Num artigo publicado no Abrupto, Pacheco Pereira entretém-se a fazer um longo arrazoado preambular e diagnóstico da actual situação económica e social do País, tendo inteira razão na escalpelização do período Guterres da política portuguesa; dos períodos “barrosista” e “santanista” do PSD no Governo; na acção de Manuela Ferreira Leite enquanto Ministra das Finanças de José Barroso; e ainda na acção do actual primeiro-ministro português, José Sócrates.
Bem à portuguesa, todo o historial e o diagnóstico da situação, passada e actual, estão perfeitamente concebidos e expostos.
A páginas tantas da leitura desse texto, a porca começa a torcer o rabo porque vemos que estamos chegando ao fim do mesmo sem vislumbramos ponta de solução alternativa para os problemas elencados e analisados.
Mas é apenas uma ilusão nossa, pois que, o fino analista e comentador de tudo; aquele que tem sempre a preocupação de fazer autocitações como tendo “previsto” tudo no passado (apenas porque desconfiara que o que analisara viria a dar para o torto), lá mais para o final do texto aparece com uma receita milagrosa que não explica minimamente o que é que seja sem ser uma selva económica onde a incompetente classe empresarial portuguesa, tomando inteiramente nas suas predadoras mãos os destinos do erário público, “governará” os dinheiros dos nossos impostos a seu bel-prazer.
Diz-nos então Pacheco Pereira (destaques da minha responsabilidade):
«A reconfiguração do modelo do nosso Estado devia apenas garantir uma protecção social mínima para quem realmente a exige, limitar a esse mínimo de solidariedade social básica o carácter distributivo dos impostos, assim libertando para cada um a gestão da parte da sua "segurança" que está para além do mínimo garantido e para a economia recursos de que o Estado tem vindo a apropriar-se numa espiral cada vez maior.»
O que, no meu entender, significaria: puta que pariu para os mais pobres.
sexta-feira, 30 de junho de 2006
terça-feira, 27 de junho de 2006
UMA BOSTA DE MUNDIAL
Vê-se claramente que o interesse da FIFA é que a Alemanha e o Brasil disputem a final da copa do mundo de futebol.
Pelo meio, e enquanto não chega esse dia, as arbitragens vão cometendo indisfarçáveis pulhices no julgamento de lances capitais para o desfecho das partidas permitindo que as selecções mais mediáticas (aquelas que garantem mais negócios) passem à fase seguinte.
Ontem a Itália eliminou a Austrália com uma grande penalidade fantasma marcada pelo árbitro no último minuto da partida.
Hoje, quando o Brasil estava mesmo na mó de baixo, subjugado pelos fantásticos pretos do Gana, viu ser-lhe validado um segundo golo marcado em nítida posição de fora de jogo.
É com atitudes dessas que se remexe a porcaria de que é feita a fedorenta BOSTA deste campeonato do mundo.
Juro que este é o último mundial que eu vejo.
A partir do seu final juntar-me-ei ao clube “antifutebolândia” do Pacheco Pereira.
Quantos livros bons se deixa de ler (ou reler) para assistir a esta BOSTA?
Francamente!
Pelo meio, e enquanto não chega esse dia, as arbitragens vão cometendo indisfarçáveis pulhices no julgamento de lances capitais para o desfecho das partidas permitindo que as selecções mais mediáticas (aquelas que garantem mais negócios) passem à fase seguinte.
Ontem a Itália eliminou a Austrália com uma grande penalidade fantasma marcada pelo árbitro no último minuto da partida.
Hoje, quando o Brasil estava mesmo na mó de baixo, subjugado pelos fantásticos pretos do Gana, viu ser-lhe validado um segundo golo marcado em nítida posição de fora de jogo.
É com atitudes dessas que se remexe a porcaria de que é feita a fedorenta BOSTA deste campeonato do mundo.
Juro que este é o último mundial que eu vejo.
A partir do seu final juntar-me-ei ao clube “antifutebolândia” do Pacheco Pereira.
Quantos livros bons se deixa de ler (ou reler) para assistir a esta BOSTA?
Francamente!
domingo, 25 de junho de 2006
NINGUÉM BRINCA COM O CÉU
NEM OS MATEMÁTICOS
A protestante Holanda só podia mesmo baquear perante a inabalável fé do católico Portugal.
Eu logo vi que aquela potente e sofisticada antena de telecomunicação, em forma de cruz, encimando aquela enorme coroa(*) de bronze que a imagem da Senhora do Caravagio trazia na cabeça, escondendo um potente rádio emissor, constituía sinal mais que evidente de que os holandeses estavam arrumados à partida.
As ondas hertzianas da celestial Senhora fritaram por certo de tal maneira a mioleira dos holandeses que estes ficaram desorientados perante um Portugal privilegiado que acreditou desde o princípio na acção que as divindades não deixariam de exercer no jogo; mas a deficiente tecnologia celestial fez com que também os portugueses (e o próprio árbitro - meu Deus!) sentissem os seus miolos escaldados - mas pela exuberância da fritura da vizinha mioleira holandesa.
Quando vejo milagres destes pergunto quase sempre: porque será que os deuses e os santos agem sempre pela negativa? É que em vez de desorientar os holandeses e, por tabela, abalar os portugueses e o próprio árbitro, obrigando com isso os espectadores a assistir a um jogo de pancadaria, recheado de faltas e expulsões, poderiam antes transformar temporariamente os portugueses em super-homens oferecendo-nos por esta via uma inolvidável partida de futebol!
Rais parta a Senhora!
Mas, de qualquer forma... obrigado, Senhora do Caravagio.
