Enquanto os Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Angola e São Tomé, logo a seguir à posse do novo Governo de Portugal, se apressaram a convidar o seu homólogo português, Diogo Freitas do Amaral, a visitar os seus países;
enquanto em Portugal Adriano Moreira, Mário Soares, Silvino Silvério Marques, Diogo Freitas do Amaral e mais uns quantos portugueses se preocupam em discutir e propor a Integração de Cabo Verde na Europa;
o nosso Presidente da República, Comandante Pedro Pires, anda em visita à Guiné-Bissau a apoiar as folclóricas "autoridades" guineenses que subsistem sob a "protecção" dos militares fratricidas que chefiam o sanguinário exército local.
É caso para perguntar a Pedro Pires se num pequeno intervalo dessa visita à Guiné-Bissau, visita que parece ser para ele transcendente para o futuro de Cabo Verde, não poderia dizer alguma coisa sobre este tema que cada vez mais vai parecendo tão insignificante para o País de que é Presidente - a proposta da sua integração na União Europeia.
Há alturas que um simples silêncio diz tudo o que não sabíamos sobre uma pessoa. Esta parece ser a altura de conhecermos melhor o Comandante Pedro Pires. E confessamos que não estamos a gostar nada de ter esse conhecimento.