Como eu descrevera aqui nesta posta, era possível ler artigos do jornal PÚBLICO, com um atraso de dois, três dias, pesquisando pelo seu conteúdo nas “caches” do Google. Digo “era” porque por certo o jornal pediu ao Google que não fizesse caches do seu conteúdo e por isso hoje já não é possível fazer essa leitura.
Mas perguntemos agora se essa terá sido uma boa decisão por parte do jornal PÚBLICO.
Penso que não. Penso que foi uma péssima e desastrosa decisão.
Senão, vejamos:
Acontece que agora o Google - pura e simplesmente ignora a existência do jornal PÚBLICO para qualquer tipo de pesquisa que se faça.
Para o Google o PÚBLICO deixou de existir. Experimente fazer uma pesquisa e constate por si que é verdade.
Penso que isso é terrível para aquele jornal. Seria terrível e desastroso para qualquer jornal de qualquer parte do mundo. Por maior e mais influente que ele fosse.
Nem os gigantes The New York Times, ou Le Monde, por exemplo, se aguentariam hoje se se retirassem do mundo Google.
Porque “quem” hoje não está no Google – é porque não existe.
Aliás, todo o mundo quer hoje ser referenciado pelo Google.
Que doideira foi essa que se meteu na cabeça dos gestores(?) daquele jornal para determinarem assim tão estupidamente a sua extinção? Ou terá sido mais uma esperteza saloia de José Manuel Fernandes, essa luminária da imprensa portuguesa?
Não se compreende. É o mínimo que se pode dizer.
Paz à alma do PÚBLICO.
Nota: Será que Belmiro de Azevedo tem conhecimento de tudo isso? Não creio, pois, como todos sabemos muito bem, ele não é estúpido.
terça-feira, 28 de novembro de 2006
VOLTA ZIDANE
E DÁ-LHE OUTRA CABEÇADA E UM PONTAPÉ NOS TOMATES
Vejam só do que é capaz “O Carniceiro”, nome pelo qual Marco Materazzi é conhecido na Itália.
Depois de cometer as faltas, o rapaz até se dá ao trabalho de pedir candidamente desculpas às suas vítimas.
E na maioria dos casos os árbitros nem sequer o amarelam com o cartão.
Vejam só do que é capaz “O Carniceiro”, nome pelo qual Marco Materazzi é conhecido na Itália.
Depois de cometer as faltas, o rapaz até se dá ao trabalho de pedir candidamente desculpas às suas vítimas.
E na maioria dos casos os árbitros nem sequer o amarelam com o cartão.
sábado, 25 de novembro de 2006
sábado, 18 de novembro de 2006
DESCODIFICANDO SINAIS
O menino guerreiro escreveu um livro em que se queixa de malfeitorias que Cavaco lhe terá feito quando no Verão de 2004 fora primeiro-ministro do então governo circense de Portugal.
E deixou no ar a ameaça de que qualquer dia pode aparecer «por aí» de novo com o PSD domesticado e pronto a lutar por ele e pelo poder.
Cavaco não perdeu tempo a mandar recados ao PSD e a responder desta maneira ao livro de Santana Lopes.
Com isso entalou o PS que, incomodado, ainda não reagiu claramente à colagem de Cavaco.
Mas o farol independente, (esta vírgula é importante) do PS, Vital Moreira, já o fez, com algum desagrado, contorcendo-se na cadeira e inspirando fundo com o bigode colado às narinas.
E deixou no ar a ameaça de que qualquer dia pode aparecer «por aí» de novo com o PSD domesticado e pronto a lutar por ele e pelo poder.
Cavaco não perdeu tempo a mandar recados ao PSD e a responder desta maneira ao livro de Santana Lopes.
Com isso entalou o PS que, incomodado, ainda não reagiu claramente à colagem de Cavaco.
Mas o farol independente, (esta vírgula é importante) do PS, Vital Moreira, já o fez, com algum desagrado, contorcendo-se na cadeira e inspirando fundo com o bigode colado às narinas.
quinta-feira, 16 de novembro de 2006
ENTÃO COMO É?
Como todos sabemos, o Governo PS tem atacado, e nalguns casos extinguido, os “direitos adquiridos” de diversos trabalhadores. Os senhores jornalistas, em vez de tratarem o assunto com toda a verdade, têm enchido páginas e páginas de prosa noticiando, comentando, glosando, aplaudindo, e servindo de câmara de eco do Governo chamando aos “direitos adquiridos” “PRIVILÉGIOS”.
