domingo, 12 de fevereiro de 2012

(XXX) Alors Que faire?

            Prática de ACTUAÇÃO TRIGÉSIMA:

Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

Eis a Hora de escolher adequadamente!...

                        NP:

            Na sua acepção mais lata, o Ambiente representa (com efeito), tudo quanto nos circunda: Os elementos e as paisagens, os animais, os micro-organismos e os nossos alter-ego. Todos tornados invisíveis graças de estar presente! Invisíveis e (não obstante e a despeito disso), fundamentais para a nossa vida e existência.
            Desde (aproximadamente), um século, a percepção individual e colectiva do nosso Ambiente passou de uma abordagem local para uma visão planetária, confirmada pelos clichés da Terra que nos são enviadas pelos satélites. Destarte, o Ambiente é (presentemente), percebido (concomitantemente), como um direito (mais outrossim), um dever (em presença das gerações futuras), um território a tratar com deferência, até a restaurar como um capital-Natureza à fazer frutificar sem o devastar.
            Eis porque (aliás), se impõe falar (não, não senhor), do ambiente, mas sim (efetivamente), de ambientes, sobretudo se tivermos presente, por exemplo:
            --- As interações (que existem), entre os genes e os seus múltiplos níveis de Ambiente.
            --- As interações entre as dissemelhantes espécies que constituem a microfauna do solo ou ainda entre os vírus, as bactérias e os homens.
            De feito e, em suma: Eis-nos perante uma trama (assaz complexa), que enforma (em substância), este nosso tecido planetário”.
                                    Ou seja: Exprimindo, mas assertivamente, somos
                                    Conduzidos (ipso facto), para uma noção/conceito
                                    De “Um ambiente em que o Ser Humano não está
                                    (evidentemente), ausente”.
            Com efeito, a sedentarização do Homo Sapiens, o seu crescimento demográfico e a sua inacreditável expansão contribuíram (em parte) para fragilizar o tecido que o envolve...


E , para principiar, este Estudo, duas pertinentes Marcas de referencia:

(1)           Na verdade, o Homem é (eminentemente), um Ser de Cultura. Com efeito, a Cultura permite ao Homem (não unicamente), se adaptar ao seu meio, como outrossim, adaptar este à si próprio, às suas necessidades e aos seus projetos. Dito de outro modo, a Cultura torna possível a transformação da Natureza”. KWAME KONDÉ, In Reflexões sobre a Cultura (em preparação para Publicação, em breve).
(2)           “A nossa época caracteriza-se pela profusão dos meios e a confusão das intensões”. Albert EINSTEIN (1879-1955).

