“Ser culto es el único modo de ser libre”
José MARTÍ (1853-1895).
(A):
Na sua vontade de encontrar uma mediação entre a intencionalidade
de F. BRENTANO (1838-1917) e o Naturalismo de W.
JAMES, o projeto de LOCKE de uma Ciência dos valores, se situa (além disso), na mesma cruzada filosófica que a Fenomenologia de EDMUND HUSSERL (1859-1938)
e caminha (entretanto), em sua exata oposição, visto que (ele) rejeita fazer da intencionalidade uma condição (a priori),
do saber. De feito, Todos os esforços de HUSSERL, na sua obra: “Filosofia
como Ciência rigorosa” (1911), ou “Meditações cartesianas” (1929),
se aparenta (com efeito), à uma tentativa
desesperada de recuperar (em benefício) do regime dominante, os adquiridos
conceptuais do regime turbulento,
para os pôr ao crédito do ponto de vista transcendental.
(B):
A contrapelo (e ao invés), LOCKE
escolheu, como o filósofo francês, H. BERGSON (1859-1941), manter a primazia do “fluxo da
experiência” do qual procede (em última
instância), toda formalização. Para (eles) a dimensão primeira da consciência,
é a temporalidade,
que sozinha permite uma estruturação da experiência:
“Consciência significa (antes de mais)
memória”, assevera BERGSON e o que importa, desde então, recuperar/reaver é
“duração e a mudança na sua mobilidade original” (...), assim como, as cristalizações
da memória, tendo em vista a prática. Donde e daí, a verdadeira
Ciência da consciência é (por
conseguinte), a teoria dos valores e o verdadeiro problema da Filosofia é o da
aquisição do desenvolvimento ou das mutações dos nossos sistemas de valor à
partir dos nossos diversos modos de valorização.