sábado, 30 de setembro de 2006

O BIG-BANG PARA TODOS

Em princípio a física deveria ter por finalidade a busca da simplicidade derradeira. E, de facto, é isso mesmo que os físicos têm tentado ao estudar a natureza da matéria até ao mais ínfimo pormenor; até à mais ínfima partícula ou subpartícula; até às “cordas” e supercordas – fitas vibratórias de energia que oscilam em 11 dimensões, as quais incluem as três dimensões que já conhecemos, mais o tempo, e mais outras sete dimensões que, para nós, são simplesmente desconhecidas. (Alguns físicos dão o nome de membranas ou branas a essas fitas vibratórias).

Mas onde a porca torce o rabo é quando os físicos nos tentam explicar essa busca da simplicidade derradeira, do aparecimento da matéria a partir do nada, com descrições como esta, por exemplo:

«O processo ecpirótico começa muito longe, no passado indefinido, com um par de branas planas vazias colocadas paralelamente uma à outra num espaço curvo com cinco dimensões... As duas branas, que formam as paredes da quinta dimensão, podem ter surgido do nada, de repente, como uma flutuação quântica num passado ainda mais distante, e terem-se separado em seguida.»

Não desanime, caro leitor, pois vai sair daqui com pelo menos um conhecimento que lhe dou: ecpirótico vem da palavra grega que significa “conflagração”.

Bom dia e bom fim-de-semana.