terça-feira, 11 de janeiro de 2011

EPIFANIA DE UM ELEITOR

Acabei agora mesmo de ouvir uma entrevista do candidato presidencial Francisco Lopes à Antena 1. O entrevistado mostrou nesta entrevista ser o mais inteligente, o mais político, o mais sincero, o mais bem-intencionado e o mais bem preparado teoricamente, de todos os candidatos presentes a este pleito eleitoral.

Acaba de ser uma grande surpresa (pela positiva) para mim, e eu ― que iria anular o meu voto colando uma fotografia do meu gato no boletim de voto e pondo nele uma cruz votando no Picasso ― mudei de posição e vou votar Francisco Lopes. Não porque acredito que este candidato vai ganhar a eleição; mas porque, tendo, como cidadão eleitor, o direito e o dever de votar, acho que com o meu voto válido em Francisco Lopes estarei a votar na sinceridade, na coerência para o bem, na competência, na dedicação e no trabalho de um homem a favor do equilíbrio da sociedade que de outro modo caminharia inexoravelmente para o abismo do totalitarismo e do primado do dinheiro concentrado em poder absoluto de uma meia dúzia sobre a vastíssima massa humana domesticada e submetida aos caprichos e à tortura dos “mercados” e do poder financeiro. Com este voto estarei a lutar contra certos preconceitos que injusta e “carneiralmente” vinha alimentando sobre este candidato.

É a minha epifania de 2011? Será um acto meu de contrição? Talvez seja as duas coisas. E não me envergonho de as trazer a público apesar de serem coisas de somenos na vida de qualquer um.

Mas também, e como dizia Narciso Miranda: ― eu sou um homem simples!