quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Convite Especial:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Vimos (por intermédio desta) convidá-lo para estar connosco nos próximos dias 30 Setembro 2011 e dia 02 Outubro (respectivamente), no Museu de São Roque (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa), para assistir aos Eventos Culturais, organizados por nós em colaboração com o Staff do Museu de São Roque, a saber:
            Dia 30 Setembro 2011 (a partir das 18 horas):
                        Recital de Poesia por António Lourenço e KWAME KONDÉ
                        PALESTRA sobre a vida e obra do Poeta, Eugénio Tavares(1867-1930), por Francisco FRAGOSO, seguida de uma
                        SESSÃO musical preenchida com mornas de Eugénio Tavares.

            Dia 02 Outubro 2011 (a partir das 16 horas, em ponto):
            Apresentação da Peça teatral: A FORÇA DO AMOR pelo Grupo Cénico: D. DINIZ.

            Nota final:
                        No dia 01 Outubro 2011 (a partir das 15 horas), terá lugar um Ensaio Geral aberto ao Público da Peça: A FORÇA DO AMOR, no Jardim de Santa Clara, Ameixoeira.

Lisboa, 25 Setembro 2011
Francisco FRAGOSO

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

FACEBOOKADAS

1)     Como o pessoal está farto de não querer saber, pois (tal como Sócrates), entrou em estado de negação: o 'caminho' português (ditado pela mesma receita grega) é o mesmo da Grécia. E na Grécia a redução dos vencimentos da função pública JÁ VAI EM 60% para os licenciados.

Mas em Portugal não deverá haver crise porque aqui a escolha feita pelos eleitores foi consciente uma vez que Passos disse antes das eleições que era isto mesmo que viria fazer - cortes orçamentais que levariam a maiores sacrifícios e dificuldades. Neste pormenor não pode nem poderá haver qualquer acusação a Passos de ter alguma vez mentido ao eleitorado.

Votou-se no aumento das dificuldades; no aumento dos cortes e do desemprego; votou-se conscientemente no aprofundar da crise.

Agora é comer e calar! E ter a esperança ténue de que aquela parte ridícula da sociedade que ainda acredita na força do Partido Comunista Português e da Intersindical Nacional possa, através dos sindicatos e dos trabalhadores, em coordenação internacional, fazer alguma coisa para que o inferno não venha a ser tão quente como parece vir a ser.


2) É preciso ler a imprensa internacional para se ter pelo menos uma pequena ideia do que se passa e do que se vai passar em Portugal.

É preciso abandonar a atitude lusitana atávica de só ler os títulos dos jornais portugueses que na sua totalidade veiculam a propaganda do poder económico e financeiro.

É preciso pôr as 'celulazinhas' de Poirot a funcionar para além da espuma das 'bocas' e do anedotário inconsequente em que se lambuza quotidianamente. E é preciso lutar!


3) Está todo o mundo convencido disto e prega-o maquinalmente ― «foram os socialistas, sozinhos, que levaram o país «ao buraco» e à bancarrota.»

Eu não sabia que Cavaco Silva (10 anos no poder); que Durão Barroso; que Santana Lopes; que os banqueiros em geral; que os ladrões do BPN e da Sociedade Lusa de Negócios; que os ‘donos’ das parcerias público privadas; que o Jardim da Madeira (32 anos no poder) eram socialistas.

Nem sabia que a senhora Merkel; que o senhor Bush; que o senhor Sarkozy; que os governos gregos militares e de direita que governaram a Grécia durante décadas; também eram e são socialistas.

De facto, com socialistas destes, o que se poderia esperar...!!!

domingo, 25 de setembro de 2011

UM LIVRO DE KWAME KONDÉ

Naturalmente centrado na arte cénica e no Teatro.

(IV) Alors Que faire?