Com efeito, possuímos os meios. Entretanto, nos resta precisar (adequadamente), as intenções e não enganar no atinente aos fins! Donde:
(I)                    Sobre a Terra, tudo se encontra reunido para que os átomos oriundos das Estrelas se agregam em moléculas e se reagrupam em células. Todos os seres vivos compartilham-se os mesmos materiais genéticos. É o mesmo código que se transmite de geração em geração. Uma valsa infinita para apenas um único indivíduo: A Vida.
(II)                   Eis-nos (com efeito), perante uma magnífica pulsão adentro de um princípio imutável de associação, que tudo criou, tudo experimentou, tudo testou, tudo inventou...À superfície da Terra, a vida (à um fio) e passamos o nosso tempo à jogar com uma lâmina, enquanto cada onça da nossa energia, da nossa inteligência deveria estar ao serviço deste milagre!
(III)                 Diga o que se disser (atualmente), já ninguém dúvida da gravidade da situação ambiental e ecológica do Planeta Terra. Cada um sabe que o repto/desafio não é (nem mais nem menos), que a sorte/fado da Humanidade (obviamente). E cada segundo suplementar em que cedemos ao imobilismo sela um pouco mais a nossa responsabilidade ante os olhos da História.
(IV)                 E, eis porque, diferindo a resposta tornamo-nos culpados de não assistência ao Planeta e à Humanidade em perigo. Aliás, só temos duas possibilidades: Deixar o tempo ditar-nos as mutações ou bem conduzir (em conjunto), progressivamente (porém, radicalmente), esta Sociedade que conjuga reptos ecológicos, sociais e económicos. Submeter-se ou escolher! Abrir ou não o Capítulo segundo da nossa História Colectiva e Individual!
(V)                  Antes de mais, se nos afigura, assaz relevante e oportuno, abrir um breve parêntese (porém, quão necessário), visando sublinhar quão longa é a lista das calamidades ecológicas que se nos depara, a ponto que é (francamente) difícil, responder (com um mínimo de rigor), qual delas é (na verdade), a mais relevante. A erosão da Biodiversidade, o desregramento climático, a degradação dos nossos oceanos, a diminuição drástica da água potável acessível, o esgotamento dos recursos alimentares e energéticos como das matérias-primas...Tudo é crucial e tudo se encontra vinculado!
(VI)                 De anotar (outrossim e, ainda), que na Natureza como na Cultura, a diversidade se apaga (a pouco e pouco), perante a uniformidade. Uma perda...sem diversidade, mais de unidade possível! E (em aparando), a diversidade (na realidade), o Homem se reduz! Enfim (por toda a parte), a Natureza sucumbe. Ela encontra-se em fiapos!
(VII)                Donde (sem sombra de dúvida, aliás), está em causa, a nossa inaptidão colectiva e individual (em último caso). Consumimos mais que devemos consumir! Vivemos (por vezes), sob a tirania do desejo sem selecionar os possíveis! O “materialismo” como principal religião, possuir para existir, produzir para ser poderoso/influente. Acrescentamos, a tudo isto, a inimaginável inércia das nossas mentalidades enviscadas nos nossos hábitos, que nos arrastam num entusiasmo incontrolável, apanhados pela fulgurância do progresso, subjugados pela fascinação do crescimento quantitativo e embalados pela ilusão de liberdade.
(VIII)              Na verdade e (na realidade), não há fatalismo em se acomodar da civilização do desperdício/esbanjamento. Num Planeta de recursos limitados, vê-se bem que não é necessário esticar para um novo paradigma, colocando (honestamente) e sinceramente, o Humano e a Natureza no cerne/imo das preocupações.
(IX)                 Uma vez, posto isto, temos de nos convir, que (efetivamente), para além das clivagens políticas e das escolas de pensamento, esta verídica revolução cultural supõe (antes de mais e, acima de tudo), uma liberação criativa. Eis porque, a contribuição de cada um para que o porvir/futuro da nossa Terra e dos nossos congéneres se torne uma prioridade absoluta. Com efeito, visto que (simultaneamente), actor e responsável, cada um de nós (de per si e em si), tem um papel maior a desempenhar na construção desta nova Sociedade. Mas que nunca, o génio humano ou (simplesmente), o bom senso é necessário e a mobilização deve ser imediata! Ninguém se deve excluir deste egrégio repto/desafio, visto que ninguém estará ao abrigo das consequências.
(X)                  Enfim, enfim, visando rematar (de modo dialecticamente assertivo e consequente), este nosso Estudo, vamos relevar (por motivos óbvios), os seguintes pontos:
a.     Na verdade, ser Actor do Capítulo segundo da nossa História individual e colectiva, é sinónimo de poder estar em condições de superar as dificuldades da situação presente e (deste modo), poder encarar o futuro com determinação e discernimento. Significa (outrossim e ainda), ultrapassar as fronteiras dos nossos medos e receios, dos nossos bloqueios e imaginar soluções novas para um Mundo diferente.
b.    Donde, eis porque, se impõe fazer desta relevante ameaça, a nossa mais bela das oportunidades. Ou seja:
                                                  i.    Concentrarmo-nos no fundamental, em risco de renunciar à alguns sonhos de grandeza
                                                 ii.    E não ter medo e receio de nos fixar limites para não esgotar os recursos do nosso belo Planeta. Limites (aliás), como tantas marcas/referencias aos quais contamos para não nos perdemos mais!

Lisboa, 05 Fevereiro 2012
KWAME KONDÉ
(Intelectual/Internacionalista --- Cidadão do Mundo).