganhar a eleição; mas porque, tendo, como cidadão eleitor, o direito e o dever de votar, acho que com o meu voto válido em Francisco Lopes estarei a votar na sinceridade, na coerência para o bem, na competência, na dedicação e no trabalho de um homem a favor do equilíbrio da sociedade que de outro modo caminharia inexoravelmente para o abismo do totalitarismo e do primado do dinheiro concentrado em poder absoluto de uma meia dúzia sobre a vastíssima massa humana domesticada e submetida aos caprichos e à tortura dos “mercados” e do poder financeiro. Com este voto estarei a lutar contra certos preconceitos que injusta e “carneiralmente” vinha alimentando sobre este candidato.

É a minha epifania de 2011? Será um acto meu de contrição? Talvez seja as duas coisas. E não me envergonho de as trazer a público apesar de serem coisas de somenos na vida de qualquer um.

Mas também, e como dizia Narciso Miranda: ― eu sou um homem simples!