O tribunal considerou em acórdão proferido e sentenças dadas que os ex-arguidos são pedófilos ― disso não há hoje quaisquer dúvidas. Por isso os condenou, a TODOS, a penas efectivas de prisão superiores a 5 anos ―.
Depois da sentença lida alguns dos pedófilos condenados continuaram a clamar inocência e a acusar as vítimas de terem mentido ao indicá-los como abusadores sexuais de menores.
Sabendo-se, como se sabe hoje, que as perícias médico-legais confirmaram sinais e sequelas de abusos sexuais continuados nas pessoas das vítimas, pergunta-se:
Quem é que os condenados como pedófilos (que assim agem) pensam convencer de que as vítimas foram abusadas por outras pessoas que não eles? De que as vítimas resolveram, por manipulação exterior, acusar ilustres inocentes conhecidos, deixando de fora da acusação TODOS os seus verdadeiros abusadores?!
Em que conta os senhores condenados por pedofilia têm a inteligência do público a que se dirigem (legitimamente) por vários meios de comunicação?
Responda, por exemplo, Carlos Cruz que tem sido o mais falador dos condenados como pedófilos.
Mandem-me as respostas por email que eu aqui as publicarei na íntegra.
Notas:
1) Nunca, antes de lida a sentença, escrevera aqui neste blogue uma única palavra sequer sobre o “Caso Casa Pia”; e se o faço hoje é porque acredito nos tribunais e também porque sou solidário com as vítimas dos abusos sexuais.
2) Para terminar, devo chamar a atenção para o facto de a esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social terem, até hoje, trazido este caso a debate público quase sempre na perspectiva dos arguidos (se eram ou não culpados) e nunca na perspectiva das vítimas (perguntando, por exemplo, quem eram, os abusadores).