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Escreve hoje o Diário de Notícias:
«No mesmo dia em que se reuniu com um "preocupado" José Sócrates para analisar a escalada de protestos contra o encerramento de serviços hospitalares de urgência a nível nacional, o ministro da Saúde, Correia de Campos, fechou negociações para a celebração de protocolos com os presidentes de seis municípios afectados. O protocolo, ontem assinado em Lisboa, deixou os seis autarcas "muito satisfeitos", conforme confessaram aos jornalistas. E parecem ter boas razões para isso: não só as urgências não encerram em Cantanhede, Espinho, Fafe, Macedo de Cavaleiros, Montijo e Santo Tirso como o Ministério da Saúde acaba de dar ainda mais garantias do que os autarcas esperavam à partida: além de se manterem as urgências, ampliam-se os horários de funcionamento dos centros de saúde e colocam-se viaturas especializadas em atendimento urgente à disposição dos municípios.»
Segundo escreve ainda o Diário de Notícias, e confirmando que antes da reunião com os autarcas esteve reunido com o primeiro-ministro para debater a questão dos protestos das populações contra o encerramento das urgências, «o ministro desmentiu que o chefe do Governo tenha assumido directamente o controlo da situação, como ontem noticiava o Público: "Estou tranquilo. A questão da confiança política não se põe."»
Pode não ser este o caso, mas faz lembrar o mundo do futebol: quando um treinador está na corda bamba e se noticia a sua saída iminente, costuma logo aparecer alguém do clube a declarar “toda a confiança no nosso treinador”. Para poucos dias depois se ficar a saber que afinal o clube o despediu numa esperançosa "chicotada psicológica".