domingo, 22 de novembro de 2009

ELOCUBRAÇÃO DÉCIMA TERCEIRA:

Da Energia:

Nota Prévia:

Efectivamente et pour cause, sem Alimento não há vida e, sem Energia não há actividade, ipso facto.
Conquanto o alimento seja, outrossim, uma forma de energia, é uso não a incluir quando se fala de energia. Identicamente, um animal selvagem passa, uma boa parte, do seu tempo, na busca do alimento.
De consignar, que a Evolução da Humanidade, desde que o Homem dominou o fogo, foi guiada pela procura de fontes de energia e de matérias-primas para satisfazer necessidades que, tornam todos os dias, cada vez mais e mais, importantes.
Todavia, neste início do século XXI, a Energia se assumiu como uma Aposta/repto enorme, tanto ao nível económico, científico, como, outrossim ambiental. De feito, aliás, enquanto a Humanidade tem, cada vez mais necessidade dela, as reservas de energias fósseis se encontram em vias de se esgotar.
--- A despeito de tudo, dispomos hodiernamente de fontes de energia abundantes e pouco caras. Explicitando:
A) Com menos de uma dezena de cêntimos de Euros (particularmente, na Europa), podemos comprar bastante electricidade para fornecer tanto trabalho como o que faria um homem trabalhando manualmente um dia inteiro.
B) Com um pouco de petróleo e uma máquina cortadora, um lenhador dos nossos dias corta muito mais árvores que uma dezena de lenhadores de outrora, utilizando machados e serras de mão.
C) Com menos de meio litro de gasóleo, um camião transporta rapidamente quase 40 toneladas de mercadorias num km de distância, enquanto seria preciso várias centenas de pessoas e muito tempo para executar idêntica tarefa, transportando todos os pacotes e embrulhos.
D) Enfim, se afigura, assaz pertinente e consentâneo, sublinhar, que a resolução efectiva dos problemas de hoje (dos nossos dias que, célere escoam, sob o signo da incerteza) é sinónimo da constituição de fonte de riqueza segura para o futuro.
E) De feito, outrossim, toda a crise permite progredir, conduzindo, todavia, sempre aos ganhadores e perdedores.


Acima de tudo, se impõe, inovar no domínio energético e ambiental para estar, obviamente, entre os ganhadores. É, outrossim e, ainda necessário estar optimista, ipso facto, no atinente ao porvir, conquanto, actualmente, seja mais difícil vender medo que soluções aceitáveis, permitindo assegurar aos nossos filhos, condições de vida melhores que presentemente.
De feito, no fundo, no fundo, o futuro se constrói actualmente, se a Humanidade possuir trunfos para o edificar. Basta, evidentemente querer, pois que “querer é poder”.

(I)
Na verdade, efectivamente, desde aproximadamente dois (2) séculos, a nossa Civilização edificou a sua riqueza e o seu desenvolvimento respectivo sobre os combustíveis fósseis, que constituem fontes de energia concentradas. Infelizmente, estes são exauríveis. Demais, qualquer que seja a velocidade que se os consome, terão um fim, fatalmente.
Os investimentos insuficientes no Sector petrolífero ou do gás podem, outrossim limitar a produção de petróleo ou de gás natural, antes que o problema das reservas se faça, realmente sentir. Em todos os casos, vai ser necessário gerir este decréscimo progressivo, desenvolvendo, em grande escala, outras fontes, podendo cobrir o conjunto das necessidades da Humanidade a um custo economicamente aceitável.
A esta questão, acima enunciada no atinente a reservas finitas se acresce um problema muito mais urgente: o das emissões de gás à efeito de estufa de origem humana, que exerce um impacto deletério sobre o Clima.
De anotar, que para o Sector da energia, se trata, sobretudo do CO2. Porém, outros gases são, outrossim emitidos, em quantidades menores (CH4 aquando das fugas de gás, Compostos halogenados, se escapando de circuitos de climatização, etc.).
Enfim e, em suma: A utilização energética do petróleo, do gás natural e do carvão conduz, por conseguinte, a Emissões importantes de CO2.

(II)
Tendo em conta, os Problemas, acima enunciados, não se pode (e, nem se deve) continuar a consumir as mesmas energias com os hábitos do nosso presente. Impõe-se, ipso facto, Evoluir.
De feito e, na verdade, o Desafio Energético ao qual estamos sendo confrontados consiste, por um lado, em reduzir as emissões de gás (responsáveis) para o incremento do efeito de estufa e, em substituir progressivamente, os combustíveis fósseis por outras fontes de energia.
Todavia, como as escalas de tempo são longas no atinente a toda mudança, no domínio energético, é preciso se preparar para isso, desde já, para se estar pronto, em princípio e pelo menos, nos meados do século XXI em curso.
Eis porque, urge intervir em dois níveis:
(1) O Primeiro diz respeito à sobriedade e eficácia energética. Por seu turno, a sobriedade diz respeito, sobretudo aos Países ricos que esbanjam a energia, por ser pouco cara. Por sua vez, já a eficácia energética diz respeito à toda a gente, visto se tratar da utilização de sistemas susceptíveis de oferecer serviço idêntico, ou mesmo, melhor serviço, com menos energia.
(2) O Segundo, por seu turno, é de incrementar, progressivamente, a contribuição das Energias descarbonizadas, ou seja, não produtoras de gás de efeito de estufa perante o seu funcionamento respectivo. Eis nos, assim, no domínio das Energias renováveis e da energia nuclear. Demais, certas aplicações, designadamente, industriais exigem fortes e robustas potências, isto é, grandes quantidades de energia durante um tempo curto. De feito, todas as fontes de energia não são capazes de libertar grandes potências.