(*) Pela evidente desproporção entre a Senhora e sua carga, via-se logo que ali havia marosca: o rádio escondido era tão grande que antes se diria: - aquilo não é uma santa com uma coroa na cabeça; aquilo é uma coroa com uma santa por baixo.
A protestante Holanda só podia mesmo baquear perante a inabalável fé do católico Portugal.
Eu logo vi que aquela potente e sofisticada antena de telecomunicação, em forma de cruz, encimando aquela enorme coroa(*) de bronze que a imagem da Senhora do Caravagio trazia na cabeça, escondendo um potente rádio emissor, constituía sinal mais que evidente de que os holandeses estavam arrumados à partida.
As ondas hertzianas da celestial Senhora fritaram por certo de tal maneira a mioleira dos holandeses que estes ficaram desorientados perante um Portugal privilegiado que acreditou desde o princípio na acção que as divindades não deixariam de exercer no jogo; mas a deficiente tecnologia celestial fez com que também os portugueses (e o próprio árbitro - meu Deus!) sentissem os seus miolos escaldados - mas pela exuberância da fritura da vizinha mioleira holandesa.
Quando vejo milagres destes pergunto quase sempre: porque será que os deuses e os santos agem sempre pela negativa? É que em vez de desorientar os holandeses e, por tabela, abalar os portugueses e o próprio árbitro, obrigando com isso os espectadores a assistir a um jogo de pancadaria, recheado de faltas e expulsões, poderiam antes transformar temporariamente os portugueses em super-homens oferecendo-nos por esta via uma inolvidável partida de futebol!
Rais parta a Senhora!
Mas, de qualquer forma... obrigado, Senhora do Caravagio.
(*) Pela evidente desproporção entre a Senhora e sua carga, via-se logo que ali havia marosca: o rádio escondido era tão grande que antes se diria: - aquilo não é uma santa com uma coroa na cabeça; aquilo é uma coroa com uma santa por baixo.
A FÉ CONTRA A MATEMÁTICA
Hoje, antes do Portugal Holanda, verifica-se a existência de duas posições curiosas, muito significativas a meu ver.
Por um lado temos Portugal:
Onde impera a fé numa provável vitória logo à noite sobre a Holanda; fé baseada na infalível máxima “não há duas sem três”, não há cinco sem seis, e por aí fora. É que de 9 jogos entre as duas selecções, Portugal ganhou 5, empatou 3, e perdeu apenas 1. Para quem tem fé, claro que isto só pode prenunciar mais uma vitória. Tanto mais que as Senhoras do Caravagio e de Fátima, como se sabe, foram arregimentadas para a peleja.
Do lado holandês:
Fazem-se contas de cabeça e diz-se: se de 9 jogos entre as duas selecções, a Holanda perdeu 5, empatou 3, e ganhou apenas 1 – então, pela lei das probabilidades, é a Holanda que tem as maiores probabilidades de ganhar o décimo jogo de logo à noite.
E nós aqui estaremos logo mais para ver quem tem mais força: se Nossa (salvo seja) Senhora do Caravagio, se o matemático e geómetra holandês, Christian Hygens.
Christian Hygens deu, em 1657, um grande impulso ao desenvolvimento da Probabilidade com a publicação do primeiro tratado formal sobre probabilidades. A esse estudo deve-se o conceito de esperança matemática de grande relevância para o Cálculo de Probabilidades e Estatística.
Mas… atendendo a que, no século XVI, o matemático e jogador italiano, Jerónimo Cardano (1501-1576), decidiu estudar as probabilidades de ganhar em vários jogos de azar, sendo assim o primeiro, o iniciador da teoria das probabilidades, ao escrever um argumento teórico para calcular probabilidades (resumido daqui) talvez tenhamos que telefonar ao seleccionador italiano pedindo-lhe que confirme ou desminta a teoria dos holandeses.
Será que uma divindade ou duas podem baralhar essas contas todas e dar a Portugal mais um argumento inequívoco de que o Império da Fé é mais importante do que o simples e humano poder da Matemática?
Porque não? Não foi assim com Nuno Álvares Pereira em Aljubarrota? Não foi assim que o Comunismo Científico de Marx foi derrotado pelo Ocidente católico e crente no segredo de Fátima?
Então:
Tenhais fé, ó crentes do rectângulo luso! Logo mais o Sol dançará segunda vez nos céus e prenunciará a vitória de Portugal.
Por um lado temos Portugal:
Onde impera a fé numa provável vitória logo à noite sobre a Holanda; fé baseada na infalível máxima “não há duas sem três”, não há cinco sem seis, e por aí fora. É que de 9 jogos entre as duas selecções, Portugal ganhou 5, empatou 3, e perdeu apenas 1. Para quem tem fé, claro que isto só pode prenunciar mais uma vitória. Tanto mais que as Senhoras do Caravagio e de Fátima, como se sabe, foram arregimentadas para a peleja.
Do lado holandês:
Fazem-se contas de cabeça e diz-se: se de 9 jogos entre as duas selecções, a Holanda perdeu 5, empatou 3, e ganhou apenas 1 – então, pela lei das probabilidades, é a Holanda que tem as maiores probabilidades de ganhar o décimo jogo de logo à noite.
E nós aqui estaremos logo mais para ver quem tem mais força: se Nossa (salvo seja) Senhora do Caravagio, se o matemático e geómetra holandês, Christian Hygens.
Christian Hygens deu, em 1657, um grande impulso ao desenvolvimento da Probabilidade com a publicação do primeiro tratado formal sobre probabilidades. A esse estudo deve-se o conceito de esperança matemática de grande relevância para o Cálculo de Probabilidades e Estatística.
