terça-feira, 27 de novembro de 2012
terça-feira, 31 de julho de 2012
AI TÃO QUERIDA, TÃO QUERIDA!!!
Chama-se KARINA BOLAÑOS
Com a divulgação deste vídeo, que era para ser confidencial,
perdeu o lugar de vice-ministra da Costa Rica;
o marido deputado meteu baixa médica;
e o amante, que ninguém ainda sabe quem é, deve estar feliz à brava.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
O PARECER DA LUSÓFONA SOBRE RELVAS
«Todo o Parecer é assim, vago e genérico, abstracto e pouco rigoroso, justificando tudo e nada. Podia ser resumido a duas ou três linhas: Relvas é um dos dirigentes em ascensão no PSD, é mação da nossa "obediência", detém um poder considerável em todos os mecanismos-chave da partidocracia, nomeações, facilitações, intermediação, influência, etc., o PSD é um partido do poder portanto é bom para a Lusófona, que é uma universidade privada, "estar de bem com o poder político", ter boas relações com este tipo de pessoas. Ponto. Bastava e era muito mais verdadeiro.»
quinta-feira, 12 de julho de 2012
O TWITTER
O Twitter
é um café cheio de várias
mesas, cada uma com muitos lugares sentados. Um tipo tem o direito de se
aproximar (“seguir”, “follow”) e
ouvir as conversas que se têm em qualquer das mesas, mas para se sentar numa das
cadeira e botar faladura que seja ouvida (tuitar para ser lido), tem de obter a
anuência (ser “seguido”, “followed”)
por pelo menos um dos convidados que o escutará sempre que ele falar (publicar
um tuite), mas os outros não o ouvem – só quando alguém anui à presença do tipo
(o “segue”) é que esse outro alguém o escuta (vê e lê o seu tuite) quando fala .
As conversas (ou
tuites) são publicadas numa compridíssima serpentina que está continuamente a
desenrolar-se; daí que o tuitanço é uma actividade que se serve do momento e
praticamente só serve no momento – depois de algum tempo o tuite já está em
cascos de rolha. No fundo tuitar é quase como estar a falar ou a governar o
mundo à mesa do café. Levantando-se e saindo, não se leva nada para casa senão
o prazer da conversa – mas algumas alfinetadas a terceiros, lá terão algum
efeito. Porque o Twitter contribui muito para a formação da opinião pública e da
massa crítica de uma sociedade.
É claro que se um
tipo quiser ser metediço, ou atrevido, ou afoito, ou, ou, ou – pode chegar, pôr-se
atrás de quem está sentado e dizer-lhe alto qualquer coisa ao ouvido (desde que
saiba o nome dessa pessoa). E se falar alto, claro que toda a gente à mesa vai
ouvir o que disser. E aí podem ocorrer várias situações: ninguém lhe ligar
peva; obter uma resposta condescendente da pessoa a quem se dirigiu; acharem-no
interessante e trocarem com ele dois dedos de conversa; acharem que tem
qualidades e ou que há algumas afinidades com ele e por isso “seguirem-no”; e
noutros casos, acharem que é um chato, um palerma, um “cagóne”, e mandarem-lhe
dar uma volta ou mesmo lhe fecharem a porta na cara (“bloqueando-o”).
Passei a
privilegiar o Twitter em detrimento do blogue porque gosto da interacção em
tempo real com as pessoas e porque descobri que pelo Twitter é mais fácil chegar às pessoas cujas
opiniões me interessam ― chegar, falar, trocar opiniões com elas ― do que pela
via do blogue ou do correio electrónico. Na actividade no Twitter privilegio os
jornalistas e os artistas porque pertencem a dois mundos que sempre me
fascinaram e onde felizmente conto amigos e amigas.
(Quem me ensinou a aperfeiçoar
a escrita e a fala da Língua Portuguesa foi o saudoso amigo e jornalista Fernando
Brederode Santos, falecido há uns anos. Na companhia do Fernando é que me
tornei um verdadeiro português por cultura).
Et voilà!
quarta-feira, 11 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
sábado, 7 de julho de 2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
(7º) Estudo ensaístico Sétimo:
(1)
Se transportarmos (presentemente), a nossa atenção sobre a Teoria da raça, LOCKE
(nos parece), desfraldar a
mesma estratégia de alternância e de alteração recíproca dos regímenes de
pensamento.