Mas eis que o Governo resolveu agora extinguir a Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas.
Aqui d’el Rei que o Governo está a atacar os nossos “DIREITOS”! Dizem esses pândegos aqui.
“Direitos não, meus caros amigos. O que o Governo está a atacar não será antes os vossos “PRIVILÉGIOS”?
Sejam coerentes ao menos uma vez, meus caros: aplaudam o Governo e glorifiquem-no nos vossos jornais.
Ou será que a partir de agora está entornado o caldo e vamos ter outra comunicação social, com outro léxico e olhando para as coisas de forma diferente?
Vá! Não esmoreçam!
ABAIXO OS “PRIVILÉGIOS”!
Mas eis que o Governo resolveu agora extinguir a Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas.
Aqui d’el Rei que o Governo está a atacar os nossos “DIREITOS”! Dizem esses pândegos aqui.
“Direitos não, meus caros amigos. O que o Governo está a atacar não será antes os vossos “PRIVILÉGIOS”?
Sejam coerentes ao menos uma vez, meus caros: aplaudam o Governo e glorifiquem-no nos vossos jornais.
Ou será que a partir de agora está entornado o caldo e vamos ter outra comunicação social, com outro léxico e olhando para as coisas de forma diferente?
Vá! Não esmoreçam!
ABAIXO OS “PRIVILÉGIOS”!
terça-feira, 14 de novembro de 2006
POSTA FEDORENTA
A Civilização tem requisitos que acabam por desembocar na cultura e na educação das colectividades humanas e no próprio indivíduo. Um desses requisitos é a educação dos hábitos intestinais de cada um de nós.
Pode parecer a alguns, ou mesmo a muitos de nós, que assim não é; mas a verdade é que isso faz parte integrante da educação de cada indivíduo e insere-se na cultura da comunidade.
Não é a qualquer hora e em qualquer lado que se deve fazer o cocó quotidiano.
Só excepcionalmente, numa emergência por alterações fisiológicas causadas por doença ou ingestão de produtos estragados, por exemplo, deve acontecer onde for mais conveniente.
De resto, cabe ao indivíduo ser educado e educar-se habituando os seus intestinos a funcionar, em casa, sensivelmente à mesma hora, ou aquando de um acontecimento quotidiano regular, como é o acordar de manhã, por exemplo. Excepcionam-se, como é evidente, os indivíduos que trabalham por turnos variáveis e por isso não têm rotinas quotidianas.
Por isso não se entende, por exemplo, aquele senhor doutor, aquele senhor engenheiro, aquela senhora professora, que, no serviço, às horas que calhar, se senta no trono e empesta o ambiente da retrete e os corredores circunvizinhos com os odores nauseabundos das suas fétidas tripas.
É que há pessoas que, para agravar ainda mais a situação, entram numa retrete, ficam lá meia hora ou mais a evacuar, e durante todo aquele tempo não accionam o autoclismo uma única vez sequer; ficam sentadas no trono a banhar-se nos vapores odorantíssimos do cocó que vão fazendo, no que saem de lá - não só deixando pestilento o ambiente, como ainda com a roupa e os cabelos impregnados do mortífero vapor das suas humanas entranhas.
O que acontece no local de trabalho também, às vezes, acontece em nossa casa. Quando uma visita ou convidado pede-nos para ir à nossa casa de banho. Tudo bem, dizemos - que remédio, apetece-nos dizer -. É que pode tratar-se de um “incivilizado” que quando sair de lá nos deixará com vontade de mudar de casa ou de contratar um meteorologista experiente que nos faça passar um temporal ou mesmo um ciclone tropical de grau 7 pelo WC e todas as divisões da habitação.
Por isso, caro/a amigo/a, se ainda o não é:
Civilize-se.
Eduque-se.
Tome boa conta dos seus intestinos.
Não esfregue o interior das suas tripas nos narizes dos outros.
Pode parecer a alguns, ou mesmo a muitos de nós, que assim não é; mas a verdade é que isso faz parte integrante da educação de cada indivíduo e insere-se na cultura da comunidade.
Não é a qualquer hora e em qualquer lado que se deve fazer o cocó quotidiano.
