sexta-feira, 15 de julho de 2005

TEMOS QUE ATURAR ISTO CALADOS?

João Miguel Tavares escreve hoje no Diário de Notícias esta patetice contra Mário Soares, intitulada «Já não se atura o Dr. Mário Soares».

Farto de ler disparates deste jaez, enviei o seguinte e-mail a J.M.T.

«O que já não se atura é jornalismo de sarjeta.

É gente como você que desacredita hoje os jornais.

Toda esta garotice (porque faz afirmações sem qualquer fundamento) que você escreve hoje no DN, usando a escola de Alberto João Jardim (a má-criação) para se dirigir a Mário Soares – um símbolo da Liberdade e da Democracia no País; uma voz sensata e com autoridade na matéria, no que diz respeito ao terrorismo de grupo e ao terrorismo de Estado a que ele sempre se refere quando fala nos desesperados, nas vítimas inocentes, etc., advogando que toda essa gente deve ser compreendida e que com ela se deve «dialogar» (não é “negociar” como você mentirosa e levianamente escreve) – toda essa garotice, repito, escrita por si no DN, que já foi um jornal de referência, só serve para nos levar a concluir que quando um jornal (no caso o DN) desce ao nível da sua patética, leviana e garota prosa, perde perigosamente credibilidade e, a ir por esse caminho: a pagar a patetas como você para nele dizerem baboseiras do estilo do que você diz, qualquer dia não merecerá que os leitores o comprem senão para papel de embrulho.

Leia muito, estude e investigue os assuntos antes de sobre eles escrever (que são coisas que muitos de vocês “jornalistas” jovens não fazem); adquira cultura antes de se abalançar a escrever sobre assuntos sérios como este e verá que se arriscará a ter quem um dia aprecie aquilo que você escreve, independentemente de qual seja a opinião (fundamentada) que tiver.

Tome juízo, assoe-se, limpe o catarro e vá fazer trabalho de casa antes de voltar ao jornal para escrever algo.

Agnelo S. Monteiro

P.S. Imagine que para responder-lhe (importância que Soares, por certo, não lhe dará) Mário Soares desceria ao seu nível, ao nível da má-criação de Alberto João Jardim que você agora usou!… Se assim sucedesse desconfio muito que lá teríamos nós que ler a palavra feia que jardim disse: "bastardos".»


NOTA: depois de pesquisar na Internet descobri que J.M.T. não é jornalista mas talvez colaborador do Diário de Notícias e que há mais quem o considera um indivíduo de juízo fácil e precipitado, que não fundamenta o que diz e que não tem pejo de ser injusto para com aqueles que pretensamente critica.