sábado, 3 de julho de 2010

É FUGIR ENQUANTO É TEMPO


Aproxima-se a passos largos o baque final do Serviço Nacional de Saúde, com o colapso inevitável dos hospitais públicos em todas as suas vertentes mais básicas e essenciais: segurança técnica, competência profissional, qualidade assistencial, capacidade de resposta, condições de trabalho e... em resumo: caminha-se rapidamente para perto da extinção das suas capacidades para o exercício do múnus para que foram criados: tratar pessoas (doentes que sofrem, muitos deles não tendo mais ninguém a quem recorrer).

A vida dos médicos naqueles hospitais de há muito que vem sendo trabalhar na corda bamba sob o mando de administrações - mor das vezes incompetentes e analfabetas, até - compostas em grande parte por boys dos partidos que nem um simples boteco saberiam administrar. 

Para os médicos a solução é: fugir enquanto é tempo, pois, não há capacidades humanas que levem ninguém de bom senso a suportar trabalhar em muitos hospitais públicos nas condições actualmente nelas existentes; e muito menos naquelas que a curto médio prazo inevitavelmente existirão.

ALTOS RESPONSÁVEIS DESTE PAÍS ESTARÃO A BRINCAR COM O FOGO.

Oxalá me engane redondamente.