Uma Leitura das perspectivas e prospectivas geopolíticas da África:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
NP:
A África tornou-se um actor geopolítico emergente, no âmbito das relações internacionais. Concretamente, à escala do Continente Africano se nos depara como matéria de análise e estudo, uma diversidade de actores (que, neste ponto se relacionam), os seus campos económicos, sociopolíticos e culturas.
Tudo isto nos conduz (ipso facto) aos actuais relevantes desafios, designadamente:
Paz e Segurança;
Reptos/desafios alimentares;
Desenvolvimento sustentável.
(I)
A expressão Geopolítica (está na moda), após ter sido desvalorizado, corolário dos seus vínculos com o Imperialismo germânico. A Geopolítica (stricto sensu) é o estudo da influência dos factores geográficos sobre a Política. Pode, no entanto, de modo (mais lato) ser definida, como o estudo das forças (que operam), no campo político. Faz parte das relações internacionais. E, de um modo, mais explícito. Ou seja.
Relações entre nações, entidades colectivas distintas, que se reconhecem (reciprocamente), o direito à existência.
Relações, que dizem respeito a, uma pluralidade de actores não estatais, designadamente:
Colectividades territoriais, firmas multinacionais, Organismos de solidariedade internacional (OSI), Igrejas, Migrantes, Diásporas (em interacção), num Espaço transnacional.
E, finalmente, no atinente às relações assimétricas entre a África e as grandes potências, o hard power (que se exprime, historicamente), pela coerção e pela força (designadamente), militar tende à se combinar com um soft power, que persuade pela negociação, a propaganda, as ideias, as instituições e a sedução pelos valores e pela cultura.