A notícia, dada assim, choca, e choca muito «É prática comum das editoras destruírem livros que estão em armazém.»
Mas por acaso ouvi ontem à tarde, na rádio, Paulo Teixeira Pinto, chairman do grupo editor BABEL (que nada tem a ver com a destruição dos livros), explicar o porquê do acontecido.
É que se o grupo editor LeYa quisesse doar os livros a qualquer instituição, biblioteca, etc., teria que pagar para isso: em primeiro lugar teria que pagar IVA às Finanças sobre cada livro doado; e teria que pagar direitos de autor à Sociedade Portuguesa de Autores. E em certos casos ainda teria que pagar o transporte dos livros ao seu destino pois muitas vezes a entidade receptora não tem dinheiro para isso.
Então, entre: gastar dinheiro para doar os livros; ou destruí-los pura e simplesmente; é muito menos dispendiosa a destruição ― até porque ainda se faz algum dinheiro reciclando o papel.
Paulo Teixeira Pinto disse que o Estado não abdica de receber o IVA e que a Sociedade Portuguesa de Autores também não abdica de receber os direitos de autor quando os livros são doados.
Aí está!
Nota: Como em Portugal quem não aponta um CULPADO não sabe escrever, eu direi ao menos isto: não me parece que o culpado seja a LeYa.
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Mas por acaso ouvi ontem à tarde, na rádio, Paulo Teixeira Pinto, chairman do grupo editor BABEL (que nada tem a ver com a destruição dos livros), explicar o porquê do acontecido.
É que se o grupo editor LeYa quisesse doar os livros a qualquer instituição, biblioteca, etc., teria que pagar para isso: em primeiro lugar teria que pagar IVA às Finanças sobre cada livro doado; e teria que pagar direitos de autor à Sociedade Portuguesa de Autores. E em certos casos ainda teria que pagar o transporte dos livros ao seu destino pois muitas vezes a entidade receptora não tem dinheiro para isso.
Então, entre: gastar dinheiro para doar os livros; ou destruí-los pura e simplesmente; é muito menos dispendiosa a destruição ― até porque ainda se faz algum dinheiro reciclando o papel.
Paulo Teixeira Pinto disse que o Estado não abdica de receber o IVA e que a Sociedade Portuguesa de Autores também não abdica de receber os direitos de autor quando os livros são doados.
Aí está!
Nota: Como em Portugal quem não aponta um CULPADO não sabe escrever, eu direi ao menos isto: não me parece que o culpado seja a LeYa.