«A ministra da Saúde, Ana Jorge, propôs hoje uma reflexão sobre a necessidade de aumentar a idade da reforma devido ao crescimento da longevidade e da vida ativa.» [Esta última palavra está escrita assim pois a notícia é do semanário brasileiro “Expresso”]
Para já, Ana Jorge está a meter-se onde não lhe compete. Devia preocupar-se é com o Ministério da Saúde cuja política errada, errática e desconchavada já escavacou completamente o Serviço Nacional de Saúde.
A esperança de vida de um trabalhador é apenas um entre muitos parâmetros a considerar para se decidir da idade da reforma. Os outros parâmetros competem aos ministérios do trabalho, da economia, das finanças e às confederações dos trabalhadores e dos empresários. Estes outros parâmetros têm a ver com as condições e o tipo de trabalho, os seus riscos para a saúde e para a vida do trabalhador, o tipo de assistência dispensada ao trabalhador, tanto no activo como depois de reformado, etc.
Ana Jorge, disso perceberá tanto como eu percebo de lagares de azeite. Devia estar calada.
Se calhar pensa (não pensa, tem uma vaga ideia) que toda a gente que trabalha anda como ela andava, de estetoscópio ao pescoço, a auscultar os pulmões e o coração de criancinhas, de manhã à noite. Se assim fosse, de certeza que os trabalhadores não se importariam que a idade da reforma subisse para os 80 anos.
Com governantes destes não há PEC nem Orçamento que endireite Portugal.
Olhem que ele há cada uma...!
Um tipo prepara-se para pagar mais impostos e receia continuar a ser esmifrado pela incompetência dos governos do centrão ― vénia aqui ao prof. Maltez ― e ainda por cima vê-se seringado com disparates, até ao fim-de-semana em que deviam dar-lhe tréguas e permitir-lhe descansar.
É que não há pachorra!!! Grande porra!