Enfim e, em suma: O consumo de electricidade progride, hodiernamente, mais célere que a da energia primária. Esta tendência deve se amplificar, porquanto no futuro, ter-se-á necessidade, ainda de mais electricidade que, actualmente, para novos usos. No entanto, é francamente, necessário que seja produzida, de forma limpa. Obviamente, sem emissão de gás a efeito de estufa, por conseguinte, ipso facto, à partir de energias renováveis ou da Energia nuclear.

E, em jeito, de Informação complementar: Não há dúvida nenhuma, que novos usos vão aparecer, exigindo, seguramente bastante consumo de electricidade, nomeadamente:
--- As bombas de calor para o habitat que permitem produzir 3 à 4 KWH de calor, consumindo 1KWH de electricidade, estão, em plena expansão.
--- Ter-se-á necessidade de produzir, cada vez mais, Hidrogénio (por electricidade da água) para as necessidades da Petoquímica e para a síntese de Biocarburantes de Segunda geração. Enfim, de anotar, que o Hidrogénio poderá, outrossim, em certos casos, constituir um meio de stockage de algumas formas de energias renováveis intermitentes.
--- Os Veículos híbridos recarregáveis e eléctricos, que, cada vez mais e mais, se vão desenvolvendo, terão necessidade de electricidade para recarregar as suas baterias.

(III)
Eis porque, uma produção crescente de electricidade descentralizada vai exigir uma evolução da rede eléctrica que deve poder funcionar nos dois sentidos.
Pode-se, imaginar, outrossim, redes locais para uma aldeia ou para um grupo de casas, ligadas à rede regional, permitindo utilizar a electricidade produzida por uma instalação de energia renovável descentralizada, de forte potência, todavia.
As baterias dos veículos híbridos recarregáveis ou eléctricos, são chamados /convocados a desempenhar um papel relevante no alisamento da produção de electricidade e, outrossim, para valorizar fontes de energia intermitente como a eólica, por exemplo.
E, já, no atinente ao habitat, vai-se, sem dúvida, evoluir por medida, porquanto cada situação se afigura, quão particular e, assaz, sui generis. Não se aquecerá, forçosamente, de forma idêntica, uma habitação antiga e uma habitação recente e moderna. Demais, a região, onde se encontra para orientar para soluções dissemelhantes.
Enfim e, em suma: O Ideal é de, a pouco e pouco, deixar, completamente de utilizar os combustíveis fósseis para o aquecimento e a produção da água quente sanitária, passando a utilizar a electricidade, nos momentos, em que as energias renováveis são insuficientes.

(IV)
De consignar, no entanto, que a Energia vai-se tornar, cada vez mais e mais, cara. Donde, se impõe, economizá-la e utilizá-la, o melhor possível.
E, para isso, a Educação e a Formação são, obviamente, indispensáveis, a todos os níveis da Sociedade.
Na verdade, necessário, se afigura, a pouco e pouco, se passar dos combustíveis fósseis lá, onde podem ser substituídos a um custo economicamente aceitável.
Enfim, evidentemente, a Investigação/Pesquisa/ assume um papel relevante nesta missão de melhorar as tecnologias existentes, como, outrossim e, ainda para Inovar. De facto, as que, presentemente existem, só podem responder à uma parcela do desafio energético.
Demais, Rupturas são necessárias. Estas têm origem em Laboratórios de pesquisa fundamental, porém, levam várias décadas antes de ser utilizadas, no âmbito industrial ou, outrossim e, ainda pelo consumidor. E, por conseguinte, o importante é investir apropriadamente neste domínio.

(V)
E, um tanto ou quanto em jeito de remate pertinente, temos que, efectivamente:
--- O domínio energético evolui constantemente. Todavia, uma evolução apenas não basta. Eis porque, se afigura relevante preparar uma Revolução, em que os combustíveis fósseis sejam substituídos em todos os usos energéticos. Esta revolução vai levar o seu tempo, sem dúvida. Quiçá, da ordem de um meio século. Deste modo, se impõe, agir prontamente e, em força.
--- A despeito das apreensões (assaz legítimas), que se pode ter acerca do Clima e, outrossim, do desaparecimento dos combustíveis fósseis, no entanto, não é necessário ser Pessimista.
--- De feito, de sublinhar, que a Humanidade conheceu, no decurso da sua ingente história, numerosas crises e soube, sempre superá-las. Na verdade, se o Homem, actualmente, em determinadas circunstâncias modificou o Ambiente, de modo assaz negativo, é, outrossim capaz de desenvolver novas tecnologias para atalhar as inadequações engendradas e, o (obviamente, referindo-se, ao Ambiente) preservar adequadamente.

Finalmente, com efeito, é sempre pertinente sublinhar, que a Economia é o motor, mais importante da Evolução das Sociedades hodiernas. Todavia, toda a avaliação económica deve, presentemente, ter em conta os impactos presentes ou futuros sobre o Ambiente. Demais et pour cause, não é necessário deixar à Sociedade futuros ónus, escolhendo produzir, hodiernamente sem se preocupar com as consequências negativas sobre o Ambiente e a Saúde.

Lisboa, 22 Novembro 2009
KWAME KONDÉ
(Intelectual/Internacionalista --- Cidadão do Mundo).
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