Só excepcionalmente, numa emergência por alterações fisiológicas causadas por doença ou ingestão de produtos estragados, por exemplo, deve acontecer onde for mais conveniente.
De resto, cabe ao indivíduo ser educado e educar-se habituando os seus intestinos a funcionar, em casa, sensivelmente à mesma hora, ou aquando de um acontecimento quotidiano regular, como é o acordar de manhã, por exemplo. Excepcionam-se, como é evidente, os indivíduos que trabalham por turnos variáveis e por isso não têm rotinas quotidianas.
Por isso não se entende, por exemplo, aquele senhor doutor, aquele senhor engenheiro, aquela senhora professora, que, no serviço, às horas que calhar, se senta no trono e empesta o ambiente da retrete e os corredores circunvizinhos com os odores nauseabundos das suas fétidas tripas.
É que há pessoas que, para agravar ainda mais a situação, entram numa retrete, ficam lá meia hora ou mais a evacuar, e durante todo aquele tempo não accionam o autoclismo uma única vez sequer; ficam sentadas no trono a banhar-se nos vapores odorantíssimos do cocó que vão fazendo, no que saem de lá - não só deixando pestilento o ambiente, como ainda com a roupa e os cabelos impregnados do mortífero vapor das suas humanas entranhas.
O que acontece no local de trabalho também, às vezes, acontece em nossa casa. Quando uma visita ou convidado pede-nos para ir à nossa casa de banho. Tudo bem, dizemos - que remédio, apetece-nos dizer -. É que pode tratar-se de um “incivilizado” que quando sair de lá nos deixará com vontade de mudar de casa ou de contratar um meteorologista experiente que nos faça passar um temporal ou mesmo um ciclone tropical de grau 7 pelo WC e todas as divisões da habitação.
Por isso, caro/a amigo/a, se ainda o não é:
Civilize-se.
Eduque-se.
Tome boa conta dos seus intestinos.
Não esfregue o interior das suas tripas nos narizes dos outros.
domingo, 12 de novembro de 2006
DA ORIGEM DA POESIA
«As meias dela estão enrugadas no calcanhar. Desgosta-me isso: tão sem gosto. Essas gentes literárias etéreas são todas. Oníricos, nefelibáticos, simbolísticos. Estetas é o que são. Não me surpreenderia se fosse aquele tipo de alimento [vegetariano] que produz essa como onda do cérebro as poéticas. Por exemplo um daqueles polícias que tresandam a cozido pela roupa toda; não se poderia espremer dele um verso de poesia. Nem sabe mesmo o que é poesia. Precisa-se de uma certa veia.»
Onírica nefelibata gaivota
Ondula por sobre os mares sua derrota
[James Joyce]
Ondula por sobre os mares sua derrota
[James Joyce]
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
domingo, 5 de novembro de 2006
VENENO DE SAPO
PONHA-SE A PAU
Como pode constatar pela imagem supra, uma visita ao conhecidíssimo domínio português home.sapo.pt pode provocar uma violação da segurança do seu browser, pois, é o "Site Advisor" da McAfee que o diz: «ao navegar neste site, o site efectuou alterações não autorizadas ao nosso computador de teste».
Obtive este aviso quando tentei aceder ao endereço: http://xistemas.home.sapo.pt/.
Será que já não se pode navegar no "sapo.pt" sem se sair de lá com o computador feito num oito?
Vou enviar um email ao sapo.pt a colocar a questão.
Como pode constatar pela imagem supra, uma visita ao conhecidíssimo domínio português home.sapo.pt pode provocar uma violação da segurança do seu browser, pois, é o "Site Advisor" da McAfee que o diz: «ao navegar neste site, o site efectuou alterações não autorizadas ao nosso computador de teste».
Obtive este aviso quando tentei aceder ao endereço: http://xistemas.home.sapo.pt/.
Será que já não se pode navegar no "sapo.pt" sem se sair de lá com o computador feito num oito?
Vou enviar um email ao sapo.pt a colocar a questão.
RECEITAS
Certo dia uma senhora prendada descreveu com discreta volúpia o almoço que preparara no dia anterior de domingo tendo como prato principal um excelente – dizia ela - rolo de carne. E deu, urbi et orbi, a receita: temperou ½ Kg de carne de vaca picada à qual adicionou ½ Kg de carne de porco picada, com sal pimenta e o conteúdo de um pacote de sopa de cebola Knorr desfeito em meia chávena de água. Juntou um pouco de pão ralado e amassou tudo muito bem, fez um rolo de carne que untou com margarina derretida e levou ao forno para cozer. Serviu o rolo com batata frita e salada.