Mas… atendendo a que, no século XVI, o matemático e jogador italiano, Jerónimo Cardano (1501-1576), decidiu estudar as probabilidades de ganhar em vários jogos de azar, sendo assim o primeiro, o iniciador da teoria das probabilidades, ao escrever um argumento teórico para calcular probabilidades (resumido daqui) talvez tenhamos que telefonar ao seleccionador italiano pedindo-lhe que confirme ou desminta a teoria dos holandeses.
Será que uma divindade ou duas podem baralhar essas contas todas e dar a Portugal mais um argumento inequívoco de que o Império da Fé é mais importante do que o simples e humano poder da Matemática?
Porque não? Não foi assim com Nuno Álvares Pereira em Aljubarrota? Não foi assim que o Comunismo Científico de Marx foi derrotado pelo Ocidente católico e crente no segredo de Fátima?
Então:
Tenhais fé, ó crentes do rectângulo luso! Logo mais o Sol dançará segunda vez nos céus e prenunciará a vitória de Portugal.
sexta-feira, 23 de junho de 2006
A PROVA FINAL
A Presidência da República de Timor distribuiu a seguinte tradução de uma mensagem que Xanana Gusmão terá dirigido «ao povo e aos membros da FRETILIN».
Trata-se um discurso atabalhoado, idiota e incendiário.
É um discurso inadmissível num Presidente de qualquer República.
Perante este discurso, Nino Vieira, Kumba Ialá e outros que tais, são autênticos Chefes de Estado merecedores de todos os encómios, admiração e respeito.
Com este discurso, Xaxana Gusmão acaba de provar à saciedade que é um oportunista, um vaidoso, um indivíduo mal preparado para qualquer cargo sério de chefia, mesmo que intermédia, quanto mais para o cargo de Chefe de Estado.
O desplante, a insensatez, o oportunismo, o golpismo, a falta de sentido de Estado - tudo isso junto - está revelado, nua e cruamente, nesta parte do discurso em que Xanana diz:
«Por isso mesmo, enquanto Presidente da República, não aceito o resultado do Congresso [da FRETILIN] do dia 17 – 19 de Maio passado, exijo à Comissão Política Nacional da Fretilin, a imediatamente organizar um Congresso Extraordinário para eleger, de acordo com a Lei no. 3/2004, sobre os Partidos Políticos, uma Direcção nova do Partido.»
Mas onde é que já se viu um Presidente da República intervir tão descaradamente na vida de um partido político, chegando ao ponto de «exigir uma direcção nova do partido» que – para cúmulo dos cúmulos - há pouco mais de um mês acabara de eleger os seus órgão dirigentes em congresso!?
Eu, a partir de hoje, quero dizer daqui ao senhor Xanana, que da ajuda que o Governo Português lhe presta há uma parte que está a mais e que eu agradecia que devolvesse a Portugal: trata-se da parte que corresponde aos meus impostos pagos aqui em Portugal.
E declaro solenemente que não autorizo o Governo Português a utilizar o dinheiro correspondente aos meus impostos para ajudar o pavão conspirador de Timor.
Tenho dito.
Nota:
Xanana não é o primeiro caso em que o silêncio de uma pessoa é interpretado como prova de sabedoria e bom senso. O silêncio de que Xanana era fonte, como se prova agora, era o silêncio de quem não sabia bem o que dizer; de quem não tinha ideias e não tinha mesmo nada para dizer. Aliás, aquele seu hábito de falar muito lentamente à procura das palavras, já chamara a atenção de que aquela cabeça deveria estar vazia. E ESTAVA.
Sobre as atitudes do senhor Xanana, o “Blasfémias” tem esta posta com a qual concordo integralmente.
Trata-se um discurso atabalhoado, idiota e incendiário.
É um discurso inadmissível num Presidente de qualquer República.
Perante este discurso, Nino Vieira, Kumba Ialá e outros que tais, são autênticos Chefes de Estado merecedores de todos os encómios, admiração e respeito.
Com este discurso, Xaxana Gusmão acaba de provar à saciedade que é um oportunista, um vaidoso, um indivíduo mal preparado para qualquer cargo sério de chefia, mesmo que intermédia, quanto mais para o cargo de Chefe de Estado.
O desplante, a insensatez, o oportunismo, o golpismo, a falta de sentido de Estado - tudo isso junto - está revelado, nua e cruamente, nesta parte do discurso em que Xanana diz:
«Por isso mesmo, enquanto Presidente da República, não aceito o resultado do Congresso [da FRETILIN] do dia 17 – 19 de Maio passado, exijo à Comissão Política Nacional da Fretilin, a imediatamente organizar um Congresso Extraordinário para eleger, de acordo com a Lei no. 3/2004, sobre os Partidos Políticos, uma Direcção nova do Partido.»
Mas onde é que já se viu um Presidente da República intervir tão descaradamente na vida de um partido político, chegando ao ponto de «exigir uma direcção nova do partido» que – para cúmulo dos cúmulos - há pouco mais de um mês acabara de eleger os seus órgão dirigentes em congresso!?
Eu, a partir de hoje, quero dizer daqui ao senhor Xanana, que da ajuda que o Governo Português lhe presta há uma parte que está a mais e que eu agradecia que devolvesse a Portugal: trata-se da parte que corresponde aos meus impostos pagos aqui em Portugal.
E declaro solenemente que não autorizo o Governo Português a utilizar o dinheiro correspondente aos meus impostos para ajudar o pavão conspirador de Timor.
Tenho dito.