(2)
Com efeito, a estrutura racista da sociedade
americana, como numerosas outras sociedades ocidentais, é (de feito), uma realidade incontornável (que revela), todo (em conjunto), a influência
das relações sociais. A tarefa
que incumbe (desde então) ao intelectual Negro não poderia se limitar à denunciar nem à
desconstrução do racismo. Trata-se (mais
concretamente), de favorecer a evolução das mentalidades e precipitar (destarte), a abolição de certas e determinadas
práticas e (ao mesmo tempo),
desenvolver uma nova lógica social.
(3)
Eis porque (et pour cause), o primeiro esforço de LOCKE vai
consistir (de modo correto, evidentemente),
em refutar
as concepções dominantes e (designadamente), as diversas teorias racistas que apreendem a raça como uma realidade (fundamentalmente), biológica e que lhe atribuem (aliás),
características
psicológicas e mentais (resolutamente),
fixas e invariáveis. Na verdade, no pensamento do escritor e diplomata francês,
Joseph
Arthur, conde de GOBINEAU (1816-1882), o Spencerismo social e as outras teorias racistas que dominam na época,
no âmbito das Ciências Humanas e da Biblioteca colonial, o pensador Afro-americano pode (facilmente), reconhecer a marca/cunho do regime dominante. Na sua
lógica reedificante e na sua obsessão da
permanência ou da hierarquia, este último interfere (com efeito), com o regime turbulento e a sua afirmação de um
estrito paralelismo entre o corpo e o espírito.
(4)
Perante os preconceitos racistas e pseudo
científicos, Antropólogos, como o americano, Franz BOAS (1858-1942),
ou o seu discípulo, MELVILLE HERSKOVITS (1895-1963), empreenderam (por certo), desembaraçar o Naturalismo da invariabilidade e da
hierarquia dos tipos Humanos (BOAS...). Nesta perspectiva, os utensílios
da Antropometria lhes serviam (sobretudo), para demonstrar relevantes
mudanças físicas sobrevindas de
uma geração à outra entre os imigrantes
ou os Negros dos Estados Unidos. No âmbito da estrita lógica do paralelismo,
mudanças mentais e desenvolvimentos
intelectuais tornavam-se (então),
quão possíveis como plausíveis.
terça-feira, 5 de junho de 2012
(6º) Estudo ensaístico Sexto:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
(A):
Na sua vontade de encontrar uma mediação entre a intencionalidade
de F. BRENTANO (1838-1917) e o Naturalismo de W.
JAMES, o projeto de LOCKE de uma Ciência dos valores, se situa (além disso), na mesma cruzada filosófica que a Fenomenologia de EDMUND HUSSERL (1859-1938)
e caminha (entretanto), em sua exata oposição, visto que (ele) rejeita fazer da intencionalidade uma condição (a priori),
do saber. De feito, Todos os esforços de HUSSERL, na sua obra: “Filosofia
como Ciência rigorosa” (1911), ou “Meditações cartesianas” (1929),
se aparenta (com efeito), à uma tentativa
desesperada de recuperar (em benefício) do regime dominante, os adquiridos
conceptuais do regime turbulento,
para os pôr ao crédito do ponto de vista transcendental.
(B):
A contrapelo (e ao invés), LOCKE
escolheu, como o filósofo francês, H. BERGSON (1859-1941), manter a primazia do “fluxo da
experiência” do qual procede (em última
instância), toda formalização. Para (eles) a dimensão primeira da consciência,
é a temporalidade,
que sozinha permite uma estruturação da experiência:
“Consciência significa (antes de mais)
memória”, assevera BERGSON e o que importa, desde então, recuperar/reaver é
“duração e a mudança na sua mobilidade original” (...), assim como, as cristalizações
da memória, tendo em vista a prática. Donde e daí, a verdadeira
Ciência da consciência é (por
conseguinte), a teoria dos valores e o verdadeiro problema da Filosofia é o da
aquisição do desenvolvimento ou das mutações dos nossos sistemas de valor à
partir dos nossos diversos modos de valorização.
