Na Guiné-Bissau, ao que parece, qualquer bicho-careta pode ser Presidente da República.
Se assim não fosse como se entenderia que já hajam 21 candidatos – vinte e um – com candidaturas regularizadas para as próximas eleições presidenciais?
É o que eu digo: como pode um território desses aspirar a ser tratado como País pela comunidade internacional?
Enquanto não acabarem com essa chacota pegada que é “a política à moda da Guiné” não sairão da cepa torta e não abandonarão o lugar de País mais atrasado do mundo.
Ao que tudo leva a crer há dois candidatos que discutirão entre si o lugar de Presidente: o doido e bêbado Kumba Ialá, por um lado, e o acusado de assassínio e corrupção, Nino Vieira, por outro.
Parece que Kumba Ialá tem mais hipóteses de ser eleito por pertencer à etnia balanta que é aquela que predomina no e domina o exército local; Nino é pepel (ou papel, como se diz em português) mas também conta com apoios numa facção do mesmo exército. Mas o comandante supremo do exército é um antigo companheiro de armas de Nino a quem Nino mandara em tempos condenar à morte e o qual jurara, após ter-se escapado ao fuzilamento, que um dia haveria de matar Nino Vieira.
Como se pode antever, o futuro da Guiné será radiante.