Nota:
Xanana não é o primeiro caso em que o silêncio de uma pessoa é interpretado como prova de sabedoria e bom senso. O silêncio de que Xanana era fonte, como se prova agora, era o silêncio de quem não sabia bem o que dizer; de quem não tinha ideias e não tinha mesmo nada para dizer. Aliás, aquele seu hábito de falar muito lentamente à procura das palavras, já chamara a atenção de que aquela cabeça deveria estar vazia. E ESTAVA.
Sobre as atitudes do senhor Xanana, o “Blasfémias” tem esta posta com a qual concordo integralmente.
quinta-feira, 22 de junho de 2006
ESTÁ TUDO EXPLICADO
Um lento mental associado a um Prémio Nobel do cinismo e da duplicidade, baseando-se numa afirmação de um jornal australiano, está em vias de efectivar um golpe de Estado em Timor.
Algum tempo depois de o primeiro-ministro australiano, John Howard, ter declarado que o Governo timorense estava a governar mal o país, Xanana Gusmão terá tomado a posição de exigir a demissão do primeiro-ministro eleito, Mari Alkatiri, baseando-se numa notícia de um jornal australiano que implicava o primeiro-ministro timorense na distribuição de armas a uma milícia apelidada (também pelos australianos) de “Esquadrão da Morte” e que teria como “missão” liquidar figuras políticas de oposição ao Governo. A milícia seria pretensamente criada e equipada por um ex-ministro de Alkatiri, Rogério Lobato.
Esse mesmo governo timorense terá deixado de “governar bem”, no dia em que decidiu atribuir a exploração do petróleo do mar de Timor a uma empresa italiana, em desfavor de empresas australianas. Até essa data Alkatiri merecera elogios sonoros por parte do senhor John Howard.
Quer dizer: foi uma notícia de jornal que fez agir Xanana.
Bastou a palavra escrita de um jornal australiano para o senhor Xanana acreditar que tudo o que foi escrito nesse jornal era verdade. Não foi preciso nenhuma diligência ou investigação para apuramento da verdade. O senhor Presidente Xanana não espera por inquéritos e averiguações levadas a cabo por instituições competentes do Estado timorense e por organismos internacionais credíveis. Basta-lhe a notícia de um jornal da terra de onde sua mulher (dele, Xanana) é natural para desatar a pedir a demissão de um Primeiro-ministro.
Isto, se não é uma brincadeira, é no mínimo ridículo.
Aqui de longe e com nenhuma ligação, sequer afectiva, (era só o que faltava) a Timor; sem qualquer simpatia pessoal ou política por Alkatiri, não posso deixar de me lembrar do que me dissera certa vez um antigo capitão do exército português que fizera naquele território várias missões na época colonial:
«Meu amigo, aquela gente é falsa; de uma falsidade que raia o nível de quem luta pela sobrevivência. Não conhecem sequer a mão de quem os alimenta. Se assistissem a um jogo de futebol, bateriam sempre palmas a quem estivesse a ganhar; e se a posição do vencedor mudasse trinta vezes durante o jogo, trinta vezes eles mudariam o sentido do seu apoio.»
Algum tempo depois de o primeiro-ministro australiano, John Howard, ter declarado que o Governo timorense estava a governar mal o país, Xanana Gusmão terá tomado a posição de exigir a demissão do primeiro-ministro eleito, Mari Alkatiri, baseando-se numa notícia de um jornal australiano que implicava o primeiro-ministro timorense na distribuição de armas a uma milícia apelidada (também pelos australianos) de “Esquadrão da Morte” e que teria como “missão” liquidar figuras políticas de oposição ao Governo. A milícia seria pretensamente criada e equipada por um ex-ministro de Alkatiri, Rogério Lobato.
Esse mesmo governo timorense terá deixado de “governar bem”, no dia em que decidiu atribuir a exploração do petróleo do mar de Timor a uma empresa italiana, em desfavor de empresas australianas. Até essa data Alkatiri merecera elogios sonoros por parte do senhor John Howard.
Quer dizer: foi uma notícia de jornal que fez agir Xanana.
Bastou a palavra escrita de um jornal australiano para o senhor Xanana acreditar que tudo o que foi escrito nesse jornal era verdade. Não foi preciso nenhuma diligência ou investigação para apuramento da verdade. O senhor Presidente Xanana não espera por inquéritos e averiguações levadas a cabo por instituições competentes do Estado timorense e por organismos internacionais credíveis. Basta-lhe a notícia de um jornal da terra de onde sua mulher (dele, Xanana) é natural para desatar a pedir a demissão de um Primeiro-ministro.
Isto, se não é uma brincadeira, é no mínimo ridículo.
Aqui de longe e com nenhuma ligação, sequer afectiva, (era só o que faltava) a Timor; sem qualquer simpatia pessoal ou política por Alkatiri, não posso deixar de me lembrar do que me dissera certa vez um antigo capitão do exército português que fizera naquele território várias missões na época colonial:
«Meu amigo, aquela gente é falsa; de uma falsidade que raia o nível de quem luta pela sobrevivência. Não conhecem sequer a mão de quem os alimenta. Se assistissem a um jogo de futebol, bateriam sempre palmas a quem estivesse a ganhar; e se a posição do vencedor mudasse trinta vezes durante o jogo, trinta vezes eles mudariam o sentido do seu apoio.»
domingo, 18 de junho de 2006
GOSTEI DE LER
[TAMBÉM ISTO É POESIA]
«Hordas de pretos»
«Vagas e vagas de pretos das tribos Gana e Gwi avançaram contra a fortaleza checa. Repito: mesmo a ganhar avançavam sete ou oito pretos à vez. Hordas de pretos a jogarem ao muda aos cinco acaba aos dez. E ficaram chateados com o apito final: queriam estar ali toda a noite. Pretos e mais pretos. Lindos.»