E disse: «ficou com um paladar excelente; fica sempre; a sopa Knorr dá-lhe qualquer coisa de especial que é muito bom».
Porque não sou egoísta, mas antes epicurista, vou dar-vos uma receita de rolo de carne que, por sinal, hoje vou confeccionar para o almoço:
500 gr de carne de vaca picada;
250 gr de carne de porco;
250 gr de vitela(peito);
50 gr de chouriço;
1 colher de sopa de manteiga;
100 gr de toucinho;
20 bolachas de água e sal;
4 ovos;
2 cebolas grandes;
1 copo de vinho branco;
20 grãos de pimenta;
2 cenouras;
2 cravos de cabecinha; salsa; louro;
50 gr de azeitonas pretas;
sal, pimenta e noz-moscada.
Passe as carnes pela máquina de picar. Passe também o chouriço, as bolachas, 1/4 da porção de toucinho e um ramo de salsa. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
Coza uma cebola, previamente picada, com a manteiga e, quando estiver macia, junte-a ao preparado anterior. Adicione os ovos inteiros e amasse tudo muito bem.
Com a ajuda de um rolo de madeira estenda o preparado e por cima coloque algumas tiras de toucinho, de cenouras cozidas e azeitonas pretas descaroçadas.
Enrole e envolva o rolo de carne num pano branco. Ate com uma guita.
Mergulhe o Rolo num tacho com água a ferver à qual juntou 1 cenoura, a restante cebola cravejada com os cravos de cabecinha, o vinho branco, os grãos de pimenta, um ramo de salsa, uma folha de louro, sal e o restante toucinho.
Quando o rolo estiver duro, retire o tacho do lume e deixe-o arrefecer dentro do caldo.
Sirva com esparregado e batatas novas sem casca untadas com óleo vegetal e assadas no forno, regadas com o molho do rolo de carne.
Acompanhe com vinho tinto Vila Santa, colheita de 2000. E ponha a girar no leitor de CD um disco de canto gregoriano.
Se começar tudo agora, talvez ainda consiga fazer hoje um almoço interessante. Mas se quiser ter um almoço excelente talvez deva escolher a primeira receita. Ou não?!
Tenha um bom domingo.
E disse: «ficou com um paladar excelente; fica sempre; a sopa Knorr dá-lhe qualquer coisa de especial que é muito bom».
Porque não sou egoísta, mas antes epicurista, vou dar-vos uma receita de rolo de carne que, por sinal, hoje vou confeccionar para o almoço:
500 gr de carne de vaca picada;
250 gr de carne de porco;
250 gr de vitela(peito);
50 gr de chouriço;
1 colher de sopa de manteiga;
100 gr de toucinho;
20 bolachas de água e sal;
4 ovos;
2 cebolas grandes;
1 copo de vinho branco;
20 grãos de pimenta;
2 cenouras;
2 cravos de cabecinha; salsa; louro;
50 gr de azeitonas pretas;
sal, pimenta e noz-moscada.
Passe as carnes pela máquina de picar. Passe também o chouriço, as bolachas, 1/4 da porção de toucinho e um ramo de salsa. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada.
Coza uma cebola, previamente picada, com a manteiga e, quando estiver macia, junte-a ao preparado anterior. Adicione os ovos inteiros e amasse tudo muito bem.
Com a ajuda de um rolo de madeira estenda o preparado e por cima coloque algumas tiras de toucinho, de cenouras cozidas e azeitonas pretas descaroçadas.
Enrole e envolva o rolo de carne num pano branco. Ate com uma guita.
Mergulhe o Rolo num tacho com água a ferver à qual juntou 1 cenoura, a restante cebola cravejada com os cravos de cabecinha, o vinho branco, os grãos de pimenta, um ramo de salsa, uma folha de louro, sal e o restante toucinho.
Quando o rolo estiver duro, retire o tacho do lume e deixe-o arrefecer dentro do caldo.
Sirva com esparregado e batatas novas sem casca untadas com óleo vegetal e assadas no forno, regadas com o molho do rolo de carne.
