domingo, 29 de agosto de 2010

O IMPÉRIO DO BIG BROTHER

A Internet foi seguramente um dos maiores acontecimentos do século XX e uma das mais importantes criações do Homem.

A Internet, entre muitas outras coisas que é, é uma importantíssima fonte de conhecimento e um já hoje indispensável meio de comunicação para grande parte da humanidade.

Mas a Internet é também implacável em certos aspectos importantes da vida das pessoas: permite-nos e quase nos obriga a sair do anonimato e nunca perdoa as nossas ingenuidades.

Tudo o que nos sai da boca (da pena, do teclado) para fora nunca mais deixa de ecoar por esta esfera globalizante que é a Internet. Tudo fica instantaneamente gravado e muita coisa fica à disposição de todos.

É bom sabermos que não há encobrimento possível; não há forma nenhuma de apagar na Net algo que um dia qualquer tivemos o propósito, a ousadia, a displicência ou o descuido de nela colocar.

Uma das regras fundamentais da blogosfera, por exemplo, é “não apagar as postas” que se coloca nos blogues; e as alterações ou edições das mesmas, ao serem feitas, devem ser referidas em adenda ou nota no texto. Apagar uma posta, nunca! Esta regra é importante por vários motivos: desde logo evita o atirar de pedras aos outros escondendo logo a seguir ou mais tarde a mão; evita que o nosso vómito emporcalhe os outros sem que estes possam depois (em querendo) devolver-nos a factura da limpeza do fato e a do banho (pelo menos).

Outra regra importante é a regra da “linkagem”, isto é, a obrigação de fornecer aos leitores links que lhes permitam verificar da veracidade das nossas citações, nomeações e referências textuais.

Por tudo isso e muito mais, não é blogger quem quer "porque sim"; mas quem quer, respeite e cumpra ao menos as regras básicas da “blogosfera”.

A cache do Google está cheia de cadáveres de textos publicados e depois retirados da Net. A cache do Google é inimiga, testemunha e algoz dos descuidados, dos arrependidos e dos chicos-espertos da bloga e não só. Quem saiba lá ir continua e continuará a poder ler tudo aquilo que um dia postámos e depois pensámos ter apagado. No way!

Seria bom que todos tivéssemos a consciência de que quando vimos para aqui “exercitar” os nossos fígados ficamos expostos às câmaras indiscretas do Big Brother.

Para sempre...