Prática de Actuação Quarta:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

Il faut qu’il y ait dans le Poeme un nombre tel qu’il empêche de compter
Paul CLAUDEL (1868-1955)

Uma Pertinente Reflexão sobre o Húmus
Que enforma o conteúdo de verdade de:
SUBSISTÊNCIA
EXISTÊNCIA E
ESTABILIDADE/CONSISTÊNCIA:

(I)
            Com efeito (por mais estranho que possa parecer), nos nossos dias de hoje, uma interrogação em compensação do teológico-político, a nova questão da crença em política não constitui um retorno ao religioso, mas o retorno do que terá sido recalcado através da “morte de Deus” e que (quiçá) só voltará (mais robusto), com a força de um espectro (se for verdadeiro),que é quando o pai for morto que (ele) se torna (mais robusto) e volta como espectro. Eis-nos (então) perante:
                        ---A questão da consistência enquanto o que (não existindo),não pode gerar o objecto de cálculo e
                        --- A questão da consistência enquanto o que mantém distintos, porém (não opostos), motivo e ratio.
                        Donde enfim e, em suma: É a questão do que como existência virada para o consistente (que não existe) e que (neste qualidade), já se projectou (sempre) para além da sua única subsistência, compõe (com) o incalculável.

(II)
            Dito de outro modo:
                                    Só há Deus que, conquanto (não existindo), consiste. Há (outrossim), a Arte, a Justiça, as Ideias (em geral). A Justiça não existe (por certo) sobre a Terra e jamais existirá. Todavia, quem ousaria (por este facto) presumir que a sua ideia não subsiste e não merece (outrossim) ser preservada e mesmo cultivada (no seio) das jovens almas, que se educa nesse sentido (precisamente) porque a justiça não existe? Quem ousaria defender que visto que (de facto), a justiça não existe, seria preciso (por conseguinte) renunciar ao desejo de Justiça?
                                    De sublinhar (antes de mais), que (na verdade), as ideias (em termos gerias) e não (unicamente a ideia de Justiça), as ideias (sejam quis forem), não existem: Elas apenas fazem assumir a essência.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

EIS A ÓRBITA TERRESTRE DO SATÉLITE

A América do Norte e o continente africano, ao que parece, estão excluídos da rota do satélite.

Em risco estão:
Pacífico Sul; América Latina (sobretudo Brasil); Atlântico Médio (Madeira); Europa do Norte (Ilhas Britânicas, Dinamarca, Suécia e Finlândia); Ásia Ocidental, Central e do Sul (Macau, Hong Kong, Tailândia e Malásia) e Austrália.

UARS LIVE TRACKING

Aqui têm o seguimento, ao vivo, da trajectória do satélite em queda. É com prazer que substituo o site da NASA que está OFF desde a última madrugada.


Não se esqueçam de ir p'rá cama de capacete.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ESCONDA-SE

Como todos devemos saber, há um satélite artificial que vai cair na Terra por estes dias.
A NASA criou este site para noticiar este acontecimento e avisar as pessoas sobre os locais e a hora em que inúmeros fragmentos de tamanhos variados cairão sobre nossas cabeças.

Para já está determinado o dia do acontecimento: sexta-feira próxima, dia 23 de Setembro. Ligue-se regularmente ao site da NASA para saber se será um dos prováveis contemplados na lotaria dos fragmentos; é que a probabilidade de alguém ser atingido não é tão remota quanto isso - é de 1 para 3200 [Se a probabilidade de acertar no euromilhões fosse esta haveria milhares de totalistas para cada sorteio].

Ponha-se a pau!

ACTUALIZAÇÃO
A NASA fez hoje (22 de Setembro) uma actualização da notícia usando um pequeno texto de apenas 6 linhas para dizer que «o satélite não passará sobre a América do Norte». E mais não disse!