(5º) Estudo ensaístico Quinto:
Na verdade, se nos
afigura relevante consignar, que à
semelhança do economista e sociólogo alemão, MAX WEBER (1864-1920) e
do filósofo alemão, GEORG SIMMEL (1858-1918) e (outrossim),
na filiação do filósofo e psicólogo norte-americano,
WILLIAM
JAMES (1842-1910), cujo Pragmatismo opunha, em 1907,
dois temperamentos filosóficos antitéticos (os “espíritos duros” e os “espíritos
moles”), para os reconciliar (em seguida),
na sua Filosofia da experiência (1909), DU BOIS e LOCKE
foram (rapidamente), tentados
superar o tradicional antagonismo das lógicas conceptuais para se situar numa
espécie de “entre-dois”. É nesta perspectiva que vamos expor as suas reflexões
no atinente às noções de valor, de raça e de cultura.
(A)
De feito, na origem e no antagonismo dos valores,
como se fosse, a articulação entre traços
culturais e características raciais que constituíam (com efeito), no início do século XX,
temas
filosóficos maiores. De facto, os pensadores afro-americanos não podiam
nisso quedar indiferentes, mesmo se as suas vozes não eram (seguramente), as mais entendidas/ouvidas.
(B)
De anotar (de imediato), que as lúcidas especulações filosóficas de DU BOIS foram
reconduzidas e aprofundadas por ALAIN LOCKE, o qual se revelou (além disso), mas perseverante e original que o próprio DU BOIS (concretamente),
na sua exploração de uma possível “Ciência dos valores” e (completamente, por consequência), comprometido
como (ele), na sua crítica do conceito de raça.
(C)
LOCKE redigiu (com efeito), duas teses de doutoramento (assim como), artigos sobre a teoria dos
valores. Produziu (identicamente),
durante a sua carreira académica, numerosos
ensaios sobre a História e a Sociologia
das relações
inter-raciais, nos Estados Unidos, como na Europa ou nas Antilhas. Além
das suas conferencias de 1915-1916, convém citar, na década de quarenta
do século XX, as suas conferencias em Francês sobre o “Papel
do Negro na Cultura das Américas” e várias coordenações de obras colectivas (LOCK
1942...). Por causa da sua finesse
argumentativa, os seus escritos sobre o valor, a raça
e a cultura apresentam (presentemente), ainda um interesse
(quão enorme e assaz avisado).
domingo, 3 de junho de 2012
(4º) Estudo ensaístico Quarto:
Continuação
dos Estudos anteriores...
(1)
De feito (et
pour cause), DU BOIS, preferindo (ostensivamente),
a não-violência, propõe (identicamente),
romper
com a lógica cumulativa da esquimogénese que (cedo ou tarde), desemboca (necessariamente),
em afrontamentos.
A diferenciação
simétrica, fazendo apenas (com
efeito), incrementar a hostilidade recíproca, enquanto a diferenciação complementar acentua sempre o desequilíbrio até à ruína do sistema, em todos os casos. Reclamar-se como (nesse ponto), princípios da Constituição
Americana, significa (em
contrapartida), formular uma exigência de
reciprocidade que DU BOIS termina
por justificar, no fim do seu livro, identificando o Povo Negro ao “Dom do
espírito”. (...).
(2)
E, transformando todos os inatos
atributos do seu Povo, em oferenda e insistindo (designadamente),
nesta espiritualidade nutrida
dos mais elevados princípios, DU
BOIS, nos revela (sem dúvida),
concomitantemente, em quê consiste (verdadeiramente),
o “espírito do dom”.
(3)
Aqui, neste ponto do nosso Estudo, vale a
pena trazer à colação, os doutos ensinamentos do conceituado sociólogo e
antropólogo Francês, Marcel MAUSS (1872-1950),
considerado como o “pai” da Etnologia francesa. Na verdade, nas suas lúcidas interpretações
desta “forma e razão de troca nas sociedades arcaicas”, MAUSS
e os seus continuadores insistiram (constantemente),
com efeito, numa tripla obrigação. Ou seja: A obrigação de dar implicava a de receber,
que
implicava a de restituir. De anotar, que estas obrigações são (então)
compreendidas, em termos (puramente),
pragmáticos.
Isto é (elas) permitiriam criar vínculo e evitar as hostilidades, instaurando um contra-dom,
diferido e diferente. “Recusar dar, não ter o cuidado de convidar, como recusar
aceitar, equivale a declarar a guerra”, consigna (destarte), MAUSS. Já (por seu turno), no âmbito desta problemática, o filósofo francês, Jean-Pierre
DUPUY (n-1941), sublinha a ambivalência fundamental de toda
reciprocidade-tornada manifesta-segundo (ele), pela
raiz escandinava (warre) que
serve (ao mesmo tempo), de etimologia
à guerra (war) e à espécie/modelo,
artigo,
mercadoria
(ware).
