No Esplanar, CL (Carlos Leone) verbera nesta posta as seguintes palavras escritas no jornal Público por EPC (Eduardo Prado Coelho):
«O senhor António Fiúza, responsável pelo Gil Vicente, tomou o gosto pelas rádios e televisões e fala como se estivesse à frente das cruzadas. É pena que fale tanto porque os erros de português são muitos e vão avultando. Mas o referido senhor sente uma espécie de missão histórica e o clube de Barcelos está disposto a ir "até ao fim do mundo"»
E por causa desta prosa CL diz que EPC fez um «insulto gratuito» a Fiúza.
Mas onde é que está o insulto? No dizer o que é verdade: que Fiúza comete erros de Português? No compará-lo aos cruzados de antanho?
Eu não vejo aqui insulto nenhum. Então já não se tem a liberdade de criticar com palavras mordazes, e frases comparativas que ridicularizam, uma figura que nos parece ridícula e que fala mal a língua de Camões?
Por isso acho que EPC não insultou ninguém.
Que CL lhe queira chegar a roupa ao pelo porque EPC insultou – e concordo que insultou mesmo, e gratuitamente – o seu amigo João Pedro George, acho muito bem que o faça. Os amigos são para as ocasiões e quem ofende o meu amigo também me ofende a mim. Só fica bem a CL esta atitude. Mas, por favor, não diabolize EPC a ponto de lhe recusar uma prosa mordaz e certeira como essa sobre o presidente do Gil Vicente.
É que não há insulto.
Aprecio imenso o que escreve CL no Esplanar; mas acho que desta vez excedeu-se na sua crítica a EPC. Traído talvez pela amizade que o une a JP George.
Acontece.