É que: estando safos os americanos, p'ra quê gastar tinta e tempo a falar de áreas geográficas habitadas por 'bichinhos'?!...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A FORÇA DO DEVEDOR

Um artigo interessantíssimo de JOSÉ MARÍA RIDAO, no El Pais, ajuda-nos a perceber a crise monetária actual, as ‘forças’ que a condicionam, as tensões que a rodeiam, e traz-nos algumas perspectivas sobre a sua imprevisível evolução. Trata-se de uma lição em uma aula que tem o condão de sintetizar ao máximo tudo o que de mais importante existe à volta da crise monetária mundial em que estamos todos mergulhados ― países, famílias, pessoas, povo, mundo ― e da qual não há uma saída claramente previsível.

Da leitura desse artigo concluí que a ideia mais forte de que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tomarão em suas mãos a condução da economia mundial, se parece hoje a ideia mais admissível, fica contudo um pouco condicionada àquilo que, de um momento para o outro, pode fazer o país mais poderoso do mundo: os Estados Unidos.

É que é bom lembrar que o poderio dos Estados Unidos ― cujos mantêm a liderança mundial no domínio da ciência, das tecnologias de ponta, das comunicações globais, das reservas energéticas e de minerais estratégicos (sob sua posse ou domínio), e no aspecto militar e do volume e sofisticação de armas nucleares ―, esse poderio, dizia eu, só se enfraqueceu no que respeita ao aspecto económico por via da sua gigantesca dívida externa. Mas ― paradoxalmente ― se por este lado enfraqueceu, por lado paralelo, isto é, em função dessa mesma dívida, os Estados Unidos adquiriram enorme poder (outro) ao transformarem-se no maior devedor do planeta. É que o maior devedor do planeta tem a força incomensurável de fazer tremer e de pôr em sentido os seus credores ― “Se não vos pagar, ficareis positivamente arruinados!...”.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.

Isto não é tão simples como papagueiam os economistas, dando-se ares de sábios, quais charlatães que pululam na Imprensa e nas televisões. Estes indivíduos percebem tanto da coisa como eu percebo da composição e confecção do folar de Chaves.

Leia aqui todo o artigo.

domingo, 18 de setembro de 2011

(III) Alors Que faire?

Prática de Actuação Terceira:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

            Acerca do Divórcio entre Tecnologia e Sociedade (Leia-se outrossim): A Idade (suposta) “Pós-moderna”:

(1)           Na impossibilidade da dupla renovação epocal, Tecnologia e Sociedade divorciaram. De anotar, que com o aniquilamento da Ideia de Progresso (que outrossim não podia ser outra coisa que a Crença), é (efectivamente) a Crença na própria Política que se aniquilou. Todavia, este aluimento de causas (ao mesmo tempo), intrínsecas ao devir do processo de individuação psíquica e colectiva Ocidental (ele mesmo), onde estão inscritas, desde a sua origem causas próprias (peculiares aliás), na época recente do desenvolvimento capitalista.
(2)           É (com efeito), no âmbito deste duplo nível Histórico que é necessário (se situar), para analisar e estudar o que se torna impossível a realização da dupla renovação epocal. Na verdade, se a dupla renovação epocal (pela qual se conquista uma nova época de civilização), na sequência de uma mudança do sistema técnico (inerente e peculiar) a esta época, não se produz (actualmente), é porque ante à instabilidade (tornada crónica) do devir técnico (situação aliás completamente) inédita, no âmbito da História Humana, a individuação psicossocial não consegue inventar uma época da individuação (que integra) esta híper-diacronicidade tecno lógica como o seu móbil e objectivo.
(3)           Eis porque (desde então), a evolução incessante das tecnologias híper-diacrónicas nisto (a sua obsolescência sempre acelerada) tem por resultado (completamente paradoxal), a ponto que as sociedades e os indivíduos (que os compõem) regridem aos seus estádios mais arcaicos, projectando-se num estado de híper-sincronização gregário em que (eles) se desindividualizam. Donde e daí, a sua diacronicidade já apenas ser definida pelos seus objectos e estes (por seu turno) suportam adequações cujos modelos comportamentais são formalizados e estandardizados pelo marketing, enquanto a sua obsolescência não permite que o tempo transforme estas aplicações em práticas.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

NOVO PROBLEMA FILOSÓFICO

EXPLICAR A EXISTÊNCIA DE UMA INEXISTÊNCIA PARDA

Já era do nosso conhecimento a existência das "eminências pardas".
Agora, esta de haver inexistências desta natureza!...

