domingo, 18 de abril de 2010

NO MÍNIMO INADEQUADO

Sobre a independência de Cabo Verde, não podia estar mais em desacordo com Mário Soares.

Como é assunto que traz sempre polémica, não bastando apenas a memória histórica, mas também provas documentais e ou testemunhais que sustentem os argumentos a despender, prometo para mais tarde a abordagem deste tema em defesa do contrário ― ou seja, em defesa da independência do meu país. Mas numa abordagem puramente académica (que abordagens de índole política estão e estarão completamente fora de causa).

Se admiti há cinco anos que se pudesse discutir ― atenção: discutir ― a integração de Cabo Verde na União Europeia, já acho de todo em todo inaceitável (para não dizer outra coisa) que alguém, seja ele quem for, venha referir-se ao tema “Independência” muito menos para o discutir e ainda muitíssimo menos para o questionar politicamente.

Políticos cabo-verdianos (e bem, no meu entender) já desvalorizaram a coisa deitando água na fervura, com diplomacia. Mas compete-nos a nós que não estamos espartilhados pela pertença a quaisquer instituições de qualquer ordem, abordar o tema com liberdade de opinião e responder com cortesia mas com firmeza a Mário Soares ou a qualquer outro que venha a questionar o que para nós é inquestionável tout court.

INQUESTIONÁVEL!
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