sábado, 26 de novembro de 2011

STEVE JOBS SEGUNDO WALTER ISAACSON

Era um indivíduo profunda e permanentemente afectado pelo facto de ter sido abandonado para adopção ― facto que lhe foi dado a conhecer ainda em criança, logo que teve entendimento para isso ― e afectado ainda por não ter conhecido os seus pais biológicos. Era afectivamente bastante insensível, pouco ou mesmo nada ‘reconhecedor’ ou agradecido dos enormes esforços pessoais, familiares e económicos que seus pais adoptivos despenderam para oferecer-lhe a esmerada educação que teve nos melhores colégios e universidades privadas da época; e ara também pouco escrupuloso ou mesmo desonesto em alguns negócios (mesmo para com um amigo íntimo e colega de profissão, Wosniak, que o ajudou muito sob o ponto de vista profissional); e pouco ou mesmo nada amigo do banho e da higiene pessoal. ― Neste último aspecto, muitas foram as queixas de que ele «cheirava muito mal» e não o queriam por perto.

No que está escrito pelo biógrafo (por enquanto sobre a vida de Jobs até aos 19 anos) há que destacar algo que aquele confirmou em Steve Jobs  algo por que Jobs veio depois a ser conhecido no mundo inteiro ―: o facto de ter sido, desde muito jovem, um visonário “efectivo” que idealizou ao longo da vida muitos produtos novos para vender às pessoas.

«Era um mau engenheiro», disseram alguns entrevistados que foram seus colegas e ou amigos, mas sabia melhor que ninguém «embrulhar e vender caro» um produto. Jobs punha os outros a conceber "o miolo" daquilo que imaginava, punha-os a fabricar e a “embrulhar” da forma a mais apelativamente concebível os produtos que ele idealizava apenas na forma, para que estes fossem bonitos e userfriendly, e, depois de obtida a criação dos produtos, era ele quem se encarregava da venda dos mesmos. Sempre teve um enormíssimo “faro” para o negócio e para fazer dinheiro.

Abro um parêntesis para dizer que na biografia em questão, W. Isaacson diz que Jobs, na juventude, era consumidor de drogas alucinogénias, sendo o LSD talvez a mais consumida. E nestas primeiras páginas por mim lidas (71 páginas, ou seja, 10% apenas do livro original, em Inglês), o biógrafo “deu-me a entender” (subjectividade minha?!) que Jobs nunca deixou totalmente esse consumo.

Nota: Walter Isaacson escreveu, na introdução deste livro, que impusera (e Jobs aceitara) como condição para escrever esta biografia, que Jobs não teria acesso ao que ia sendo escrito e não lhe seria permitido fazer qualquer alteração ao texto a publicar logo que este ficasse pronto e lhe fosse dado a conhecer.