FIGURÕES

[Semanário Expresso - 16/09/2011]

― Mas o que é que estou a ver ali?!...
― Será aquilo uma antena de telemóvel???...

OS BURACOS DA MADEIRA

Segundo a lógica do sistema, Jardim terá pensado bem e pensou assim: “Aqueles tipos do ‘contnente’ andam a roubar à tripa forra e a enriquecerem-se com aquilo que não lhes pertence: veja-se o BPN, o BCP, as empresas públicas, as empresas dos amigos do poder, as autarquias e mais uma catrefada de institutos, fundações e o raio que os parta a florescerem à custa do tesouro da Nação e com eles a nascer uma nova casta de ricos ― os ladrões ex-qualquer coisa na política».

«― Então porque não hei-de eu também gastar o dinheiro do Estado à tripa forra na Madeira? Vou melhorar as infra-estruturas hoteleiras e rodoviárias, a educação, a saúde, a condição social dos madeirenses e premiar ainda uns quantos amigalhaços que me acompanham nesta saga!...»

Se assim o pensou, melhor o fez!

E aqui no ‘contnente’ ― agora que apareceram os ‘normais’ buracos «colossais» da Madeira ― é um aqui d’el Rei histérico contra Jardim como se esta gente de Lisboa não fosse da mesma massa (ou pior) do que o soba madeirense!...

― Quando é que queres que te entregue o resto do meu subsídio de Natal, oh Gaspar?!...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CRISTIANO POR MAUS CAMINHOS

Gosto de Cristiano e até costumo dizer que sou 'ronaldista'; mas isso não me coíbe de criticar Cristiano dizendo que ele devia preocupar-se mais com o futebol, com a equipa e com os seus colegas, do que consigo próprio. Devia copiar um pouquinho a humildade de Messi (já que a a técnica deste é um dom de Deus que se não copia).

Cristiano está profundamente errado ― Messi é melhor do que ele e é tão rico como ele; e ninguém tem «envidia» de Messi ―. O problema não está ai: o problema está nos maus conselhos que Cristiano tem recebido e seguido.

Aquela técnica portista de Mourinho (também sou 'mourinhista') de ver inimigos em toda a parte, funcionou até ao Inter de Milão. Agora já enjoa e já não vai funcionar mais; sobretudo no Real Madrid que sempre foi um clube amado em todo o mundo (e não odiado como Mourinho inventou e disse há poucas semanas).

É jogarem futebol e bico calado!

A competência exibe-se na prática, não se propagandeia por palavras!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

II) Alors Que faire?

Prática de Actuação Segunda:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895)

                        Na verdade (quiçá) vivemos o tempo da “democracia”…

(1)     Vivemos o tempo da decadência da democracia, implicada pelo devir consumista das sociedades industriais. O advento da “defesa do consumidor” inscreve-se neste processo de transformação das sociedades que MARX denominou de capitalismo. Este (transformado em) capitalismo cultural no decurso do século XX (pretérito), manifesta-se (doravante), como tendência à liquidação do político (propriamente falando), isto é (em primeiro lugar) do Poder Público como Estado, mas (mais geralmente), como tendência à liquidação do que constitui o processo de individuação psíquica e colectiva, onde se formam e se permutam singularidades.
(2)     De sublinhar (antes de mais), que o referido processo: constitui (ele mesmo), a experiência da sua própria singularidade. Ou seja: melhor dito (outrossim da sua) incalculabilidade (ou ainda), da persistência do seu futuro num mero devir. Ora (transformado cultural), concomitantemente que hiper-industrial, o capitalismo é (identicamente), neste momento (integralmente computacional) e tende (nisto) a eliminar as singularidades que resistem à calculabilidade de todos os valores no âmbito do mercado das trocas económicas.
(3)      Esta tendência para a liquidação do político e da individuação (em que consiste), é necessário combatê-la sem (por essa razão) tentar manter uma ideia caduca do político, o que constitui o discurso da “resistência”. Demais (et pour cause), uma tal manutenção só pode (além disso) ser um artifício. De facto, é preciso lutar contra esta tendência (inventando), em vez de resistir. Eis porque, a resistência só pode ser reactiva e (como tal), ela pertence ao niilismo.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MISS UNIVERSO 2011 É ANGOLANA

