Os do Atlético da Tapadinha, de Alcântara e de Lisboa, tomaram o autocarro às sete horas desta manhã e rumaram ao Porto para defrontar o penta, tetra, treta campeão numa eliminatória da Taça de Portugal.
Os estafados alcantarenses marcaram um golo aos estagiados dragões dourados e não havia forma de o Futebol Clube do Porto chegar pelo menos ao empate.
Eis então que o homem do apito (dourado?), sem que nada o justificasse, acrescenta mais 5 (cinco) escandalosos minutos à partida.
Como mesmo assim os dragões dourados não conseguiam chegar ao golo, o homem do apito (agora já mesmo dourado) resolveu marcar uma grande penalidade, de todo inexistente, contra o Atlético.
Aí Deus acordou. E atempadamente soprou a bola que se desviou na trajectória, embateu no poste e não entrou.
É este o futebol que há em Portugal.
Bem pode o Ministério Público e todos os Procuradores especiais escrutinar o mundo sujo da bola, português, que aquele continuará a rolar indiferente às regras, à moral e à ética.
Douradamente.
Editado às 9:09 AM de 08/01/2006: O inquietante de tudo isto é que as primeiras páginas dos três principais diários desportivos portugueses hoje publicados não fazem o mínimo eco do escândalo que o árbitro da partida ia protagonizando ontem no Porto. Isto é sintomático da "normalidade" dourada em que vive o futebol português.