Como é ― e por que é ― que um homem desta envergadura intelectual nunca foi primeiro-ministro de Portugal?
Como é ― e por que é ― que a existência de um Professor desta envergadura intelectual só se torna púbica ao fim décadas de “desleixo” e de sonegação da notícia por parte dos governantes da área da cultura (de todos os governos passados e também do presente); por parte da comunicação social e das Universidades Portuguesas?
Por que é que todos eles “esconderam” o Professor Doutor José Manuel Félix Ribeiro do povo português?
É óbvio que uma mente destas ofusca tudo à sua volta. Quem se habituasse a ouvir, a ler e a conhecer a actuação que Félix Ribeiro produziria se a sua existência fosse pública, certamente não votaria como tem votado; seria mais exigente para com a justiça, a educação, a saúde e tudo o resto; produziria mais e seria mais responsável como cidadão; e...
Sobretudo não aturaria por um minuto só que fosse a mediocridade reinante; a rapacidade sem nome e habitual com que se está nos lugares chaves da sociedade; o embrutecimento da população com o alinhamento abaixo de cão das exigências educacionais; enfim: o entretenimento anestesiante industrializado e servido diariamente por variados meios de comunicação.
Você que me lê faça apenas este simples exercício: depois de ler esta entrevista de Félix Ribeiro compare-a com o desempenho de putativos “sábios” em programas como os “planos inclinados”, as “quadraturas”, os “frente a frente”, os “em análise”, os “expressos da meia noite” e por aí fora.
Pobre país que continua a deitar fora ou a varrer para debaixo do tapete o que de melhor o seu povo produz e tem.
*** Este texto NÃO foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico. ***