Eu acho que Angola faz muitíssimo bem em comprar os anéis, as jóias e vários bens do seu antigo colonizador, pois, para além de ser catártica, essa compra consiste em negócios rendosos e de futuro; e Angola faz bem em investir biliões e mais biliões noutros países industrializados do ocidente decadente, pois a deslocação desse capital para fora do território angolano funciona como aforro de que beneficiarão futuros governos daquele país quando o actual regime for substituído e os bens forem entregues a quem de direito ― ao povo angolano. Não sou ingénuo e sei que não é por este motivo que todo o dinheiro angolano é investido fora de Angola, há outros motivos; mas o certo é que historicamente o tiro acaba sempre por sair pela culatra aos ingénuos e aos crédulos que assim procedem.

Ora, não era bem isto que eu vinha dizer. O que vinha mesmo dizer é que, como tantos outros já o fizeram (em blogues, jornais, rádio, e redes sociais), eu também aplaudo a eleição de uma angolana como Miss Universo. E felicito os angolanos que lograram concretizar esse negócio de visibilidade planetária. É um excelente cartaz publicitário do poderio de Angola no concerto internacional.

A eleição de Miss Universo foi ― desde sempre ― um enorme e rendoso negócio detido por empresários norte-americanos. E é a candidata que paga mais (e que garante mais rendibilidade futura) que ganha a coroa respectiva ― sempre foi assim, repito! ―. Não há, portanto, demérito algum nesta última eleição.

Parabéns Angola!

domingo, 11 de setembro de 2011

SE É PARA PÔR TUDO O QUE FIZEMOS NA VIDA...

Depois de passar os olhos por vários perfis escarrapachados no facebook, até que me apetecia dizer: ― é pá! Calma aí! Eu também tenho um vasto currículo ‘académico’! O que é que pensam?! Vejam só a expressão desse peso curricular aqui na minha fotografia à la Saddam Hussein.

Só no Fogo, muito antes de vir p’ra Lisboa fazer a porcaria do curso que fiz, tive uma vastíssima formação: carpinteiro (na oficina di Agusto di nhô Bino); mecânico de automóveis (oficina di nhô Gasosa); sapateiro (oficina di Raul Caracunda); pedreiro (com Djoca di Djabraba); Motorista de central eléctrica (com Otto di Bulola); chauffeur (com Nhônhô di Dade e Roberto Carolina); ferreiro (oficina di Juzino); padeiro (padaria di Djoquim e padaria di nhô Pinto); músico (com Antero di Albertina, Manuel di cá Tchoné e Manuel di Nininha); empregado de balcão (na loja de meu pai); fotógrafo amador (com Pá Melo); relojoeiro (com Babinho); e para além disso: fumador, bebedor, namorador, guarda-redes de futebol, pescador, ladrão de melancias (di nhô Alberto Koënig)... Eu sei lá!... É um nunca mais acabar de estudos e cursos superiores...

Imaginem agora o que aprendi mais em Lisboa ao longo destes quarenta anos que ando por aqui.... Até dá e sobra para eu ser Comandante Geral da NATO ou Primeiro-ministro da União Europeia, pois então!!!!!!!!!!.....

