Um homem quer-se homem até ao último momento da sua vida. Quer seja santo, quer seja um ditador e assassino como foi Muammar al-Kadhafi, ou como revelou ser George W. Bush. Não interessa nada: que há sete meses aqui tenha previsto que Kadhafi não morreria cobardemente enforcado ― como o foi Saddam Hussein que foi apanhado, como a um coelho, escondido numa toca ― ou humilhado, como um miserável, à frente dos juízes do Tribunal Penal Internacional que só julga ditadores derrotados e não persegue nem prende para julgamento os criminosos internacionais por interpostos exércitos, como George Bush, por exemplo.
Kadhafi morreu dignamente, de armas na mão e pisando o solo onde nascera, Sirte. Eu apreciei a coragem, a coerência e a dignidade pessoal deste homem nos seus últimos momentos de vida.