O iPAD pode convencer os amantes dos telemóveis e de outros gadgets, mas não creio que convença quem necessita de um computador para trabalhar e muito menos um utilizador esclarecido que sabe perfeitamente que, por exemplo, um teclado virtual (que é o que tem esse dispositivo) é cansativo e desmotivador para escritas longas; mas que também sabe que ao iPAD falta muita coisa hoje necessária ao utilizador (mesmo ao utilizador médio).
Para que conste. O iPAD não tem:
1) Porta USB; uma só que seja. ― porta absolutamente necessária para a comunicação entre um dispositivo e os periféricos;
2) Protecção para o display ― fundamental para preservar a integridade do mesmo aquando do transporte do dispositivo;
3) Suporte de software Flash ― imprescindível para correr os vídeos publicados na Net, sobretudo os do Youtube;
4) Câmara de vídeo para videoconferência e chat;
5) Capacidade multitarefa que permita abrir mais que uma aplicação ao mesmo tempo;
6) Saída HDMI ― (hoje indispensável na era da Alta Definição) que permita ver imagens do iPAD no televisor HD.
Depois, há ainda uma questão muito importante ― os preços.
O iPAD de 64 GB de capacidade, a que falta tanta coisa, custa nada mais nada menos que $829 dólares (cerca de €600 euros);
Enquanto que um bom netbook equipado com todas as características não encontradas no iPAD, e ainda com 250 GB de capacidade de armazenamento, custa entre €215 euros e €280 euros.
Convenhamos que o iPAD é uma espingarda um pouco obsoleta nos dias que correm!
Mas há consumidores para tudo...
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