VIDA DE CÃO PROFESSOR

Os professores que conheço andam o ano todo a nadar em papéis espalhados por tudo quanto é superfície horizontal de suas casas, num trabalho insano, de Sísifo, para satisfazer as exigências burocráticas e administrativas do ministério da educação para que trabalham. Acho que com isso não têm tempo para preparar convenientemente as aulas e que não terão tempo suficiente para uma vida emocional gratificante e plena.

Como se isso já não bastasse, agora parece que têm que deixar de escrever os documentos, textos, pontos, etc., em língua portuguesa. São obrigados, a partir deste ano, a escrever tudo segundo a nova ortografia estupidamente criada, aceite e adoptada pelas autoridades.

Não quero jurar; mas eu creio bem que, pelo amor e pelo carinho que tenho pela língua portuguesa, eu, se fosse professor, não acataria esta directiva e enfrentaria todas as consequências daí advenientes, pois, acho que aquela obrigação é de uma violência extrema sobre quem conhece bem e aprecia toda a beleza, clareza, rigor e riqueza desta Língua.

Quando soube que Nuno Crato disse, em entrevista ao jornal ‘Público’, que o Acordo Ortográfico era «um facto», apeteceu-me mandá-lo à merda.

sábado, 10 de setembro de 2011

INTIMISMOS

UMA UVA É PARA COMER!

Ser ‘às direitas’, ‘educado’, ‘correcto’, ‘um cavalheiro’ ― e coisas que tais ―, são conceitos burgueses em que fui formado, mas que de todo em todo não tive a plasticidade requerida para absorver, viver e transmitir. Sou um produto muito defeituoso da sociedade em que vivo pois não consigo satisfazer as normas de comportamento a que os ‘valores’ burgueses integrantes e definidores daquelas características obrigam. Por isso me fui afastando progressivamente do convívio com as multidões.

Longe de me considerar um misantropo ― que ideia absurda! ― serei antes um mafioso afectivo que não acredita nos falsos capuchinhos vermelhos que pululam nesta sociedade de plástico em que vivemos todos.

Prefiro dançar à volta de uma fogueira e comer carne crua, a participar num repasto burguês onde o arroto reprimido e a concupiscência disfarçada dilatam estômagos, causam rugas mentais e apoplexias diferidas no tempo, males estes arrasadores da genuinidade do ser.

Sei que a minha condição é detestável para a maioria das pessoas. É por isso que trago aqui este aviso aos incautos e às incautas que pretendam aproximar-se de mim.

Para mim ― carne crua! E não perdoo às uvas!!!...

DO VALOR DO HOMEM E DA SUA CARICATURA

Recorro a Anselmo Borges que cita Kant:


Concluindo eu que só os homens indignos é que têm preço...

― E como temos constatado essa verdade nestes últimos anos...!

BOM DIA!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

JORNALISMO DE SARJETA

É também aquele tipo de ‘jornalismo’ que não é mais do que o porta-voz de quem paga.


O Diário de Notícias, sem qualquer recato, pudor, ou a mínima vergonha; sem a mínima perda de tempo ― hoje mesmo, dia em que saiu a notícia no semanário ‘Sol’ ―, pratica um acto deste calibre: serve de porta-voz a um advogado que tenta desvalorizar o trabalho de F.C.

É claro que a «sarjeta» (no meu título) diz respeito ao ‘jornalista’ do DN que, numa pretensa equidistância, ajuda com o seu ‘trabalhinho’ o advogado de Lima a lançar lama sobre o trabalho da jornalista Felícia Cabrita.

É assim que estamos de imprensa em Portugal:

CADA VEZ MAIS NO ESGOTO!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

«NUNO CRATO NÃO SABE DO QUE FALA»

É O SOCIAL-DEMOCRATA VASCO GRAÇA MOURA QUEM O DIZ.

