E nisso sou insuspeito porque sempre achei que Queiroz não servia para seleccionador/treinador da selecção portuguesa ― por falhar nos jogos mais importantes, por não ter carisma algum, por não ter liderança sobre os seus comandados, por não existir empatia entre ele e o público, por não ter travão na forma como fala e com isso criar anticorpos em quase todos aqueles que circulam à volta da selecção e, pior, no público que a cada dia que passava considerava a selecção de Portugal mais a selecção de Queiroz do que outra coisa ―.
Mas a forma kafkiana (como, alias, se faz sempre em Portugal) de criar processos e julgamentos vários a Carlos Queiroz, com o intuito claríssimo, no meu entender, de o despedir sem a devida indemnização, não só é condenável como põe a nu os vários interesses que confluem e atravessam o futebol português transformando-o na organização mais nebulosa e doentia desta sociedade.
Pergunto se Queiroz não estará a pagar agora o seu apoio a Cavaco Silva e ao PSD, no passado, e o seu putativo apoio a uma recandidatura de Cavaco Silva a Presidente da República.
Não nos esqueçamos que:
«Quem se mete com o PS leva».