sexta-feira, 23 de junho de 2006

A PROVA FINAL

A Presidência da República de Timor distribuiu a seguinte tradução de uma mensagem que Xanana Gusmão terá dirigido «ao povo e aos membros da FRETILIN».

Trata-se um discurso atabalhoado, idiota e incendiário.

É um discurso inadmissível num Presidente de qualquer República.

Perante este discurso, Nino Vieira, Kumba Ialá e outros que tais, são autênticos Chefes de Estado merecedores de todos os encómios, admiração e respeito.

Com este discurso, Xaxana Gusmão acaba de provar à saciedade que é um oportunista, um vaidoso, um indivíduo mal preparado para qualquer cargo sério de chefia, mesmo que intermédia, quanto mais para o cargo de Chefe de Estado.

O desplante, a insensatez, o oportunismo, o golpismo, a falta de sentido de Estado - tudo isso junto - está revelado, nua e cruamente, nesta parte do discurso em que Xanana diz:

«Por isso mesmo, enquanto Presidente da República, não aceito o resultado do Congresso [da FRETILIN] do dia 17 – 19 de Maio passado, exijo à Comissão Política Nacional da Fretilin, a imediatamente organizar um Congresso Extraordinário para eleger, de acordo com a Lei no. 3/2004, sobre os Partidos Políticos, uma Direcção nova do Partido.»

Mas onde é que já se viu um Presidente da República intervir tão descaradamente na vida de um partido político, chegando ao ponto de «exigir uma direcção nova do partido» que – para cúmulo dos cúmulos - há pouco mais de um mês acabara de eleger os seus órgão dirigentes em congresso!?

Eu, a partir de hoje, quero dizer daqui ao senhor Xanana, que da ajuda que o Governo Português lhe presta há uma parte que está a mais e que eu agradecia que devolvesse a Portugal: trata-se da parte que corresponde aos meus impostos pagos aqui em Portugal.

E declaro solenemente que não autorizo o Governo Português a utilizar o dinheiro correspondente aos meus impostos para ajudar o pavão conspirador de Timor.

Tenho dito.

Nota:
Xanana não é o primeiro caso em que o silêncio de uma pessoa é interpretado como prova de sabedoria e bom senso. O silêncio de que Xanana era fonte, como se prova agora, era o silêncio de quem não sabia bem o que dizer; de quem não tinha ideias e não tinha mesmo nada para dizer. Aliás, aquele seu hábito de falar muito lentamente à procura das palavras, já chamara a atenção de que aquela cabeça deveria estar vazia. E ESTAVA.

Sobre as atitudes do senhor Xanana, o “Blasfémias”
tem esta posta com a qual concordo integralmente.