Porque hoje é a noite de S. Silvestre, volta a emblemática composição musical de Luís Morais, Boas Festas, ao topo do blogue.
Que a noite seja de arromba; se regresse a casa de manhã e de gatas tresandando a perfume, champanhe e o mais que é bom.
«Ela estava parada, esperando, enquanto o homem, marido, irmão, parecido a ela, buscava nos bolsos por miúdos. Espécie de casaco estilizado com aquela gola enrolada, quente para um dia como este, parece como se de pano de cobertor. Postura desenvolta a dela com as mãos naqueles bolsos externos. Como aquela criatura arrogante na partida de pólo. Mulheres, todas são pela posição, até que se toque no ponto. É bom e faz bem. Reserva a ponto de virar entrega. A honrada senhora e o Brutus é um honrado homem. Possuí-la uma vez é quebrar-lhe e rigidez.»
Depois de duas décadas sem ir ver futebol ao vivo, ontem lá aceitei um amável convite de um amigo para um camarote VIP em Alvalade e lá fui ver o Sporting Académica.
Um muitíssimo obrigado à Grande Loja que nos permitiu, passados uns dois ou mesmo três anos, recuperar a convivência com Sena Santos, talvez o maior jornalista de rádio que escutámos até hoje.
Engolido o vinho irradiante lhe cruzava o céu-da-boca. Espremido nos lagares de uva da Borgonha. É o calor do sol. Parece um toque secreto contando-me recordações. Tocados seus sentidos humedecidos relembravam. Escondidos sob os fetais silvestres de Wowth. Debaixo de nós a baía dormente céu. Nenhum som. O céu. A baía púrpura perto do cabo Leão. Verde por Drumleck. Verde-amarelo rumo a Sutton. Campos submarinos, linhas de um pardo desmaiado por entre a relva, cidades enterradas. Almofadada no meu paletó tinha ela sua cabeleira, fura-orelhas, em sarças de urze minhas mãos sob sua nuca, tu vais me despentear todinha. Oh maravilha!
Da passagem do Sporting por esta edição da Liga dos Campeões ficou apenas na memória aquele remate certeiro de Caneira que deu o único golo do jogo de Alvalade com o Inter de Milão.
Recebi, das mãos de um familiar cioso dessas coisas da genealogia e ancestralidade, um maço de papéis que pretensamente provam que ele e eu somos descendentes de Clóvis, Rei dos Francos, que casou no ano 466 DC com Clotilde de Borgonha, (mais tarde Santa Clotilde de Borgonha), que teve uma filha com o mesmo nome, esta, cuja, terá por sua vez contraído matrimónio, no ano 502 DC, com um tal de Amalric I Balthes, Rei dos Visigodos...