Acompanhe com vinho tinto Vila Santa, colheita de 2000. E ponha a girar no leitor de CD um disco de canto gregoriano.
Se começar tudo agora, talvez ainda consiga fazer hoje um almoço interessante. Mas se quiser ter um almoço excelente talvez deva escolher a primeira receita. Ou não?!
Tenha um bom domingo.
DISSE HERR CAZOTTE:
[...] «Por mais admirável que seja, a mulher que não desperta no homem o instinto do sedutor é como o cavalo do Chevalier de Kerguelen, que tinha todas as boas qualidades, mas que estava morto. E que pobres criaturas desvalidas seriam os homens, se não tentassem arrancar, como o violinista com o arco sobre as cordas, toda a riqueza e todas as virtualidades do instrumento que temos nas mãos?» [...]
Bom dia.
sexta-feira, 3 de novembro de 2006
DESCULPAS
Desde cerca das 19:00h de ontem, este blogue esteve indisponível por razões da inteira responsabilidade do Blogger.com.
Enviámos uma mensagem a relatar o problema que foi resolvido passadas sete horas.
Aos nossos leitores pedimos desculpas por este inconveniente de cuja causa somos alheios.
Enviámos uma mensagem a relatar o problema que foi resolvido passadas sete horas.
Aos nossos leitores pedimos desculpas por este inconveniente de cuja causa somos alheios.
quarta-feira, 1 de novembro de 2006
COM O ABISMO À VISTA
SEJA UM BOM PORTUGUÊS: SEJA CORAJOSO
Visando a extinção dos quadros clínicos hospitalares e, consequentemente, das carreiras a eles inerentes, os sucessivos três últimos governos, no que se inclui o actual, promoveram o “emagrecimento” desses mesmos quadros, quer pela não substituição dos médicos que foram saindo para a reforma, quer ainda pela criação de condições propícias ao abandono dos que foram ficando, estes descontentes com as condições de trabalho e/ou a falta de perspectivas de uma carreira que, como já se disse, está em extinção galopante.
Saíram, assim, dos hospitais, sobretudo os médicos mais capazes. Mas não só: também saíram e têm saído médicos jovens, especializados há pouco tempo.
Depois, então, promoveram a contratação, a trouxe-mouxe, de tarefeiros (alguns, pelos vistos, de qualidade e competência duvidosas) para colmatar a falta dos médicos que saíram.
E agora vêm p’raí com choradinhos e análises preocupadas, e anúncios de medidas impraticáveis que vão deixar o Serviço Nacional de Saúde ainda mais moribundo, incapaz, e, por esse caminho – perigoso para o doente no futuro. Prevêem medidas, até, contraditórias: pretendem dificultar ainda mais a contratação de tarefeiros, no momento em que mais ainda vão precisar deles: quando os médicos, a partir de 1 de Janeiro próximo, poderão optar por não fazer trabalho extraordinário nos hospitais e Centros de Saúde do Estado, pois muitos deles não querem ganhar 28 euros à hora quando a seu lado há um tarefeiro menos qualificado a ganhar, por exemplo, 70 euros à hora.
Quando se pratica a lei cega do mercado – a lei da oferta e da procura - é nisso que as coisas podem dar: numa como que mercenarização do trabalho médico (Hipócrates deve estar a dar voltas e mais voltas na tumba. E qualquer dia até é bem capaz de aparecer por aí doido de todo).
É como disse Marcelo rebelo de Sousa: «Parece que não há um plano para a Saúde» em Portugal. Navega-se à vista. Mas fica a ideia que o objectivo principal é extinguir o Serviço Nacional de Saúde sem que as consequências, sequer as de curto e médio prazo, estejam a ser devidamente perspectivadas.
Pergunto: é preciso que morra gente em número significativo para só então se parar, pensar e definir outro caminho?
Mas aonde é que se quer chegar com tudo isto?!
Estamos num país de loucos ou quê?!
Fiquemos com a citação de algumas frases que o Diário de Notícias atribui hoje à senhora Secretária de Estado Adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli:
"ninguém garante a qualidade" do atendimento
"há hospitais que celebram contratos que se resumem a meia folha A4".
"Não há informação sobre o corpo clínico da empresa, do registo de cada médico na ordem, nem a garantia de que ele é especialista em oftalmologia, se for o caso de ser contratado para a oftalmologia."
