sexta-feira, 16 de março de 2012

(XLIII) Alors que faire?

 Prática de ACTUAÇÃO QUADRAGÉSIMA TERCEIRA:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).
 
(I)
            Com efeito, na verdade, mais a Sul de Serra Leoa, três grupos comerciais adquiriram uma relevante reputação, designadamente:
            Os ARO comerciavam entre o país IGBO e o delta do Níger, explorando (todo particularmente), um orago/profecia de AROCHUKWU, perto da CROSS RIVER suposto “comer” os que (ele) persuadia de feitiçaria ou de outros delitos. Na realidade, eram vendidos a jusante!
            Por seu turno, os BOBANGI cobriam os 1700 quilómetros do rio Congo, conduzindo os escravos até aos negociantes vili de LOANGO, no atual Gabão.
            E, em Angola, pioneiros portugueses levavam caravanas (muito longe), no interior das terras, enquanto algures este tráfico constituía um monopólio Africano, salvo ao longo dos rios Gâmbia e Senegal.
            Enfim, de anotar, que soberanos se empenhavam (outrossim, diretamente), no tráfego, porém à titulo de exportadores privilegiados mais ao de monopolistas.

(II)
            Demais, vale a pena, sublinhar, que, mesmo, o reino Ashanti e o Daomé (os mais autoritários) dos Estados comerciais do século XVIII, geriam sistemas de economia mista, no seio dos quais os chefes e mercadores exportavam ao lado de funcionários negociantes. A venda dos escravos aos Europeus era assegurada (no essencial), por intermediários costeiros que se esforçavam (simultaneamente), impedir os Brancos de penetrar no interior das terras e os Negros de atingir o mar (afirmando, quiçá à uns como aos outros), que os (d’en face), eram canibais!

(III)
            Vale a pena, consignar (antes de mais), que, na Senegâmbia e na Alta-Guiné, estes intermediários eram (frequentemente), “afro-portugueses”. Demais, tratava-se (ordinariamente), de Africanos, sendo o grupo mais conhecido, os IJAW, do delta do Níger, que tiravam partido de uma instituição, de nome, a “Casa de pirogas” e, outrossim e (concomitantemente), grupo de parentesco, companhia comercial e facção política. E, no atinente à família (propriamente dita), se barrotava de escravos e de subordinados que pagavam em enormes embarcações para remontar o Níger, visando aí amontoar e acumular escravos...

Lisboa, 15 Março 2012
KWAME KONDÉ
(intelectual/Internacionalista --- Cidadão do Mundo).