(4)
Eis porque, nos parece (logicamente), que, insistindo no carácter voluntário do “dom
negro”, DU BOIS, abre outras perspectivas e nos elucida, como a
única lógica da troca assume como alternativa
à violência! “A obrigação de dar” não poderia (unicamente), se interpretar como
uma atitude interessada. Ela participa (mais
amplamente), de uma “política de reconhecimento”.
(5)
Com efeito, quando DU BOIS lembra (com razão), que os Negros se urdiram (eles mesmos), nas malhas da
trama da história ocidental, não nos parece, dizer outra coisa. Demais, as pertinentes
análises da sua “identidade”
esquissadas pelo autor das “Almas do Povo
negro”, fazem (por conseguinte)
convergir Sociologia, Psiquiatria e Antropologia para pensar as especificidades
da condição negra, porém (elas),
nos oferecem (simultaneamente), um novo
quadro teórico e prático para compreender e superar os principais efeitos da
dominação social e simbólica.
Lisboa, 02 Junho 2012
KWAME KONDÉ
(3º) Estudo ensaístico Terceiro:
Continuação...
(I):
Na verdade (et pour cause), DU BOIS sabe, além disso, se mostrar
pioneiro,
em matéria psiquiátrica. Eis (com efeito),
como (ele) descreve, um pouco, mais adiante, o “Desvio do homem negro entre fins contraditórios”. Atentemos (então), no acutilante conteúdo de
verdade do extracto seguinte:
“O artesão negro está dilacerado por esta alternativa-por
um
lado,
escapar ao desprezo que têm os Brancos
para
uma
nação de simples lenhadores e pulsadores, por outro,
lavrar, pregar e cavar para uma horda miserável.
E a sua
luta
só pode terminar num único resultado: Fazer
dele um
operário
pobre,
visto que ele apenas coloca metade de
coração
em cada uma das causas. (...) O
pretenso sábio
negro
era confrontado com o paradoxo seguinte: O
conhecimento
do qual o seu povo tinha necessidade era só
contos
e lendas para os seus vizinhos Brancos, enquanto o
conhecimento
ensinado pelo mundo branco era o hebreu
para
os da sua carne e do seu sangue. O
amor inato da
beleza
e da harmonia que carreia as almas do seu povo,
mesmo as mais grosseiras, à
dançar e à cantar, apenas
suscitava
dúvida e confusão na alma do artista negro. De
feito, a beleza que lhe era revelada era a beleza
espiritual
de
uma raça,
que o seu público mais vasto desprezava,
porém
lhe era impossível formular mensagem de um outro
povo. Dezenas de milhares de pessoas esgotaram-se
nesta
contradição, no esforço para satisfazer ao mesmo tempo,
dois ideais irreconciliáveis-esgotamento que causou tristes
devastações
na sua coragem e na sua fé, que
os enviou
adorar
falsos deuses e invocar vias de saudação
perniciosas
e que,
por vezes, pareceu mesmo sobre a ponte
de
lhes fazer vergonha de elas mesmas”. (DU BOIS).
(II):
Pode-se, lendo estas linhas,
descobrir numerosos pontos comuns com
a situação do double blind (ou “duplo vínculo”), “duplo
constrangimento” -tal como o teorizou o antropólogo inglês, GREGORY
BATESON (1904-1980), autor, aliás, da “Teoria do double blind”, na década de 1950. Seja qual for, o seu estatuto
sócio económico, o indivíduo Negro americano se encontra (com efeito), segundo DU BOIS submetido à injunções contraditórias e se encontra (destarte), apanhado na ratoeira de diversos “duplos vínculos”, que se poderia resumir, no seguinte modelo. Ou
seja.
domingo, 27 de maio de 2012
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
OBRIGADO @radarSAPO
O "Radar" do SAPO contemplou um dos meus tuites de hoje com um destaque na sua página:
Hugo, um licenciado, à saída de um Centro de Emprego: «A sugestão que me deram é que não seja piegas, que emigre» - Antena 1, agora mesmo.»
@anus_sm
Hugo, um licenciado, à saída de um Centro de Emprego: «A sugestão que me deram é que não seja piegas, que emigre» - Antena 1, agora mesmo.»