"Uma das coisas que me deixam perplexa é como é que se garante a qualidade dos serviços nestas condições."
Nota: Será que tudo o que disse a senhora Secretária Adjunta da Saúde, Cármen Pignatelli, significa que já se vai admitindo encerrar os hospitais (praticamente todos), acabar com o Serviço Nacional de Saúde, e entregar tudo nas mãos dos privados?
Estará a senhora Secretária a preparar os portugueses para uma notícia destas?
Da forma como as coisas estão, hoje em Portugal, nada espanta e tudo se admite.
O socratismo caminha em roda livre, apoiado firmemente numa maioria absoluta conquistada à base da maior fraude política eleitoral de que há memória, e baseada nas mais mentirosas promessas eleitorais até hoje feitas em campanha.
Visando a extinção dos quadros clínicos hospitalares e, consequentemente, das carreiras a eles inerentes, os sucessivos três últimos governos, no que se inclui o actual, promoveram o “emagrecimento” desses mesmos quadros, quer pela não substituição dos médicos que foram saindo para a reforma, quer ainda pela criação de condições propícias ao abandono dos que foram ficando, estes descontentes com as condições de trabalho e/ou a falta de perspectivas de uma carreira que, como já se disse, está em extinção galopante.
Saíram, assim, dos hospitais, sobretudo os médicos mais capazes. Mas não só: também saíram e têm saído médicos jovens, especializados há pouco tempo.
Depois, então, promoveram a contratação, a trouxe-mouxe, de tarefeiros (alguns, pelos vistos, de qualidade e competência duvidosas) para colmatar a falta dos médicos que saíram.
E agora vêm p’raí com choradinhos e análises preocupadas, e anúncios de medidas impraticáveis que vão deixar o Serviço Nacional de Saúde ainda mais moribundo, incapaz, e, por esse caminho – perigoso para o doente no futuro. Prevêem medidas, até, contraditórias: pretendem dificultar ainda mais a contratação de tarefeiros, no momento em que mais ainda vão precisar deles: quando os médicos, a partir de 1 de Janeiro próximo, poderão optar por não fazer trabalho extraordinário nos hospitais e Centros de Saúde do Estado, pois muitos deles não querem ganhar 28 euros à hora quando a seu lado há um tarefeiro menos qualificado a ganhar, por exemplo, 70 euros à hora.
Quando se pratica a lei cega do mercado – a lei da oferta e da procura - é nisso que as coisas podem dar: numa como que mercenarização do trabalho médico (Hipócrates deve estar a dar voltas e mais voltas na tumba. E qualquer dia até é bem capaz de aparecer por aí doido de todo).
É como disse Marcelo rebelo de Sousa: «Parece que não há um plano para a Saúde» em Portugal. Navega-se à vista. Mas fica a ideia que o objectivo principal é extinguir o Serviço Nacional de Saúde sem que as consequências, sequer as de curto e médio prazo, estejam a ser devidamente perspectivadas.
Pergunto: é preciso que morra gente em número significativo para só então se parar, pensar e definir outro caminho?
Mas aonde é que se quer chegar com tudo isto?!
Estamos num país de loucos ou quê?!
Fiquemos com a citação de algumas frases que o Diário de Notícias atribui hoje à senhora Secretária de Estado Adjunta da Saúde, Carmen Pignatelli:
"ninguém garante a qualidade" do atendimento
"há hospitais que celebram contratos que se resumem a meia folha A4".
"Não há informação sobre o corpo clínico da empresa, do registo de cada médico na ordem, nem a garantia de que ele é especialista em oftalmologia, se for o caso de ser contratado para a oftalmologia."
"Uma das coisas que me deixam perplexa é como é que se garante a qualidade dos serviços nestas condições."
Nota: Será que tudo o que disse a senhora Secretária Adjunta da Saúde, Cármen Pignatelli, significa que já se vai admitindo encerrar os hospitais (praticamente todos), acabar com o Serviço Nacional de Saúde, e entregar tudo nas mãos dos privados?
Estará a senhora Secretária a preparar os portugueses para uma notícia destas?
Da forma como as coisas estão, hoje em Portugal, nada espanta e tudo se admite.
O socratismo caminha em roda livre, apoiado firmemente numa maioria absoluta conquistada à base da maior fraude política eleitoral de que há memória, e baseada nas mais mentirosas promessas eleitorais até hoje feitas em campanha.
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