Peça Ensaística Sétima:
“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895)
“Nous sommes les héritiers de ces cent années qui ont changé la biologie et la médicine. La métamorphose ne fut pas le fait d’un homme ou d’une génération, mais bien d’une cohorte de travailleurs acharnés, d’une chaîne d’intelligences qui se donnaient le mot de génération en génération et d’un pays à l’autre. Et l’héritage n’est pas un édifice achevé, mais bien au contraire invitation à travailler davantage, à aguicher notre imagination, à pénétrer plus avant les secrets de la vie et livrer d’autres batailles contre la maladie ».
JEAN HAMBURGER, Demain, les autres. L’aventure médicale en contrepoint de l’aventure humaine (1979, Paris).
Continuação da Posta precedente editada, no dia 26/07/2011.
(A)
Prosseguindo, o nosso Estudo, temos (então), que:
Este tema de “transparência” se impôs (correlativamente), no século XVIII com o advento da “manipulação”. Eis porque, o historiador francês (e especialista da propaganda pela imagem e da manipulação), Fabrice d’ALMEIDA (n-1963), escreveu o seguinte acerca deste tema, em apreço: “A manipulação é face escondida da transparência sonhada pelos filósofos liberais. Como se a força do liberalismo possuía o seu lado obscuro. Porém, foi a industrialização das normas que a tornou possível”. E, acrescenta, mais adiante, na sua obra: “A banalização do vocábulo após a Segunda Guerra Mundial traduz uma inquietação perante a dificuldade do direito para reformar os comportamentos”.
(B)
Com efeito, este desejo de transparência, de ver mais que de saber ou compreender, desqualifica a fé na palavra e exige as provas formais da Ciência, da Técnica e dos processos jurídicos. De facto (e, por outro), este desejo de ver desautoriza o mistério, o sonho, a história, os efeitos de contexto tanto como os da cultura. O indivíduo/sujeito se encontra reduzido à sua evidência (em primeiro plano), a sua forma individualizada, como às formas visíveis que o constituem. Não obstante, as dificuldades epistemológicas (que suscitam o problema do indivíduo), esta ideologia científica postula um positivismo, que (apenas) reteria os factos materiais, olvidando os dispositivos que os fabricam e os revelam, no primeiro lugar dos quais pertencem (evidentemente), a linguagem e a palavra.