In Mau Tempo no Canil
«Hordas de pretos»
«Vagas e vagas de pretos das tribos Gana e Gwi avançaram contra a fortaleza checa. Repito: mesmo a ganhar avançavam sete ou oito pretos à vez. Hordas de pretos a jogarem ao muda aos cinco acaba aos dez. E ficaram chateados com o apito final: queriam estar ali toda a noite. Pretos e mais pretos. Lindos.»
In Mau Tempo no Canil
BOM DIA
OFRENDA
¡Oh cómo florece mi cuerpo, desde cada vena
con más aroma, desde que te conozco!
Mira, ando más esbelto y más derecho,
y tú tan sólo esperas...¿pero quién eres tú?
Mira: yo siento cómo distancio,
cómo pierdo lo antiguo, hoja tras hoja.
Sólo tu sonrisa permanece
como muchas estrellas sobre ti,
y pronto también sobre mí.
A todo aquello que a través de mi infancia
sin nombre aún refulge, como el agua,
le voy a dar tu nombre en el altar
que está encendido de tu pelo
y rodeado, leve, de tus pechos.
RAINER MARÍA RILKE
Austria, Praga (1875-1926)
¡Oh cómo florece mi cuerpo, desde cada vena
con más aroma, desde que te conozco!
Mira, ando más esbelto y más derecho,
y tú tan sólo esperas...¿pero quién eres tú?
Mira: yo siento cómo distancio,
cómo pierdo lo antiguo, hoja tras hoja.
Sólo tu sonrisa permanece
como muchas estrellas sobre ti,
y pronto también sobre mí.
A todo aquello que a través de mi infancia
sin nombre aún refulge, como el agua,
le voy a dar tu nombre en el altar
que está encendido de tu pelo
y rodeado, leve, de tus pechos.
RAINER MARÍA RILKE
Austria, Praga (1875-1926)
sábado, 17 de junho de 2006
A «PRETO» E «BRANCO»
Minha cara Maria do Amparo, e meus caros, João Vicêncio, Mário Ventura e Ubaldo Mendes:
Eu, quando escrevo «branco», não quero dizer que é branco. Pois também quando escrevo «preto», não estou a querer dizer que é preto.
Explicando melhor: quando escrevo «branco», quero dizer que não é «preto»; e quando escrevo «preto», quero dizer que não é «branco».
Só isso.
Eu, quando escrevo «branco», não quero dizer que é branco. Pois também quando escrevo «preto», não estou a querer dizer que é preto.
Explicando melhor: quando escrevo «branco», quero dizer que não é «preto»; e quando escrevo «preto», quero dizer que não é «branco».
Só isso.
quinta-feira, 15 de junho de 2006
CRIMES EM ANGOLA
Sou dono de uma mente fantasista e maldosa que insiste em pregar-me as piores partidas. Por isso sofro, sofro muito.
Quando adormeço ou apenas cochilo cabeceando de sono, costuma aparecer-me um velho funcionário administrativo que me conta histórias de Angola, do tempo do colonialismo (décadas de cinquenta e sessenta) com a maior desfaçatez e não menor inconsciência dos crimes que relata. É um indivíduo que se pretende íntegro, senhor de boa conduta moral e crítico acérrimo da dissolução dos bons velhos costumes portugueses desta sua amada pátria, Portugal.
Costuma contar-me essas histórias na presença de outros ex-administrativos que estiveram ao mesmo tempo em Angola, os quais nunca o desmentem e dos quais algumas vezes se socorre para lhe avalizarem partes ou o todo de algum relato.
Já perdi a conta aos crimes e atrocidades por ele relatados ao longo do último lustro. Há cerca de vinte anos que me aparece nesses momentos de fuga à realidade, mas só nestes últimos cinco anos é que esse patriota (como às vezes se auto-intitula) resolveu desatar a língua e deixar sair os relatos do horror que lhe vai na memória: rapto de pessoas, amputações, violações e sodomização de menores, assassinatos gratuitos; tudo isso é relatado como se fosse uma prática habitual e normal de um certo período colonial, com exacerbação «no tempo do terrorismo», como ele soe precisar.
Ontem foram duas as revelações que me fez enquanto eu pegava não pegava no meu sono da tarde. Primeira revelação: havia na barragem de Cambambe um motorista branco que quando bebia uns copos começava a olhar para os pretos mais salientes que estivessem por perto. E se calhasse, por exemplo, encontrar um que usasse uma barbicha, começava a meter-se “amigavelmente” com ele até lhe ganhar a confiança, e, como fazia quase sempre, afagando-lhe a barbicha lhe dizia: – sabes, pareces o Lumumba. Vem daí dar uma volta, vamos para o jipe dar um passeio –. E partia com o preto a quem alguns quilómetros depois enfiava um balázio na nuca. – «Desfez-se de dezenas deles» – garante o administrativo perturbando o meu descanso.
Segunda revelação: um dia, numa localidade qualquer do interior, a autoridade administrativa formou um pequeno grupo que fez uma matança de 114 pessoas. Abriram uma vala enorme onde amontoaram os corpos que, contudo, mal couberam na vala comum ficando algumas pernas e braços de fora. Como já se fazia tarde e aquela malta estava cansada, o heróico e valente administrativo concluiu o “trabalho” munido de uma catana com a qual decepou e capinou os braços e pernas que se mantinham desenterrados.
