O remate final do mesmo é talvez mais um lamento do que uma receita para a diminuição da (demasiada) entropia em que vivem as sociedades actuais vítimas da globalização:
«Como faz falta voltar aos clássicos! Para acabar com a mentira e ir além da sofística.» ― escreve Anselmo Borges.
(Para ser receita era preciso que os protagonistas actuais tivessem algum dia visitado os clássicos; não tendo isso sucedido, como é evidente, estamos condenados a aturar e a sofrer o exercício do poder pelos oportunistas e charlatães, gente indiferenciada que assaltou a política e destrói a polis, até que a História gere uma saída).
Diz-se que os intelectuais não governam porque pensam demais e com isso perdem o timing das decisões. Mas isso só é verdade num mundo em que os timings são definidos precisamente por essa corja que se apossou do poder em vários países e regiões do globo.
E se a solução não pode ser encontrada por essa via pacífica, confie-se então que o aumento imparável da desordem económica e social seja a receita que impelirá as novas gerações a empreender a revolução ― mais uma ― cumprindo de novo as leis da dialéctica marxista.
BOM DIA!