@anus_sm
in Twitter
(2) Estudo ensaístico Segundo
(2) Estudo ensaístico Segundo
Continuação
do Estudo Primeiro...
(7)
Com efeito (et pour cause), as críticas
do “Renascimento de Harlem”
colocaram (frequentemente), em
relevo, a influência profunda que
exerceu WILLIAM JAMES sobre DU BOIS e LOCKE. Em contrapartida, o impacto que tiveram alguns pensadores
europeus sobre as suas reflexões e
os seus escritos permanecem (relativamente),
menosprezados. Muito mais ainda, enquanto se ouve mesmo sublinhar os seus pontos
comuns, se deixa de lado, a forma em que (eles) inflectiram e
vincularam (em conjunto), conceitos
e disciplinas.
(8)
Explicitando (adequadamente), o arrazoado,
acima avançado, temos (então) que:
---
Vamos principiar esta nossa elocubração, estudando a célebre abertura
das “Almas do Povo Negro” (1903),
obra, em que, DU BOIS define a sua identidade, como “Uma dupla consciência”. Atentemos no seguinte extracto:
“Entre o outro mundo e eu se insurge
perpetuamente uma questão formulada. (...) “Que efeito isto faz ser um
problema?”(...) Ser um problema é uma
experiência singular-singular mesmo para alguém que jamais foi nada de outro,
salvo talvez quando era muito novo, ou quando ele se encontrava na Europa. Foi muito cedo, nos primeiros dias de uma infância à alegria exuberante, que tive a revelação fulgurante. (...) Então me apareceu com uma repentina certeza
que eu era diferente dos outros, ou
como eles, talvez, no meu coração, na minha vida e nos meus desejos, mas cortado do mundo deles por um
imenso véu. (...) O Negro nasceu com
um véu e dotado de dupla visão neste mundo americano-um mundo que não lhe
concede nenhuma verdadeira consciência de si, mas que, pelo contrário, só o deixa apreender através da revelação do
outro mundo. É uma sensação singular,
esta consciência desdobrada, este sentimento de constantemente se
observar pelos olhos de um outro, medir
a sua alma pela vara de um mundo que nos considera como um espetáculo, como um divertimento colorido de piedade
desdenhosa. Cada um sente
constantemente a sua natureza dupla-um Americano, um Negro; duas almas, dois pensamentos, duas lutas inconciliáveis, dois
ideais em guerra num único corpo, que
só a sua força inabalável previne rompimento. A história do Negro Americano é a história desta luta-desta aspiração à
ser um homem consciente de si mesmo, desta
vontade de fundir o seu eu duplo num único eu melhor e mais verdadeiro”. (DU
BOIS).
E QUE TAL...
...Uma aulinha de economia
para todos os Cantigas Esteves, Joões Duques
e Medinas Carreiras deste país!?
IMPRÓPRIO PARA PESSOAS SENSÍVEIS
Efeitos da droga 'Krokodile' mostrados em vídeo:
IMPRÓPRIO PARA PESSOAS SENSÍVEIS
(Nota: O uso desta droga de fabrico caseiro provoca a morte no espaço máximo de dois anos)
(Nota: O uso desta droga de fabrico caseiro provoca a morte no espaço máximo de dois anos)
terça-feira, 15 de maio de 2012
(1º) Estudo ensaístico Primeiro:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
“Africa aliquid semper novi”
Plínio, O
Velho (23-79)
“São as pessoas que fazem o Mundo;
O
mato possui feridas e cicatrizes”
Provérbio do MALAWI.
Tem estes Estudos
ensaísticos, o desígnio de relevar
O Magistério de Figuras ilustres da nossa Galeria (pessoal),
Figuras que “Por obras valorosas
da morte
se libertaram” (...)
NP:
Com efeito (et pour cause), “Se a relação e a razão
coloniais puderam determinar certas ideologias Africanas, tais como o Pan-africanismo,
a Negritude ou o Afro-centrismo, os Africanos
e os seus descendentes das Antilhas ou da América contribuíram (em compensação), amplamente para a história
intelectual e política do Ocidente”. Este reconhecimento revela-se central para superar as heranças da história colonial e para tentar
construir uma universalidade concreta,
pós-racial e pós-colonial.
É
este devir
que nos move, nestes Estudos, apresentando o nobre Magistério das proeminentes
figuras do Pensamento Negro, que vamos estudar, neste conjunto de Peças
ensaísticas.
