O português não é metódico, organizado, criterioso, persistente e ou cínico na acção. O português, em termos de luta, até parece que é preguiçoso e cobarde ― porque só age mesmo quando em desespero ―, mas quando isso acontece ― é violento e drástico.
Repito isto pela enésima vez: ― a maior parte dos que estão hoje no poder, em Portugal, tem dado mostras claríssimas de desconhecimento quase absoluto da História do seu País.
Se estes rapazes que agora formam o grupo a que compete governar Portugal, ao menos soubessem quem foi António Bernardo da Costa Cabral; quem foi Maria da Fonte, e o que foi a Patuleia; como acabou a monarquia, com D. Carlos I, no Terreiro do Paço; o que sucedeu para que estes nomes e acontecimentos estejam registados na História de Portugal; e mais uns pozinhos similares do montão de exemplos semelhantes que se pode encontrar na História ― se estes rapazes (que admito que talvez tenham uma vaga ideia de quem foi Miguel de Vasconcelos) soubessem algo sobre isso ― estariam por certo com seus queixos imberbes postos de molho, e não em alegre e arrogante reinação (de que Relvas é o expoente máximo e inigualável em qualquer parte do mundo).
Há, neste momento, em Portugal, gente brincando com o fogo!... Insuspeitando ou mesmo ignorando as consequências que daí podem advir.