Um artigo interessantíssimo de JOSÉ MARÍA RIDAO, no El Pais, ajuda-nos a perceber a crise monetária actual, as ‘forças’ que a condicionam, as tensões que a rodeiam, e traz-nos algumas perspectivas sobre a sua imprevisível evolução. Trata-se de uma lição em uma aula que tem o condão de sintetizar ao máximo tudo o que de mais importante existe à volta da crise monetária mundial em que estamos todos mergulhados ― países, famílias, pessoas, povo, mundo ― e da qual não há uma saída claramente previsível.
Da leitura desse artigo concluí que a ideia mais forte de que os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) tomarão em suas mãos a condução da economia mundial, se parece hoje a ideia mais admissível, fica contudo um pouco condicionada àquilo que, de um momento para o outro, pode fazer o país mais poderoso do mundo: os Estados Unidos.
É que é bom lembrar que o poderio dos Estados Unidos ― cujos mantêm a liderança mundial no domínio da ciência, das tecnologias de ponta, das comunicações globais, das reservas energéticas e de minerais estratégicos (sob sua posse ou domínio), e no aspecto militar e do volume e sofisticação de armas nucleares ―, esse poderio, dizia eu, só se enfraqueceu no que respeita ao aspecto económico por via da sua gigantesca dívida externa. Mas ― paradoxalmente ― se por este lado enfraqueceu, por lado paralelo, isto é, em função dessa mesma dívida, os Estados Unidos adquiriram enorme poder (outro) ao transformarem-se no maior devedor do planeta. É que o maior devedor do planeta tem a força incomensurável de fazer tremer e de pôr em sentido os seus credores ― “Se não vos pagar, ficareis positivamente arruinados!...”.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Isto não é tão simples como papagueiam os economistas, dando-se ares de sábios, quais charlatães que pululam na Imprensa e nas televisões. Estes indivíduos percebem tanto da coisa como eu percebo da composição e confecção do folar de Chaves.
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