(I)
No início do Século XX (pretérito), a interdisciplinaridade preocupava (pouco ou quase nada), os universitários dos Estados Unidos,
enquanto a Sociedade americana (maioritariamente),
não imagina outro futuro que a segregação, no âmbito “das relações raciais”.
Todavia, novos projetos sociais, culturais
(se elaboravam na sombra), se
apoiando (audaciosamente), em pesquisas
que desembaraçavam de barreiras
os saberes. Esta promissora
iniciativa vinha de “Intelectuais Negros”, que, se definindo (explicitamente), como tais,
assumiam doravante, a sua situação no
género de um paradoxismo: “Americanos e Negros, Intelectuais e Negros” (orgulhosos desta dupla pertença),
movidos por profundas exigências de rigor e de universalidade, porém, enérgicos
(identicamente), de singulares heranças, transmitidas sem
testamento, vencidos de uma espoliação.
Entre eles, duas brilhantes
figuras (dentro de pouco tempo),
são chamados à servir de proa. Estamos, a referir (concretamente), a:
--- WILLIAM EDWARD BURGHARDT DU BOIS (1868-1963,
futuro pai do Pan-Africanismo) e de ALAIN LEROY LOCKE (1885-1954, futuro mentor do Renascimento de Harlem).
Posto isto,
vamos (então), dar início, ao Estudo
destes “Dois percursos excepcionais”.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
(LXVI) Alors que faire?
Prática de ACTUAÇÃO SEXAGÉSIMA SEXTA:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
Continuação
da Posta anterior...
(1)
Em relação às sociedades definidas na segunda
metade do século XIX, enquanto “tradicionais”, o capitalismo se
apresenta como libertador. Ou seja: Como favorável ao cumprimento das promessas
de autonomia e de autorrealizações nas quais as Luzes reconheceram exigências
éticas fundamentais), fundamentalmente sob duas conexões (que derivam identicamente), da primazia
acordada ao mercado. Ou seja: A possibilidade de escolher o seu estado
social (profissão/ofício, lugar e modo de vida, relações, etc.), assim como bens
e os serviços praticados/exercidos ou comuns.
(2)
O alargamento das possibilidades formais de
escolher o seu modo de pertença social, redefinido
(fundamentalmente), por
referência ao local/lugar de habitação e à profissão exercida (em vez de estar vinculado pelo nascimento,
à uma localidade e à um Estado), foi
bem um atrativo do primeiro capitalismo.
(3)
Tendo em conta, a importância da família nas
sociedades tradicionais, esta forma de libertação se apresenta (antes de mais), como uma alforria/libertação do peso dos vínculos domésticos. Ela se
encontra resumida na oposição às sociedades do “estatuto”
e do “contrato”. Por oposição às sociedades nas quais as pessoas estão obrigadas à um estatuto que lhes não é
(praticamente), possível
modificar, no decurso da sua vida e existência (em todo o caso), sem mudar de localidade, o que lhes é difícil,
tendo em conta, que todo o valor que lhes é acordado e a sua identidade dependem dos enraizamentos
locais (o capitalismo é suposto
oferecer a possibilidade de um desenraizamento voluntário e protegido pela
relevância que ele acorda ao dispositivo jurídico do contrato).
domingo, 13 de maio de 2012
(LXV) Alors que faire?
Prática
de ACTUAÇÃO SEXAGÉSIMA QUINTA:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
“Sim (efetivamente), encarnamos a desgraça teórica
e humana deste tempo! Um
tempo que não está
disposto em mudar a Justiça do tempo. Donde, de
questionar (avisada e assertivamente), como é que
uma revolução seria possível sem um
sujeito
que se reconhecesse (ele mesmo), como o próprio
a mudar
o Mundo?
KWAME KONDÉ (Abril 2012)
“L’ennemi d’aujourd’hui ne s’apelle
pas
Empire ou Capital. Il s’apelle Démocratie”.
ALAIN BADIOU IN Abrégé de
métapolitique.