Estes são pequeníssimos exemplos das histórias macabras que esse personagem me traz nos pesadelos que me acometem quando tento conciliar o sono, ou quando o desvario de minha mente malsã resolve afogar-me em cenas de horror. Muito tenho sofrido ao longo dos últimos cinco anos com as histórias que esse personagem do além, que povoa o meu sono e me tira a paz que eu busco quando estou cansado, insistentemente faz questão de me contar. Se trago hoje aqui estas histórias, é porque já não aguento mais sozinho a tortura que os relatos desses crimes assustadores me tem causado a ponto de eu me sentir enlouquecer.
Peço desculpas por trazer-vos estes relatos, mas foi o meu psicanalista que assim me aconselhou: – «deves falar disso a toda a gente, e se tens um blogue então ainda melhor: basta escreveres isso uma vez» –.
Foi o que fiz.
Quando adormeço ou apenas cochilo cabeceando de sono, costuma aparecer-me um velho funcionário administrativo que me conta histórias de Angola, do tempo do colonialismo (décadas de cinquenta e sessenta) com a maior desfaçatez e não menor inconsciência dos crimes que relata. É um indivíduo que se pretende íntegro, senhor de boa conduta moral e crítico acérrimo da dissolução dos bons velhos costumes portugueses desta sua amada pátria, Portugal.
Costuma contar-me essas histórias na presença de outros ex-administrativos que estiveram ao mesmo tempo em Angola, os quais nunca o desmentem e dos quais algumas vezes se socorre para lhe avalizarem partes ou o todo de algum relato.
Já perdi a conta aos crimes e atrocidades por ele relatados ao longo do último lustro. Há cerca de vinte anos que me aparece nesses momentos de fuga à realidade, mas só nestes últimos cinco anos é que esse patriota (como às vezes se auto-intitula) resolveu desatar a língua e deixar sair os relatos do horror que lhe vai na memória: rapto de pessoas, amputações, violações e sodomização de menores, assassinatos gratuitos; tudo isso é relatado como se fosse uma prática habitual e normal de um certo período colonial, com exacerbação «no tempo do terrorismo», como ele soe precisar.
Ontem foram duas as revelações que me fez enquanto eu pegava não pegava no meu sono da tarde. Primeira revelação: havia na barragem de Cambambe um motorista branco que quando bebia uns copos começava a olhar para os pretos mais salientes que estivessem por perto. E se calhasse, por exemplo, encontrar um que usasse uma barbicha, começava a meter-se “amigavelmente” com ele até lhe ganhar a confiança, e, como fazia quase sempre, afagando-lhe a barbicha lhe dizia: – sabes, pareces o Lumumba. Vem daí dar uma volta, vamos para o jipe dar um passeio –. E partia com o preto a quem alguns quilómetros depois enfiava um balázio na nuca. – «Desfez-se de dezenas deles» – garante o administrativo perturbando o meu descanso.
Segunda revelação: um dia, numa localidade qualquer do interior, a autoridade administrativa formou um pequeno grupo que fez uma matança de 114 pessoas. Abriram uma vala enorme onde amontoaram os corpos que, contudo, mal couberam na vala comum ficando algumas pernas e braços de fora. Como já se fazia tarde e aquela malta estava cansada, o heróico e valente administrativo concluiu o “trabalho” munido de uma catana com a qual decepou e capinou os braços e pernas que se mantinham desenterrados.
Estes são pequeníssimos exemplos das histórias macabras que esse personagem me traz nos pesadelos que me acometem quando tento conciliar o sono, ou quando o desvario de minha mente malsã resolve afogar-me em cenas de horror. Muito tenho sofrido ao longo dos últimos cinco anos com as histórias que esse personagem do além, que povoa o meu sono e me tira a paz que eu busco quando estou cansado, insistentemente faz questão de me contar. Se trago hoje aqui estas histórias, é porque já não aguento mais sozinho a tortura que os relatos desses crimes assustadores me tem causado a ponto de eu me sentir enlouquecer.
Peço desculpas por trazer-vos estes relatos, mas foi o meu psicanalista que assim me aconselhou: – «deves falar disso a toda a gente, e se tens um blogue então ainda melhor: basta escreveres isso uma vez» –.
Foi o que fiz.
ADEUS CAREIRA PT
Há um mês comprei uma pequena caixinha, o PAP2 da Linksys, activei um contrato com a empresa Netcall e passei assim a usufruir de:
1) SMS gratuitos e sem limite para telemóveis de todo o mundo;
2) Telefonemas gratuitos para utilizadores da rede Netcall;
3) Telefonemas para números fixos e telemóveis dos Estados Unidos ao custo de €0,017 (atenção: não é 17 cêntimos, é um cêntimo vírgula sete), isto é: 4$00 antigos por minuto de conversação (pela PT paga 60$00 ao minuto, isto é, 15 vezes mais);Telefonemas a preços muito mais baixos do que os da PT para qualquer destino no globo terrestre. Exemplo: MACAU € 0,042, isto é, 8$50 antigos (pela PT paga 30 vezes mais, isto é €1,258);
4) Recepção e emissão de Fax aos custos acima referidos;
5) Não pagamento de qualquer taxa ou aluguer de equipamento;
6) Não obrigatoriedade de consumo mínimo: faz-se o “carregamento” da conta quando e na importância que se quiser fazer.
No fundo exerci uma parte, pequenina embora, mas uma parte interessante da minha liberdade de escolha.
As minhas contas dizem-me que vou gastar entre um terço a um quinto do que pagava à PT pelo serviço de telefone fixo. NADA MAU.
Confira as taxas de PT aqui
E confira as da Netcall aqui
Nota: esta posta foi publicada há cinco dias atrás, mas como foi por mim acidentalmente apagada, volta hoje, pelo seu interesse informativo, à publicação.
