Lá na Grande Loja continua foguetório cerrado. E o bombo da festa é Pacheco Pereira.
Mas não tem de que se queixar. Pôs-se a jeito quando, num momento de exaltação, se assumiu neste texto como que o Amurabi* da blogosfera portuguesa.
Já antes, no dia 10/04/06, tinha metido espectacularmente o pé na poça quando, recusando aos brasileiros a prerrogativa de falarem a língua portuguesa, escreveu: «À minha volta fala-se brasileiro, língua dos empregados de restaurante em Portugal, produto da globalização.».
A ofensa aos brasileiros - não sejamos minimalistas - foi grande. Foi como se um inglês algum dia escrevesse ou dissesse: "À minha volta fala-se americano, língua de soldados no Iraque, produto da globalização".
Mas JPP pode bem com estes ataques e reacções adversas às suas opiniões. O que não consegue é evitar o fenómeno de dessacralização (com concomitante crucificação) que vai acontecendo à imagem de comentador imparcial e descomprometido que ao longo do tempo, um pouco persistentemente, tentou criar.
Enfim, vicissitudes de quem anda à chuva.
(*) Também se encontra grafado como Hamurábi e Hammurabi.