domingo, 14 de maio de 2006

A REDESCOBERTA DA PÓLVORA

De há algum tempo albergo em mim a sensação de que há qualquer coisa de revolucionário que distingue os intelectuais de hoje dos das gerações anteriores. E essa “qualquer coisa” parece consistir no exercício do óbvio em que se ocupa grande parte destes intelectuais.

Lá pelas bandas do Estado Civil, Pedro Mexia acaba de redescobrir a pólvora. Diz ele, melhor, escreve ele:

A beleza dura poucos anos. Não há quase nenhuma pessoa que seja bela uma vida inteira. E essa devastação progressiva do tempo sugere o fatal fascínio da beleza: a beleza é fascinante porque dura pouco. A beleza é fascinante porque é angustiante, porque está em contagem decrescente, porque (tal como todos nós) não anda no mundo muito tempo.