terça-feira, 10 de maio de 2005

O PRAZER DO BELO

(Ou quando a prosa é pura poesia)

Há dias assim. Em que um homem se sente feliz com um bocado de um livro que tenha entre mãos.

Aconteceu-me nestas últimas férias.

Entre muitas passagens belas do Ulisses de Joyce, deliciei-me especialmente com esta:

«Esposa e companheira de Adão Kadmon: Heva, Eva nua. Ela não teve embigo. Contempla. Ventre sem jaça bojando-se ancho, broquel de velino reteso, não, alvicúmulo trítico, oriente e imortal, elevando-se de pereternidade em pereternidade. Matriz do pecado.»