Acerca do elóquio
de Liberação, na óptica do
capitalismo:
(A)
O elóquio de liberação/libertação constitui,
desde a sua formulação, uma das componentes fundamentais do espírito do
capitalismo! Todavia, enquanto no princípio (originariamente), a forma de liberação proposta pelo capitalismo
assume sentido (fundamentalmente),
por referencia à oposição entre as “sociedades tradicionais” definidas como opressivas
e as “sociedades modernas”, únicas
susceptíveis de tornar possível uma auto
realização individual (oposição
que constitui ela própria uma produção
ideológica constitutiva da modernidade). O espírito do capitalismo foi levado, nas suas formulações ulteriores,
a oferecer uma perspectiva de libertação susceptível
de integrar (outrossim), as críticas,
ou seja, a não-realização, nos factos, das promessas de liberação sob
o regímen do Capital.
(B)
Donde e daí, eis porque, tudo isto,
significa dizer que o espírito do capitalismo, na sua segunda
expressão e nas formas que (ele) está a adoptar (na época atual), prossegue, sob esta
relação, duas linhas dissemelhantes.
A primeira
toma (sempre) para alvo o “tradicionalismo” creditado do poder de ameaçar
de um retorno violento às sociedades ocidentais modernas e denunciado como uma realidade (em atos),
nos países do Terceiro Mundo.
A segunda: Ocorre, em resposta
(pelo menos, implicitamente),
às criticas da opressão capitalista (ela
mesma), comportando, uma oferta apresentada como liberatória em
relação às realizações anteriores do capitalismo.
Na verdade e, vale a pena, sublinhar,
que o espírito do capitalismo, na segunda
metade do século XX (pretérito),
se dá por isso (simultaneamente), como um meio de aceder à autorrealização por intermédio do compromisso no capitalismo como uma via de libertação em relação ao capitalismo (ele mesmo), no que (ele) pôde possuir de opressivo, no âmbito das suas realizações anteriores.
sábado, 12 de maio de 2012
PASSOS COELHO E A INCONSCIÊNCIA
“Estar desempregado não pode ser, para muita
gente, como é ainda hoje em Portugal, um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade
para mudar de vida, tem de
representar uma livre escolha também, uma mobilidade da própria
sociedade.”
Alguém (qualquer pessoa) que diz uma enormidade destas é um inconsciente. E tudo de
pior se pode esperar dele.
ISTO É UMA
TRAGÉDIA PARA PORTUGAL!
terça-feira, 8 de maio de 2012
O MERCADO DO MEDICAMENTO
Isto é o que se passa nos Estados Unidos onde a lei, como se sabe, tem mão pesadíssima.
Imaginemos agora o que se passará no resto do mundo!
E nem vale a pena imaginarmos o que não se passará no mercado dos genéricos!!!
(LXIV) Alors que faire?
Prática
de ACTUAÇÃO SEXAGÉSIMA QUARTA:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895)
Continuação
da Posta anterior:
(9) Com efeito, seria
necessário (outrossim), evocar o efeito
de legitimação que não pôde
faltar de exercer a encenação (reiterada), à farta (a rodos e aos montes), em múltiplas obras, artigos, “propos de tables”
e “plateaux” de televisão, desta
“escalada de individualismo”. Ali também, as paradas da organização e da mobilização dos homens, as formas de
transformar uma fábrica em centro de
produção flexível (designadamente),
pela precarização da mão-de-obra e o adiamento dos constrangimentos para fornecedores,
diversas recomendações sobre os bons
meios de gerir as dissemelhantes relações de força que condicionam os proveitos/benefícios (com os assalariados, os clientes, os fornecedores, as
colectividades públicas). Daí, que o facto, que um dos interesses de atingir uma estatura mundial é todo (simplesmente), de se colocar (favoravelmente), em todas as negociações
(ganhando força), os modos de fazer frente às dificuldades e
em controlar e mesmo em saber o que se passa nas empresas,
etc.
(10) Antes de mais, vale a
pena, precisar (adequadamente), que o
termo
“concorrência”, visto que (ela) assesta para grandezas mercantes que podem servir (mas unicamente), sob certas condições de
igualização dos competidores e, na medida, em que (ela) está circunscrita à situações bem delimitadas, em construir
uma ordem
equitativa, dissimula as relações
de força desiguais dos que formam (concretamente),
a oferta
e a procura.
(11) De feito, no estado
atual, em que se encontram, as desigualdades
(entre empresas e trabalhadores, entre empresas entre si, entre mercados financeiros e Estados ou
empresas, entre territórios e
empresas), esta concorrência, que nada tem de “perfeita”, é (muito frequentemente), apenas a imposição
da lei do mais forte. Ou seja: (outrossim,
quão, presentemente), porque não, a lei
do mais móvel!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
(LXIII) Alors que faire?