1) SMS gratuitos e sem limite para telemóveis de todo o mundo;
2) Telefonemas gratuitos para utilizadores da rede Netcall;
3) Telefonemas para números fixos e telemóveis dos Estados Unidos ao custo de €0,017 (atenção: não é 17 cêntimos, é um cêntimo vírgula sete), isto é: 4$00 antigos por minuto de conversação (pela PT paga 60$00 ao minuto, isto é, 15 vezes mais);Telefonemas a preços muito mais baixos do que os da PT para qualquer destino no globo terrestre. Exemplo: MACAU € 0,042, isto é, 8$50 antigos (pela PT paga 30 vezes mais, isto é €1,258);
4) Recepção e emissão de Fax aos custos acima referidos;
5) Não pagamento de qualquer taxa ou aluguer de equipamento;
6) Não obrigatoriedade de consumo mínimo: faz-se o “carregamento” da conta quando e na importância que se quiser fazer.
No fundo exerci uma parte, pequenina embora, mas uma parte interessante da minha liberdade de escolha.
As minhas contas dizem-me que vou gastar entre um terço a um quinto do que pagava à PT pelo serviço de telefone fixo. NADA MAU.
Confira as taxas de PT aqui
E confira as da Netcall aqui
Nota: esta posta foi publicada há cinco dias atrás, mas como foi por mim acidentalmente apagada, volta hoje, pelo seu interesse informativo, à publicação.
terça-feira, 13 de junho de 2006
REGISTO XENÓFILO
VAI COMEÇAR AGORA O FRANÇA SUIÇA
Para que fique registado:
A selecção francesa vai começar o jogo com sete pretos e um argelino (Zinedine Zidane).
Lembro que cada equipa só tem onze jogadores.
Para que fique registado:
A selecção francesa vai começar o jogo com sete pretos e um argelino (Zinedine Zidane).
Lembro que cada equipa só tem onze jogadores.
segunda-feira, 12 de junho de 2006
ÓDIO COM ÓDIO SE PAGA
COM ÓDIO SE PAGA,
Com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga. . . . . . . . . . . .
Eis exposta a capa obscena e terrorista da edição de 9 deste mês do jornal americano New York Post.
Depois queixem-se da desumanidade do terrorismo árabe!
Com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga, com ódio se paga. . . . . . . . . . . .
Eis exposta a capa obscena e terrorista da edição de 9 deste mês do jornal americano New York Post.
Depois queixem-se da desumanidade do terrorismo árabe!
sábado, 10 de junho de 2006
AVISO À NAVEGAÇÃO
Sempre curioso de conhecer as últimas novidades no domínio da informática - mais concretamente no domínio do software e do hardware para o utilizador doméstico - inscrevi-me como beta-tester da querida Microsoft do não menos querido Bill Gates. Nessa condição pude fazer o download da versão Beta 2 do já famoso futuro Windows Vista, a nova plataforma ultramoderna para computadores de secretária.
Instalei ontem o sistema operativo no meu computador e comecei a fazer algumas experiências no sentido de apurar da possibilidade de fazer backup e restore integrais desse sistema num mesmo computador, e a cópia integral ou a migração do sistema para outro computador.
Para o primeiro caso tentei instalar o programa Acronis True Image 9.0.; Resultado: o Windows Vista não me permitiu concluir a instalação do mesmo; e não me deu qualquer explicação pela recusa.
Para o segundo caso instalei o programa PC Relocator. Resultado: estando o programa instalado, quando o tentei usar o Windows Vista "disse-me" que não era conveniente fazê-lo; e não me permitiu o seu uso.
Conclusão mais que óbvia: a Microsoft prepara-se para nos vender um sistema operativo cheio de restrições à nossa salutar tendência de bem piratear em toda a sela.
Mas se esse propósito da Microsoft é bem compreendido por quem só usa software original, já o mesmo não deverá acontecer, mesmo com os utilizadores mais escrupulosos, quanto à impossibilidade que vai haver de quem quer que seja ter uma cópia restaurável do seu ambiente de trabalho; ficando assim o incauto escrupuloso condenado a refazer tudo de novo - desde o princípio - de cada vez que uma desgraça (vírus ou quebras de hardware, por exemplo) o impeça de continuar a utilizar o seu querido PC, dizendo: tão habituado que eu estava a esta máquina! e não é que agora vou ter que começar tudo de novo!...
Conselho de mestre: arreigue-se no uso do seu Windows XP; faça cópias seguras e integrais do disco duro do seu computador; não vá atrás de modas quando vier aí a publicidade ao novo Windows Vista; e fique de plantão para se rir dos incautos que cairão nas mãos do Bill que os vai ter de rédea curta, insatisfeitos e sempre com a carteira aberta.
NA GUINÉ DE NINO
Jornalistas sofrem «Estranhos acidentes» ou morrem de «doença prolongada» que desconheciam ter.
ADEUS CAREIRA PT
Há um mês comprei uma pequena caixinha, o PAP2 da Linksys, activei um contrato com a empresa Netcall e passei assim a usufruir de:
1) SMS gratuitos e sem limite para telemóveis de todo o mundo;
2) Telefonemas gratuitos para utilizadores da rede Netcall;
3) Telefonemas para números fixos e telemóveis dos Estados Unidos ao custo de €0,017, isto é: 4$00 antigos por minuto de conversação. Pela PT paga-se €0,30, isto é, 60$00 antigos (quinze vezes mais caro);
4) Telefonemas a preços muito mais baixos do que os da PT para qualquer destino no globo terrestre. Exemplo: Cabo Verde €0.24, isto é, 50$00 ao minuto. Pela PT são €0,84, isto é, 170$00 ao minuto (maior que três vezes mais); MACAU €0,017, isto é, 4$00 antigos por minuto; pela PT paga-se €1,267, isto é, (setenta e quatro vezes mais);
5) Emissão de Fax aos baixos custos acima referidos;
6) Não pagamento de qualquer taxa ou aluguer de equipamento;
7) Não obrigatoriedade de consumo mínimo: faz-se o “carregamento” da conta quando e na importância que se quiser.