Na sua entrevista à "Única" do Expresso de 3 de Setembro, o ministro da Educação escamoteia deploravelmente a questão do Acordo Ortográfico, dizendo que este "é um facto". Não é. Os factos são os seguintes: O Acordo Ortográfico não está em vigor. Angola e Moçambique não o ratificaram. Não existe o vocabulário comum que o AO exige como condição prévia. O ministro não estudou o problema, nem no aspecto jurídico nem no científico. Não leu a documentação existente. Não sabe quanto custa ao país a precipitação criminosa em aplicar um instrumento inaplicável e calamitoso. O facto é que Nuno Crato infelizmente não sabe do que fala. Se as reformas que ele prepara para o ensino forem tão levianamente abordadas como esta, então a Educação em Portugal não irá muito longe. Custa ver uma personalidade da sua envergadura intelectual e da sua intransigente seriedade ceder assim à lei do menor esforço.

Leia aqui isto e mais observações discordantes de Vasco Graça Moura em relação à política deste governo(?).

terça-feira, 6 de setembro de 2011

UM COITADO ― UM NÁUFRAGO ACIDENTAL

Está à vista que Passos Coelho não tem estofo para governar Portugal em momento tão delicado. E é precisamente essa falta de estofo (profissional e político, no mínimo ― para não falar do que não está ainda provado: se também intelectual e cultural) que fez com que cometesse o erro, que será trágico para Portugal, de entregar a uma única pessoa, Miguel Relvas, as rédeas de tudo que tem a ver com o negócio das privatizações e o exercício efectivo do poder.

Fazendo um balanço do que transparece da actuação de Passos Coelho à frente do governo(?) concluo que Portugal não tem um verdadeiro primeiro-ministro. Passos parece-me antes um mestre-de-cerimónias contido, envergonhado e humilde, e não o homem que detém as rédeas do poder de um Governo.

Fica-me a sensação de que quem manda (interna e externamente) são outras pessoas; e de que as acções de Passos se resumem ao papel de representante de qualquer coisa, com direito às benesses ‘folclóricas’ e materiais de primeiro-ministro.

No fundo, Passos não manda nada.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

INCONFIDÊNCIA

Henrique Sousa publicou um livro que guardou para si. Um ensaio intitulado ‘O Implacável Tempo’. Li este livro e achei-o muito interessante e complementar de vários outros livros de divulgação científica que tenho lido. Nele Henrique Sousa concentra a sua atenção no que convencionalmente se chama Tempo.

Ora, o Tempo tem-nos sido apresentado por muitos autores e divulgadores científicos como uma ‘entidade’ cuja existência o leitor deve encarar como um dado adquirido. É aqui que o livro de Henrique Sousa inova, pois, desperta-nos para a discussão sobre a ― não só essência do Tempo, como ainda a consideração da ― possibilidade de a natureza do Tempo e a própria existência do Tempo poderem ser uma consequência e não algo preexistente desde sempre. Daí eu aconselhar a leitura deste livro às pessoas dadas a estas preocupações e curiosidades filosóficas e físicas (mas fundamentalmente às pessoas que tenham conhecimento da Teoria da Relatividade Geral e da Teoria da Relatividade Restrita de Einstein; bem como de rudimentos de Mecânica Quântica e Cosmologia ― de outro modo o livro será um texto um tanto ou quanto estéril porque especializado; mas nunca incompreensível, pelo que outros tipos de leitores encontrarão nele algo de interessante sobre que pensar).

PARABÉNS HENRIQUE SOUSA!

Email do autor: sousa.henrique@facebook.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

UM PRINCÍPIO TRÁGICO ― IGNORAR A HISTÓRIA

Há uma enorme caterva de gente da política que ignora completamente a História de Portugal e julga que se pode viver e ― mais que isso ― julga que pode dispensar-se desse conhecimento histórico para legislar ou governar o país.

O ‘plantel’ do actual governo(?) é um caso paradigmático disso: desconhece por inteiro o que foi e porque aconteceu a Patuleia; não sabe quem foi Maria da Fonte e acredita piamente nos falsos “brandos costumes” deste povo.

E com isso, vai lixar esta merda toda.

«O paciente resistirá até ao momento oportuno, mas depois a alegria brotará para ele.»
["Eclesiastes 1,23"]