terça-feira, 26 de agosto de 2003

AI DJARFOGO, DJARFOGO

Estava a ler o poema “ILHAS” de Jorge Barbosa e ao chegar à parte que fala do Fogo expirei todo o ar que tinha nos pulmões e engoli estes versos que me transmudaram para o berço da ilha e me fizeram reviver em toda a plenitude o sentimento único de ter nascido naquela terra tão austera que produz homens – gentes tão especiais – que só de olhar para eles acreditamos que tudo é possível; que, como disse um poeta popular, «mi si n’pegâ mundo n’tâ dâ cu’él na tchon».

Escreve Jorge Barbosa:

«No Fogo há fumo ainda
A sair do vulcão!



No sangue rebelde e másculo
das gentes
revive
o ardor das lavas incandescentes!»