A partir do momento em que foi eleito presidente do PSD, Menezes mudou de postura transformando-se num ser ensonado de voz pausada e cava dando a quem o vê e ouve a sensação de estar a sair da cama ou... de um jazigo de um cemitério vizinho qualquer.
Julga (ou julga por ele o seu gabinete de imagem) que aquela é que é postura de homem de estado.
Puro engano! Ainda não se apagou da memória dos portugueses a imagem do outro Menezes ― o que é presidente da Câmara de Gaia ― e assim sendo: quando se vê agora este Menezes, ressuscitado do sono ou da tumba, o que se pensa é isto:
― Olha o gajo! Quem é que ele julga que engana com esta encenação pacóvia, ainda por cima desastrada, de homem de estado? Vá mas é dar uma volta!
E com isso Sócrates pode dormir descansado: se fizer uma boa remodelação governamental ainda acaba o mandato em graça, apesar de todas as maldades e crueldades que tem feito aos portugueses.
É que não se vê alternativa. Menezes é um mau actor: é um canastrão de primeira. Com ele e com Santana ― Santana que já demonstrou no Parlamento que não tem “recheio” nenhum que se veja ― o desastre eleitoral do PSD está garantido.