sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Peça Ensaística Trigésima Oitava, no âmbito de

Na Peugada de NOVOS RUMOS:


Ser culto es el único modo de ser libre
José MARTÍ (1853-1895).

               

(A)          O que é facto é que, a sua inteligibilidade (referindo-se, obviamente, ao Comunismo), exige, por conseguinte, regressar ao núcleo irredutível (a Sociedade invertida), desenhar à partir disso, os contornos, procedendo-se de esquissos fornecidos, aliás pelas utopias e os ensaios históricos de referência, como pelas diversas experimentações e os trabalhos de observadores externos, designadamente, sociólogos, etnólogos, antropólogos e politicólogos/politólogos.
(B)           De facto e, por conseguinte é, no âmbito desta óptica e dinâmica que se consegue aproximar, o mais aproximadamente possível, do conteúdo de verdade da doutrina da felicidade comum (que parte) da promessa conhecida da utopia, para a reencontrar no cerne da acção política, uma vez ornada pela violência redentora e legitimada pela Ciência do movimento histórico.
(C)           Como se pode ver, não se trata (obviamente), distinguir no Comunismo, unicamente a parte imutável, ou seja, a imobilidade da representação do mal e do bem e a parte movediça vinculada à geografia, às culturas, às personalidades, aos grupos sociais e aos Eventos, para ter como resultado a hipótese de um Comunismo contemporâneo oriundo de uma junção coerente e eficaz entre o cientismo, a violência revolucionária e a promessa de um Paraíso sobre a Terra, ingredientes principais da ortodoxia.
(D)          Donde, enfim e, em suma:
a.        O que redunda, deste modo, ipso facto, em poder afirmar que o seu poder de fascinação decorre totalmente da propensão destes três (3) elementos em se caucionar e, em se reforçar, recíproca e mutuamente, sabendo que possuem, individualmente a sua lógica própria e a sua autonomia política, ou seja, exprimindo, de modo assertivo: Um comunista pode se dissociar de um revolucionário ou de um marxista e vice-versa. Estamos, efectivamente, ante a eloquente ilustração da presunção que reforça a observação (atenta e avisadamente) dos partidos comunistas europeus existentes e, não só, colocados na impossibilidade de manter juntos estes três pontos e, por conseguinte, reconduzidos ao CONÚBIO rejeição/desejos, o Húmus utópico sobre o qual alguns esperam, ainda edificar e se salvar.

Continua:

Lisboa, 25 Agosto 2010
KWAME KONDÉ
(Intelectual/Internacionalista --- Cidadão do Mundo).