segunda-feira, 29 de março de 2010

DA SANTIDADE DOS PAPAS

Jaques Barzun, a pgs. 101 da sua História 500 Anos da Vida Cultural do Ocidente (de 1500 a 2000), conta-nos como a mortalidade precoce da época estimulava os jovens a viver de acordo com ela.


«Catarina de Médici casou com o seu marido Henrique, herdeiro do trono de França. Tinha 14 anos. O casamento tinha sido planeado pelo papa como parte de um complexo esquema político, e para o consolidar era imperativo que Catarina desse à luz um filho sem demora. Quando Henrique mostrou não estar à altura da tarefa, o papa desafiou Catarina com as palavras: “Uma rapariga esperta decerto sabe como engravidar de uma maneira ou de outra”


Acresce que o papa era Clemente VII, de seu nome de baptismo Júlio de Médici, tio avô de Catarina; e que Catarina, depois de dez anos de infertilidade, teve então a orientação de Diana de Poitiers, amante do rei, no que acabou por ser mãe de 10 filhos em 12 anos.


Quanto ao actual papa, Bento XVI, de seu nome Joseph Ratzinger, a sua aura de santidade não parece ser famosa nos dias que correm. Segundo o jornal “i” «A polémica em torno da Igreja Católica reacendeu-se, na semana passada, depois de o jornal norte-americano "The New York Times" ter publicado uma reportagem a dizer que, em 1996, o então cardeal Joseph Ratzinger não teria dado resposta a cartas de clérigos norte-americanos, que acusavam um padre do estado do Winsconsin de abusar sexualmente de cerca de 200 menores surdos, entre 1950 e 1972.»


Isto é muito complicado!

.