sexta-feira, 29 de outubro de 2010

FIM AO MITO DO “MEDO”

VENHA JÁ O FMI

Das duas vezes que O Fundo Monetário Internacional veio a Portugal, depois do 25 de Abril, muita coisa e muito desmando foi corrigido no funcionamento da máquina do Estado.

Todos aqueles que têm aparecido estes dias a meter medo à população portuguesa com a vinda do FMI, têm-no feito porque sabem que o FMI representa o fim do festim em que se têm banqueteado com total desprezo pelos contribuintes e eleitores.

Da minha parte estou pronto a pagar a minha quota com os apertos e os sacrifícios que forem exigidos; sabendo contudo que o FMI obrigará qualquer Governo a ter de:

1 - Acabar com O regabofe dos bancos os quais comem a maior fatia dos empréstimos externos através da sua actividade prestamista (desde logo prestamista do próprio Estado) e comem boa parte da pouca riqueza que os portugueses geram, através de juros altíssimos escandalosos quando emprestam a particulares, mas servem sobretudo para financiar operações financeiras especulativas de curto e chorudos retornos. Isto para não falar das negociatas dos amigos, apoiadas à socapa. Aliás, os bancos são quem mais teme a vinda do FMI; até porque já ouviram António Borges, o novo Presidente do FMI para a Europa, dizer clarinho, clarinho, que «O principal responsável por esta crise é a banca portuguesa».

2 - Acabar com os sorvedouros dos dinheiros públicos, como são:
Os Institutos públicos,
As empresas públicas participadas (EPP),
As Entidades Públicas Empresariais (EPE),
As Parcerias Público-privadas (PPP),
As consultorias  milionárias das sociedades de advogados amigas do governo,
A central de comunicação, espionagem, propaganda e contra-informação do governo;
Isso e mais uns quantos organismos Públicos onde se acoitam os boys, os parasitas políticos, os desempregados partidários, os bufos, os incapazes e os serventuários menores dos partidos do poder.

Tudo isto foi criado e é mantido à custa do dinheiro dos impostos dos contribuintes. Criado e mantido para alimentar vários canalhas e muitos sacanas.

Até muitos dos chamados “comentadores”, “analistas”, “politólogos”, "especialistas em economia", etc., embora traçando cenários catastrofistas sobre a economia portuguesa, abominam, contudo, a vinda do FMI, pois, entre outras coisas sabem que com isso terão que pagar mais impostos. É que a “fuga legal” ao pagamento de uma boa parte dos impostos, que praticam declarando à colecta certos  rendimentos como “rendimentos resultantes de trabalho intelectual” (um eufemismo que nada quer dizer e só serve para fugirem a pagar parte das suas obrigações fiscais: o IRS sobre alguns dos seus rendimentos do trabalho), terá os seus dias contados com a vinda do FMI.

Como pode um indivíduo desses, intitulando-se “trabalhador intelectual", pagar menos impostos que qualquer outro trabalhador se se não conhece um único trabalho humano que não envolva o intelecto das pessoas ― seja essa pessoa um médico ou um simples trabalhador agrícola! ―. Onde pára a honestidade dos "intelectuais" deste país?

Esta é a parte visível do iceberg constituído pelo “MEDO DO FMI” propalado aos quatro ventos pelos interessados na manutenção do estado actual das coisas (os mamadores do regime), os quais já quase fizeram, com o Orçamento que querem aprovar a toda a pressa, a cama aos mais fracos e aos mais necessitados para poderem manter para si, por mais algum tempo, as fontes públicas de rendimentos donde sempre sugaram e sugam quem trabalha e ainda produz alguma coisa neste Portugal de fim de regime.

Chumbe-se o Orçamento! Já!

Noto com satisfação: Mesmo que o Orçamento não seja chumbado, felizmente que a incompetência reinante acabará por, a breve trecho (uns meses apenas), determinar a vinda do FMI.