sábado, 10 de setembro de 2005

UMA GUERRINHA INTERESSANTE

ONDE PARECE HAVER BOM E MAU ANONIMATO

Há uma curiosa guerra aberta entre Vital Moreira e uns “mabecos” e “biltres” anónimos da blogosfera que têm tentado «morder-lhe as canelas».

Essa guerra curiosa tem como evidente e aguerrido contendor a GLQL; sendo que, a dar uma mãozinha a Vital Moreira, tenha entrado na liça J. P. Henriques do Glória Fácil.

A GLQL pretende que o conflito se situe nos limites da confrontação política Esquerda/Direita (valendo tudo menos tirar olhos); enquanto que Vital Moreira e J. P. Henriques pretendem, primeiro, situá-lo nos campos ético pessoal e ético-profissional exigindo antes de mais aos “anónimos” que abandonem o anonimato “cobarde” e se identifiquem claramente quando escrevem, antes que se dê atenção ao campo estritamente político.

J. P. Henriques, mais que insinua, quase informa que os “anónimos” são jornalistas que se servem de material de trabalho dos seus jornais, antecipando anonimamente notícias e veiculando opiniões que não teriam a coragem ou a permissão de escrever nas páginas dos jornais onde trabalham.

“Enfiando a carapuça”, josé, da GLQL, acaba por confirmar o que afirma J.P.H. e tenta justificar (o que de certa forma consegue) o anonimato na blogosfera contrapondo-o à alastradíssima e conhecidíssima prática de utilização e “protecção das fontes anónimas” que é seguida habitual e quotidianamente pela classe dos jornalistas portugueses.

E é aí que se descobre uma contradição insanável na posição de J.P.H. que se declara jornalista - e a não ser que nos diga que é diferente de todos os outros da sua classe, a contradição existe -.

J.P.H. condena o anonimato dos seus colegas (“anónimos”) da blogosfera; mas não nos diz se ele, como jornalista que é, "protege" ou não as habituais fontes anónimas que - todos o admitimos - “manancialmente” lhe fornecerão “informações” para serem por si trabalhadas e divulgadas no jornal onde escreve; fontes que tradicionalmente nunca vêem a suas identidades reveladas!

- Em que ficamos, então, J.P.H.?! Divulga sempre, ou não, as suas fontes?

- Ou será que o anonimato só é mau quando nos querem “morder as canelas”?

- Passando a ser bom, ou mesmo muito bom, quando nos permite “morder” qualquer outra parte anatómica de alguém; de uma instituição; de um partido político; etc., etc.!

- Quer responder-nos a isto, J.P.H.?