Prática
de ACTUAÇÃO SEXAGÉSIMA TERCEIRA:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895)
“Sim (efetivamente), encarnamos a desgraça teórica
e humana deste tempo! Um
tempo que não está
disposto em mudar a Justiça do tempo. Donde, de
questionar (avisada e assertivamente), como é que
uma revolução seria possível sem um
sujeito
que se reconhecesse (ele mesmo), como o próprio
a mudar o Mundo?
KWAME KONDÉ (Abril 2012).
“L’ennemi d’aujourd’hui ne s’apelle
pas
Empire ou Capital. Il s’apelle Démocratie”
ALAIN BADIOU In Abrégé de
métapolitique.
Acerca do novo espírito do capitalismo!...
(1)
Com efeito (et pour cause), na verdade, nenhuma época não tenha (quiçá) sacrificado tanto à crença, numa ação sem sujeito, como estes vinte últimos anos, que se credita, todavia (frequentemente), de um “retorno do
sujeito”. No entanto, o sujeito em
questão era um agente individual, não um
sujeito da História.
(2)
De anotar (antes de mais), que o sujeito dos economistas era racional,
(totalmente), ocupado com os seus próprios
negócios/assuntos e (particularmente), absorvido pela tarefa de
maximizar os seus interesses individuais. Uma tal óptica inclina para o fatalismo quanto às evoluções
possíveis. Com efeito, aliás, desde esta antropologia, só podem ser
encaradas como “realistas” medidas (que
atuem/agem), sobre comportamentos individuais por mudanças de
estimulação (diminuição do custo
do trabalho para estimular a compra de trabalho; criação de “zonas francas” para
favorecer a implantação das empresas nos bairros reputados “difíceis”,
etc.), excluindo as mudanças de formatos susceptíveis de modificar os jogos aos
quais se submetem as condutas dos atores.
sábado, 5 de maio de 2012
REVELE A FOTOGRAFIA
1) Olhe fixamente (sem pestanejar) para o ponto vermelho,
durante cerca de 30 segundos.
durante cerca de 30 segundos.
2) Depois desvie o olhar para uma superfície branca e
comece a pestanejar rapidamente.
comece a pestanejar rapidamente.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
(LXII) Alors que faire?
Prática
de ACTUAÇÃO SEXAGÉSIMA SEGUNDA:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
Continuação...
(10) Resulta disso, que se
(se) raciocina (exclusivamente), em função
das trajetórias da Filosofia política moderna (em que só existe “amigos” e “inimigos”
do Estado), é (totalmente), possível desacreditar a violência (por princípio), como factor constitutivo
da existência do Estado.
(11) Na verdade e (em todo rigor), com efeito, só o Estado
é violento, visto que é (unicamente),
no seu horizonte que se coloca o problema de uma decisão de princípio sobre a
violência. Pelo contrário, a ideia é estranha à experiência da
revolta, pois que esta se situa (concretamente),
para além da dialéctica (jurídica) do
confronto
entre o poder (constituinte)
e o poder
(constituído), que (ela),
faz (implicitamente), da violência
política o objeto de uma decisão preventiva.
(12) Eis porque (destarte), a questão da violência para o ser-revoltante
é uma não-questão! Não, é que (ela) seja resolvida (através) de um estratagema filosófico que revelaria a sua inadmissibilidade lógica,
mas (antes), no que constitui caso de uma decisão (não podendo),
ser (materialmente) tomada sem contar
com a contingência do Mundo e
dos seus eventos (à cada momento), dissemelhantes. Se não
acontecesse assim, estar-se-ia (novamente),
mergulhados numa especulação
transcendental acerca da política (uma
teoria que se esgota no problema do governo da vida), que nos tornaria (totalmente), estranhos ao evento
catastrófico da política (o que nasce no
Mundo sem pré-aviso!).
(13) A violência
da revolta não é em si violenta, porque (ela) não faz parte (do)
do qual se pode tomar consciência.
Ela nasce para rejeitar a violência sistémica do poder (a sua intolerável regularidade). É o gesto
(dos) que (eventualmente),
violentados
são levados à violência, num ato fulminante e inopinado contra a
violência metódica e dissimulada (dos)
que governam este Mundo (sufocando) a
extravagante
liberdade (peculiar), à toda
singularidade.
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