Não haverá muitas dúvidas de que o código de conduta da Civilização Ocidental (os povos cristãos, entenda-se) se construiu sobre o Decálogo, ou seja, sobre Os 10 Mandamentos da Bíblia. E não haverá muitas dúvidas de que os 10 mandamentos ‘nasceram’ para obrigar a turba; sendo que a fiscalização do cumprimento dos mandamentos sempre coube ao poder ― primeiro ao poder religioso, e depois, ao secular e político.
Curioso é verificar o rumo que a condução dos povos segundo os 10 mandamentos foi tomando ao longo do tempo. Recapitulemos rapidamente esses 10 mandamentos antes de tirarmos qualquer conclusão:
§ 1º - Amar a Deus sobre todas as coisas.
§ 2º - Não usar o nome de Deus em vão.
§ 3º - Guardar domingos e festas de guarda
§ 4º - Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).
§ 5º - Não matarás.
§ 6º - Guardar castidade nas palavras e nas obras.
§ 7º - Não roubar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).
§ 8º - Não levantar falsos testemunhos.
§ 9º - Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
§ 10º- Não cobiçar as coisas do outro.
Está bem de ver ― e hoje é claríssimo como água ― que a governação dos povos assenta actualmente ― completamente; mas completamente! ― sobre a antítese do Decálogo: pratica-se hoje em dia tudo o que está (estava?) proibido nos 10 mandamentos.
É, de facto, uma “evolução” prodigiosa...!