Quer dizer: exercitei uma parte, pequenina embora, mas uma parte interessante da minha liberdade de escolha. E beneficiei com isso.
As minhas contas dizem-me que vou gastar entre um terço a um quinto do que pagava à PT pelo serviço de telefone fixo. Nada mau.
Nota:
Confira as tarifas da PT aqui.
E confira as tarifas da Netcall aqui.
1) SMS gratuitos e sem limite para telemóveis de todo o mundo;
2) Telefonemas gratuitos para utilizadores da rede Netcall;
3) Telefonemas para números fixos e telemóveis dos Estados Unidos ao custo de €0,017, isto é: 4$00 antigos por minuto de conversação. Pela PT paga-se €0,30, isto é, 60$00 antigos (quinze vezes mais caro);
4) Telefonemas a preços muito mais baixos do que os da PT para qualquer destino no globo terrestre. Exemplo: Cabo Verde €0.24, isto é, 50$00 ao minuto. Pela PT são €0,84, isto é, 170$00 ao minuto (maior que três vezes mais); MACAU €0,017, isto é, 4$00 antigos por minuto; pela PT paga-se €1,267, isto é, (setenta e quatro vezes mais);
5) Emissão de Fax aos baixos custos acima referidos;
6) Não pagamento de qualquer taxa ou aluguer de equipamento;
7) Não obrigatoriedade de consumo mínimo: faz-se o “carregamento” da conta quando e na importância que se quiser.
Quer dizer: exercitei uma parte, pequenina embora, mas uma parte interessante da minha liberdade de escolha. E beneficiei com isso.
As minhas contas dizem-me que vou gastar entre um terço a um quinto do que pagava à PT pelo serviço de telefone fixo. Nada mau.
Nota:
Confira as tarifas da PT aqui.
E confira as tarifas da Netcall aqui.
O PUZZLE TIMORENSE
Interessante esta entrevista
de Mari Alkatiri ao Expresso. Em que se percebe, nas entrelinhas, que Xanana Gusmão tem tanto de cordeiro como de lobo. E que há, no Governo, uma rolha boiante (Ramos Horta) no papel de contra-espionagem bilateral – “representa” Xanana e é, ao mesmo tempo, ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Alkatiri -: uma situação complexa que não augura uma solução rápida para os intrincados problemas políticos que Timor vive neste momento.
de Mari Alkatiri ao Expresso. Em que se percebe, nas entrelinhas, que Xanana Gusmão tem tanto de cordeiro como de lobo. E que há, no Governo, uma rolha boiante (Ramos Horta) no papel de contra-espionagem bilateral – “representa” Xanana e é, ao mesmo tempo, ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Alkatiri -: uma situação complexa que não augura uma solução rápida para os intrincados problemas políticos que Timor vive neste momento.
sexta-feira, 9 de junho de 2006
PERGUNTA INDISCRETA
domingo, 4 de junho de 2006
NA FEIRA DO LIVRO
BILHETE POSTAL – 15 de Fevereiro de 2000
Remetente
Luís Pacheco
em viagem para o PARAÍSO
Via TAP
(carimbo de 16/02/2001)
Destinatário
Senhor RAPOSÃO
Livraria UNI-VERSO
Rua do Concelho
2900 Setúbal
5.ª feira, 15/Fev./2001
Caro Colega Editor e Livreiro e Nobre Amigo:
Fugi do Montijo, vai para 1 mês. Apaixonei-me por uma gaiata (21 anos), casada e o corno do marido queria dar-me um TIRO. Vá dar tiros no “buraco” certo que era onde a esposa não tinha o TIROTEIO que desejava (e eu não podia compensar).
Saudades do além-Tejo só do Carlos César(1), que foi à minha frente, para encenar a minha chegada triunfal. Se vires o Bocage, dá-lhe um poema teu.
Abraço
L. Pacheco
(1) Setubalense dedicado ao teatro, já falecido à data desta missiva.
Do livro “Cartas ao Léu”
Autor: Luís Pacheco
Editora: quasi
Remetente
Luís Pacheco
em viagem para o PARAÍSO
Via TAP
(carimbo de 16/02/2001)
Destinatário
Senhor RAPOSÃO
Livraria UNI-VERSO
Rua do Concelho
2900 Setúbal
5.ª feira, 15/Fev./2001
Caro Colega Editor e Livreiro e Nobre Amigo:
Fugi do Montijo, vai para 1 mês. Apaixonei-me por uma gaiata (21 anos), casada e o corno do marido queria dar-me um TIRO. Vá dar tiros no “buraco” certo que era onde a esposa não tinha o TIROTEIO que desejava (e eu não podia compensar).
Saudades do além-Tejo só do Carlos César(1), que foi à minha frente, para encenar a minha chegada triunfal. Se vires o Bocage, dá-lhe um poema teu.
Abraço
L. Pacheco
(1) Setubalense dedicado ao teatro, já falecido à data desta missiva.
Do livro “Cartas ao Léu”
Autor: Luís Pacheco
Editora: quasi
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