Notas biográficas de Winston Churchill colhidas aqui do Abrupto. Que publico para dizer que este é o homem que me merece toda a confiança e em quem na altura eu também votaria. Por toda a sua experiência de quarenta anos mas também porque, entre outras coisas, «era velho, gordo, bebia, era demasiado nobre de nascimento, tinha dívidas, maus costumes e língua afiada.»
«Quando Churchill chegou em 1940 ao lugar de primeiro-ministro de uma nação em guerra e a perder essa guerra, tinha quase quarenta anos de experiência parlamentar. Tinha sido quase tudo o que se podia ser: militar, estratega, parlamentar, ministro, jornalista, escritor, historiador, homem público, tudo. Era certamente uma das faces mais "gastas", como agora se diz, da vida política britânica. Era, com igual certeza, uma das pessoas que menos "renovação" traziam ao governo, ele que já por lá tinha passado várias vezes e algumas delas de forma bem conflitual. Era, com a certeza das certezas, uma personalidade "pouco consensual", tendo distribuído uma seara de ódios, de facções, de confrontos, de polémicas, ímpar nesses mesmos quarenta anos que o século durava. Tinha inimigos, completamente hostis, que o consideravam tudo aquilo que a política não devia ser: era acusado de ser irresponsável, incompetente, vingativo, belicista, conflituoso, quase um traidor. Os seus adversários odiavam-no muito menos do que os seus correlegionários, um sinal de intensidade do ódio muito particular. No seu partido tinha os maiores inimigos, que o acusavam de tudo o que de mal acontecera ao Reino Unido, desde derrotas militares sangrentas até a desastres eleitorais. Para além disso, era velho, gordo, bebia, era demasiado nobre de nascimento, tinha dívidas, maus costumes e língua afiada. E, homem da escrita e dos jornais, panfletário e excessivo, também não tinha os jornalistas em grande consideração.»
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«Quando Churchill chegou em 1940 ao lugar de primeiro-ministro de uma nação em guerra e a perder essa guerra, tinha quase quarenta anos de experiência parlamentar. Tinha sido quase tudo o que se podia ser: militar, estratega, parlamentar, ministro, jornalista, escritor, historiador, homem público, tudo. Era certamente uma das faces mais "gastas", como agora se diz, da vida política britânica. Era, com igual certeza, uma das pessoas que menos "renovação" traziam ao governo, ele que já por lá tinha passado várias vezes e algumas delas de forma bem conflitual. Era, com a certeza das certezas, uma personalidade "pouco consensual", tendo distribuído uma seara de ódios, de facções, de confrontos, de polémicas, ímpar nesses mesmos quarenta anos que o século durava. Tinha inimigos, completamente hostis, que o consideravam tudo aquilo que a política não devia ser: era acusado de ser irresponsável, incompetente, vingativo, belicista, conflituoso, quase um traidor. Os seus adversários odiavam-no muito menos do que os seus correlegionários, um sinal de intensidade do ódio muito particular. No seu partido tinha os maiores inimigos, que o acusavam de tudo o que de mal acontecera ao Reino Unido, desde derrotas militares sangrentas até a desastres eleitorais. Para além disso, era velho, gordo, bebia, era demasiado nobre de nascimento, tinha dívidas, maus costumes e língua afiada. E, homem da escrita e dos jornais, panfletário e excessivo, também não tinha os jornalistas em grande consideração.»
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